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sexta-feira, 18 de abril de 2025

Liga BetClic 2024-2025: 30ºJornada: Réstia de Esperança

    

                    SC FARENSE-0

  BOAVISTA FC-1

Liga Betclic 30ºJornada Época 2024-2025

18 de Abril de 2025 - 15h30
Estádio São Luís em Faro
Árbitro:Luís Godinho(A.F.Évora)

GR:Kaique GR:Tomás Vaclik
DD:Pastor DD:Osman Kakay
DC:Claúdio Falcão DC:Rodrigo Abascal
DC:Tomás Ribeiro(Alex Bermejo 74') DC:Sidonei Fogning
DE:Derick Poloni(Marco Matias 61') DE:Filipe Ferreira(Steven Vitória 83')
MC:Paulo Victor MC:Sebastien Perez(C)
MC:Miguel Menino(Filipe Soares 61') MC:Miguel Reisinho
MC:Ângelo Neto(C)(Dario Poveda 74') MC:Marco Van Ginkel(Globy Ariyibi 83')
MC:Rony Lopes MC:Joel Silva(Vitali Lystov 82')
PL:Tomané PL:Abdoulay Diaby(João Barros 90')
PL:Rui Costa(Yusupha Nije 61') PL:Salvador Agra

Treinador:Tozé Marreco  Treinador:Stuart Baxter

 Cartões Amarelos:Marco Van Ginkel 50',Miguel Reisinho 93',João Barros 94' e Vitali Lystov 95'

Golos:Joel Silva 68'

A manutenção, principalmente nesta época, parece ser uma selva onde ninguém consegue escapar. Farense e Boavista estão em situação perigosa e tentam, de toda a maneira, fugir a sete pés desta situação. Quem levou a melhor, na estreia de Stuart Baxter no banco, foi mesmo o clube do Bessa, que venceu por 0-1 e saiu, assim do último lugar do campeonato, empurrando, precisamente, os adversário desta tarde. No primeiro jogo ao leme, o experiente técnico escocês operou várias mudanças, sendo que uma delas foi tática. O emblema boavisteiro, após alguns jogos onde alternou entre o 3-5-2 e o 3-4-3, apareceu num 4-3-3, com dinâmicas distintas. Os da casa, após a vitória na visita ao Estrela da Amadora, optaram por não mexer nenhuma peça. Marco Van Ginkel, Miguel Reisinho e Osman Kakay foram as novidades em relação ao desaire com o Nacional, com destaque para os dois primeiros, que formaram, pela primeira vez, dupla no meio-campo, no que toca ao onze inicial.

Chegou a prometer... mas não cumpriu

A partida principiou-se com um Farense a querer assumir as hostilidades. Tomané e Rui Costa, a entenderem-se bem e com movimentações interessantes, encontraram, nos primeiros minutos, as costas da defensiva forasteira por várias vezes e, num desses lances, Rui Costa poderia mesmo ter criado mossa, lá está, com um belo passe de Tomané. Com mais dificuldade em chegar à área contrária, o Boavista, ao contrário do que havia acontecido em partidas anteriores, povoou bem o miolo do terreno e, quase como uma novidade, apareceu com ligeireza na discussão das segundas bolas. Perante um Farense muito agressivo na pressão e muito virado para um futebol positivo, recheado de momentos no setor ofensivo, as panteras também optaram por futebol mais rendilhado e criterioso, com Seba Pérez e Reisinho à cabeça. Nota para o médio colombiano, que se destacou na recuperação de bola e ocupação de espaços, dando equilíbrio ao centro do terreno. O primeiro tempo caminhou rapidamente para o fim, e quem acabou por cima foi mesmo a turma do Bessa, que, com a decisão de ter mais bola e optar pela criatividade, conseguiu impor mais o seu jogo. Apesar das equipas terem apresentado boas fases, não ofereceram momentos para celebrar.

