RIO AVE FC-0
Liga Betclic 28ºJornada Época 2024-2025
GR:Cesary Miszta(C) GR:Tomás Vaclik
DD:João Tomé(Marious Vrousai 72') DC:Sidonei Fogning
DC:Andreas Ndoj DC:Rodrigo Abascal
DC:Jonathan Panzo DC:Vitali Lystov
DE:Omar Richards MC:Sebastien Perez(C)(Ibrahima Camará 64')
MC:Brandon Aguilera(Theofanis Bakoulas 87') MC:Ilija Vukotic
MC:Demir Tiknaz(João Graça 72') MC:Joel Silva(Miguel Reisinho INT)
MC:Ole Pohlmann(Karem Zoabi 62') MC:Layvin Kurzawa(Filipe Ferreira 64')
ED:Tiago Morais(João Novais 72') ED:Salvador Agra(Osman Kakay 88')
PL:Clayton Silva PL:Robert Bozénik
EE:André Luiz EE:Abdoulay Diaby(Gboly Ariyibi 95')
Treinador:Petit Treinador:Jorge Couto
Cartões Amarelos:Demir Tiknaz 49'Salvador Agra 52',Tomás Vaclik 83',Clayton Silva 83'e João Graça 86'.
Golos:Jonathan Panzo 17'(p.b.) e Ilija Vukotic 74'.
Muitos faziam o funeral, muitos apontavam ao último prego
no caixão. Em Paços de Ferreira - contra o Rio Ave - mostrou crença e ambição
de mais do que o último lugar resignado do campeonato. Uma vitória (0-2)
merecida diante de um adversário seguro na tabela deixam os axadrezados sonhar
e mostrar que é possível a temporada acabar sem xeque-mate para o Boavista.
Na estreia de Jorge Couto, que reencontrou o antigo colega
de equipa Petit, o Boavista colocou-se a vencer por Panzo - que rubricou um
auto-golo - e ampliou a vantagem por Vukotic, uma das figuras da partida.
Perante um Rio Ave apático, os boavisteiros começaram bafejados pela sorte e
agarraram-se à audácia já em vantagem. De facto, a sorte protegeu os audazes.
Uma luz ao fundo do túnel
Numa segunda feira algo atípica, o Rio Ave recebeu em casa
emprestada o Boavista, último classificado da Primeira Liga. Em Paços de
Ferreira, casa dos rioavistas até ao final da temporada por conta da intempérie
que assolou o Estádio dos Arcos, ambas as equipas tentavam pontapear as crises
recentes. O Rio Ave vinha de quatro derrotas seguidas, o Boavista com onze
derrotas nos últimos doze jogos: números pouco animadores para as duas equipas
mas piores para os axadrezados por conta da classificação difícil e do momento
delicado. Lito Vidigal deixou o comando do Boavista na véspera do jogo,
deixando a equipa aos comandos de Jorge Couto, antiga glória das panteras. Quando
a bola começou a rolar começaram-se a perceber nuances diferentes no jogo dos
forasteiros. Jorge Couto voltou aos três centrais - num 5-3-2 - e equilibrou
melhor a equipa às características dos jogadores e a equipa começou a dar uma
melhor resposta do que o passado recente. A partida foi-se desenrolando sem
grandes oportunidades e, perante alguma inoperância dos vilacondenses, o
Boavista aproveitou para surpreender. Aos 17 minutos, Salvador Agra cobrou um
pontapé de canto, Diaby desviou ao primeiro poste e Panzo, com alguma
infelicidade, colocou a bola na sua baliza, deixando os portuenses na frente do
marcador. Daí em diante, os de caravela ao peito assumiram as rédeas do jogo,
mas sempre pouco esclarecidos. As únicas aproximações surgiram na sequência
de cruzamentos e bolas paradas, sem grande critério. De facto, a grande
oportunidade pertenceu ao Boavista, mas Joel Silva esbarrou o remate em Miszta.
Vantagem boavisteira ao intervalo que premeia a eficácia.
Com tal audácia nem foi preciso sorte
À entrada para o segundo tempo, Jorge Couto lançou Reisinho para o lugar de Joel Silva, visivelmente desgastado no primeiro tempo. O Rio Ave, sem alterações, ameaçou logo a começar o segundo tempo pela cabeça de Andreas, mas esse sinal de perigo foi sol de pouca dura. Mais confiante com o resultado favorável, o Boavista começou a ter bola e a controlar mais o jogo e as iniciativas do Rio Ave. Reisinho, com um míssil de pé esquerdo, colocou em sentido Miszta. Embalados pelos adeptos boavisteiros - em maioria no estádio e bastante ruidosos -, os axadrezados iam segurando três pontos cruciais para o sonho que - à entrada - para esta jornada parecia já utópico: a manutenção. Confiantes e destemidos, os homens do Bessa aproveitaram a incapacidade clara dos rioavistas e lá picaram o ponto novamente, para a loucura de todos os adeptos visitantes no estádio. Reisinho descobriu Bozenik na área, este permitiu uma defesa ao guardião polaco e, na emenda, Vukotic permitiu sonhar. Depois do segundo golo, o Rio Ave pareceu realmente resignar-se ao resultado. Do outro lado, um desperto Boavista foi travando toda e qualquer iniciativa contrária. Por fim, um merecido destaque para Diaby: o ex-Sporting mostrou o porquê do Boavista ter apostado nele. Com a velocidade que o caracteriza fez uma exibição muito completa e complementou-se muito bem com Bozenik no ataque axadrezado.
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