A lei do mais eficaz

Tensão, nervosismo e muita ansiedade, natural da situação de ambos os emblemas, era o sentimento geral desta disputa no seu reinício. O risco foi mínimo, ou nenhum, com a vontade de não errar bastante patente. A história parecia condenada a um empate a zero, mas eis que Joel Silva, atleta da formação, apareceu para reescrever um conto que já dava sinais de estar entregue à desinspiração. Aos 68', na sequência de um lançamento longo de Rodrigo Abascal, aproveitou um corte incompleto de Tomané e atirou a contar. O treinador do Farense, Tozé Marreco, colocou a carne toda no assador, tendo mesmo Tomané, Dário Poveda e Yusupha (contra uma equipa que representou durante largos anos), todos em simultâneo no terreno de jogo. Do outro lado, Stuart Baxter optou por dar um claro passo atrás, colocando Steven Vitória e Lystov, que se juntaram a Sidoine Fogning e Rodrigo Abascal na linha defensiva. Esta tração atrás permitiu que os do Bessa eliminassem todas as ameaças áreas que os algarvios tentavam criar. Já no fim, num momento de total desespero para os dois lados, Rony Lopes, mesmo em cima do tempo de compensação, teve direito a um livre em zona frontal e obrigou Tomas Vaclík à defesa que segurou os três pontos e permite à pantera acreditar na manutenção.

sábado, 12 de abril de 2025

Liga BetClic 2024-2025: 29ºJornada: Novamente Derrotados em Casa

      

                                                          BOAVISTA FC-0

CD NACIONAL-1

Liga Betclic 29ºJornada Época 2024-2025

12 de Abril de 2025 - 15h30
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:David Rafael Silva(A.F. Porto)

GR:Tomás Vaclik GR:Lucas França
DC:Vitali Lystov(Osman Kakay 90') DD:Gustavo Garcia
DC:Rodrigo Abascal DC:Ulisses Wilson
DC:Sidonei Fogning DC:José Victor
EE:Filipe Ferreira(Moussa Koné INT) DE:José Gomes
ED:Salvador Agra MC:Djibril Soumaré
MC:Sebastien Perez(C)(Miguel Reisinho 80') MC:Luís Esteves(C)(Léo Santos 88')
MC:Joel Silva(Gboly Ariyibi 90') MC:Daniel Penha(Chiheb Laabidi 72')
MC:Ilija Vukotic EE:Paulinho Bóia(Rúben Macedo 72')
PL:Abdoulay Diaby ED:Fuki Yamada(Arvin Appiah 75')
PL:Robert Bozénik
 PL:Joel Tageau

Treinador:Jorge Couto  Treinador:Tiago Margarido

Cartões Amarelos:Luís Esteves 22',Daniel Penha 52',Sidonei Fogning 56',Rodrigo Abascal 68',Robert Bozénik 69',José Victor 69' e Lucas França 91'.

Golos:Joel Tageau 15'.

Tarde feliz para o Nacional. Tarde complicada para o Boavista. Os insulares viajaram até ao Estádio do Bessa para arrecadar um triunfo importante rumo à manutenção, sendo que o golo de Joel Tagueu, ainda no primeiro tempo, fez toda a diferença para alcançar os 32 pontos (0-1). Relativamente ao último encontro, Jorge Couto mudou uma peça, uma vez que Filipe Ferreira entrou para o lugar que pertenceu a Lavyin Kurzawa. Do outro lado, Tiago Margarido apostou em Zé Vítor, José Gomes, Djibril Soumaré e Fuki em detrimento de Léo Santos, Arvin Appiah, Matheus Dias e Dudu.

Joel abriu caminho

Bom tempo, algum público nas bancadas e atletas com qualidade dos dois lados: estava tudo reunido para um belo espetáculo nesta tarde de sábado. Ora, os dois primeiros candidatos a protagonistas foram Róbert Bozenik e Sebastián Pérez. Numa primeira instância, o avançado rematou rasteiro (podia ter feito melhor) para uma boa defesa de Lucas França. Segundos depois, o colombiano aproveitou uma bola à entrada da área para criar perigo. Joel Tagueu apontou o segundo golo na época. Apesar da boa entrada por parte da turma da casa, foi mesmo o Nacional a inaugurar o marcador, aos 16 minutos. Fuki Yamada bateu um pontapé de canto ao primeiro poste e Joel Tagueu - pressionado - conseguiu rubricar um desvio certeiro para deixar a sua equipa mais confortável, algo que se refletiu nos minutos seguintes. Os insulares subiram de rendimento, pese embora alguns erros (inexplicáveis) na primeira fase de construção, aspetos que os axadrezados tentaram aproveitar com Bozenik e Diaby no centro das atenções. Os dois jogadores criaram a maior parte das oportunidades de perigo, ainda que sem o destinatário pretendido junto da baliza de Lucas França. 45 minutos com alguns momentos de bom futebol, muita emoção (nervos à flor da pele) e chances por parte das duas turmas. O Nacional partiu para os balneários por cima, após um remate falhado de Fuki Yamada ao segundo poste, nos instantes finais. Um resultado que agradava aos forasteiros, mas que não ia ao encontro das pretensões boavisteiras.

E Lucas tapou-o

Para tentar inverter esta tendência, Jorge Couto utilizou o intervalo para repensar as ideias e colocar Moussa Koné no lugar que pertenceu a Filipe Ferreira. Ainda assim, foi Sidoine Fogning que passou para o lado esquerdo da defesa, apesar de ter começado a partida no eixo central. Uma mudança para 4-4-2 para alcançar, pelo menos, o empate. Aos poucos, o Boavista cresceu. Cruzamentos com conta, peso e medida. Boas jogadas coletivas e inspiração individual. A melhor oportunidade surgiu aos 67 minutos, numa altura em que Lucas França levou a melhor com a melhor defesa da tarde, após um cabeceamento de Diaby. Os adeptos da turma da casa desesperavam por algo mais... Remates, remates e mais remates. Os axadrezados tentaram de tudo. Jorge Couto mexeu com as peças que tinha no banco de suplentes, viu os seus jogadores estarem PERTÍSSIMO do golo do empate. De nada serviu. O Nacional parte para a Ilha da Madeira com três pontos importantes na sua caminhada rumo à tranquilidade. O Boavista espera por um autêntico milagre.


segunda-feira, 7 de abril de 2025

Liga BetClic 2024-2025: 28ºJornada: Vitória na Estreia de Jorge Couto

     

                                                                                                                                                                                           RIO AVE FC-0

  BOAVISTA FC-2

Liga Betclic 28ºJornada Época 2024-2025

7 de Abril de 2025 - 20h15
Estádio Capital do Móvel em Paços de Ferreira
Árbitro:Claúdio Pereira(A.F. Aveiro)

GR:Cesary Miszta(C) GR:Tomás Vaclik
DD:João Tomé(Marious Vrousai 72') DC:Sidonei Fogning
DC:Andreas Ndoj DC:Rodrigo Abascal
DC:Jonathan Panzo DC:Vitali Lystov
DE:Omar Richards MC:Sebastien Perez(C)(Ibrahima Camará 64')
MC:Brandon Aguilera(Theofanis Bakoulas 87') MC:Ilija Vukotic
MC:Demir Tiknaz(João Graça 72') MC:Joel Silva(Miguel Reisinho INT)
MC:Ole Pohlmann(Karem Zoabi 62') MC:Layvin Kurzawa(Filipe Ferreira 64')
ED:Tiago Morais(João Novais 72') ED:Salvador Agra(Osman Kakay 88')
PL:Clayton Silva PL:Robert Bozénik
EE:André Luiz EE:
Abdoulay Diaby(Gboly Ariyibi 95')

Treinador:Petit  Treinador:Jorge Couto

 Cartões Amarelos:Demir Tiknaz 49'Salvador Agra 52',Tomás Vaclik 83',Clayton Silva 83'e João Graça 86'.

Golos:Jonathan Panzo 17'(p.b.) e Ilija Vukotic 74'.

Muitos faziam o funeral, muitos apontavam ao último prego no caixão. Em Paços de Ferreira - contra o Rio Ave - mostrou crença e ambição de mais do que o último lugar resignado do campeonato. Uma vitória (0-2) merecida diante de um adversário seguro na tabela deixam os axadrezados sonhar e mostrar que é possível a temporada acabar sem xeque-mate para o Boavista.

Na estreia de Jorge Couto, que reencontrou o antigo colega de equipa Petit, o Boavista colocou-se a vencer por Panzo - que rubricou um auto-golo - e ampliou a vantagem por Vukotic, uma das figuras da partida. Perante um Rio Ave apático, os boavisteiros começaram bafejados pela sorte e agarraram-se à audácia já em vantagem. De facto, a sorte protegeu os audazes.

Uma luz ao fundo do túnel

Numa segunda feira algo atípica, o Rio Ave recebeu em casa emprestada o Boavista, último classificado da Primeira Liga. Em Paços de Ferreira, casa dos rioavistas até ao final da temporada por conta da intempérie que assolou o Estádio dos Arcos, ambas as equipas tentavam pontapear as crises recentes. O Rio Ave vinha de quatro derrotas seguidas, o Boavista com onze derrotas nos últimos doze jogos: números pouco animadores para as duas equipas mas piores para os axadrezados por conta da classificação difícil e do momento delicado. Lito Vidigal deixou o comando do Boavista na véspera do jogo, deixando a equipa aos comandos de Jorge Couto, antiga glória das panteras. Quando a bola começou a rolar começaram-se a perceber nuances diferentes no jogo dos forasteiros. Jorge Couto voltou aos três centrais - num 5-3-2 - e equilibrou melhor a equipa às características dos jogadores e a equipa começou a dar uma melhor resposta do que o passado recente. A partida foi-se desenrolando sem grandes oportunidades e, perante alguma inoperância dos vilacondenses, o Boavista aproveitou para surpreender. Aos 17 minutos, Salvador Agra cobrou um pontapé de canto, Diaby desviou ao primeiro poste e Panzo, com alguma infelicidade, colocou a bola na sua baliza, deixando os portuenses na frente do marcador. Daí em diante, os de caravela ao peito assumiram as rédeas do jogo, mas sempre pouco esclarecidos. As únicas aproximações surgiram na sequência de cruzamentos e bolas paradas, sem grande critério. De facto, a grande oportunidade pertenceu ao Boavista, mas Joel Silva esbarrou o remate em Miszta. Vantagem boavisteira ao intervalo que premeia a eficácia.

Com tal audácia nem foi preciso sorte

À entrada para o segundo tempo, Jorge Couto lançou Reisinho para o lugar de Joel Silva, visivelmente desgastado no primeiro tempo. O Rio Ave, sem alterações, ameaçou logo a começar o segundo tempo pela cabeça de Andreas, mas esse sinal de perigo foi sol de pouca dura.  Mais confiante com o resultado favorável, o Boavista começou a ter bola e a controlar mais o jogo e as iniciativas do Rio Ave. Reisinho, com um míssil de pé esquerdo, colocou em sentido Miszta. Embalados pelos adeptos boavisteiros - em maioria no estádio e bastante ruidosos -, os axadrezados iam segurando três pontos cruciais para o sonho que - à entrada - para esta jornada parecia já utópico: a manutenção. Confiantes e destemidos, os homens do Bessa aproveitaram a incapacidade clara dos rioavistas e lá picaram o ponto novamente, para a loucura de todos os adeptos visitantes no estádio. Reisinho descobriu Bozenik na área, este permitiu uma defesa ao guardião polaco e, na emenda, Vukotic permitiu sonhar. Depois do segundo golo, o Rio Ave pareceu realmente resignar-se ao resultado. Do outro lado, um desperto Boavista foi travando toda e qualquer iniciativa contrária. Por fim, um merecido destaque para Diaby: o ex-Sporting mostrou o porquê do Boavista ter apostado nele. Com a velocidade que o caracteriza fez uma exibição muito completa e complementou-se muito bem com Bozenik no ataque axadrezado.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Liga BetClic 2024-2025: 27ºJornada: Segunda Derrota consecutiva em Casa na Era Lito Vidigal

 

                                                                                                                                                                                            BOAVISTA FC-1

GIL VICENTE FC-3

Liga Betclic 27ºJornada Época 2024-2025

1 de Abril de 2025 - 20h15
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Carlos Macedo(A.F. Braga)


GR:Tomás Vaclik GR:Andrew Ventura
DD:Osman Kakay DD:Zé Carlos
DC:Rodrigo Abascal(C) DC:Rúben Fernandes(C)
DC:Sidonei Fogning DC:Jonathan Buatu
DE:Layvin Kurzawa(Joel Silva 69') DE:Sandro Cruz(Jonathan Mutombo 69')
MC:Ilija Vukotic MC:Mohamed Bamba
MC:Sebastien Perez(Gboly Ariyibi 69') MC:Facundo Cáseres(Santi García 80')
MC:Marco Van Ginkel(Ibrahima Camará 69') MC:Kanya Fujimoto
MC:Miguel Reisinho(Abdoulay Diaby 52') MC:Sergio Bermejo(Jordi Mboula72')
PL:Moussa Koné(Vitali Lystov 60') PL:Pablo Felipe(Jorge Aguirre 73')
PL:Robert Bozénik
 PL:Tidgany Touré

Treinador:Lito Vidigal  Treinador:Cesár Peixoto

Cartões Amarelos:Zé Carlos 59',Ibrahima Camará 71',Tidgany Touré 79' e Tidgany Touré 80'.

Cartões Vermelhos:Tidgany Touré 80'.

Golos:ablo Felipe 55',Pablo Felipe 56',Pablo Felipe 65' e Robert Bozénik 96'


Pablo Felipe Pereira de Jesus, o nome do carrasco do Boavista neste momento. Esperança, crença, vontade e capacidade. O avançado brasileiro levou quase tudo. O Gil Vicente deslocou-se ao Estádio do Bessa e com um hat-trick do jogador de 21 anos, complicou - e muito - a vida dos axadrezados.E Tudo o Vento Levou» é o título original do romance de 1939 que funciona como inspiração para o sucedido nesta dolorosa noite na cidade do Porto. Ou não tivesse o destino das panteras ficado praticamente traçado com esta derrota.

Empurrados pelo Bessa

Encontro importantíssimo para a «luta pela sobrevivência» na Liga Portugal Betclic, mas com duas perspetivas muito diferentes à entrada para o duelo. O Boavista a precisar desesperadamente de vencer para não se afundar ainda mais na tabela classificativa e um Gil Vicente que queria muito voltar às vitórias para poder fugir ao lugar de playoff. Lito Vidigal e César Peixoto decidiram surpreender nos onzes utilizados: Seba Perez e Robert Bozenik no lado axadrezado e Sergio Bermejo no lugar de Félix Correia nos gilistas. Apesar do bom ambiente no Estádio do Bessa, a partida começou morna e sem lances perigosos, tanto de um lado como do outro. Os galos de Peixoto assumiram o controlo da posse, mas raras foram as vezes em que conseguiram capitalizá-la.  Com Pérez, van Ginkel, Reisinho e Vukotic no miolo, a turma da cidade invicta mostrou - a espaços - que também sabia tratar o esférico por «tu». É assim que nasce o maior lance de perigo da primeira metade.  Abascal recebeu e abriu à esquerda para a entrada de Kurzawa. O lateral francês cruzou com conta, peso e medida em direção à cabeça de Moussa Koné. Andrew aplicou-se e defendeu o cabeceamento a dois tempos. Antes disso, destaque para um lance idêntico na área contrária e onde Pablo respondeu da melhor forma ao cruzamento de Sandro Cruz. Valeu Vaclik ao Boavista. Tudo empatado na saída para os balneários.

Assim fica complicado

O regresso do descanso trouxe duas equipas mais verticais, a deixarem o jogo partir e a assumirem o risco, mas nada fazia antever o desenrolar dos acontecimentos até ao apito final de Carlos Macedo. Canto para o Gil aos 55', Lito Vidigal pede «concentração» à sua equipa e... golo de Pablo. Desatenção total no ataque ao primeiro poste e o filho de Pena - antiga lenda do FC Porto - a marcar o primeiro golo no campeonato desde que havia faturado precisamente frente aos dragões. O cronómetro não tinha corrido nem um minuto e já o avançado brasileiro voltava a fazer abanar as redes da baliza de Vaclik. Desconcentração inexplicável da turma axadrezada. Fujimoto recuperou o esférico, entregou-o a Pablo que, com um remate rasteiro, fez o 0-2. Perante os quase 5000 adeptos impávidos e desacreditados - dado o que sucedera nos dois minutos anteriores - o Boavista tentou desesperadamente chegar-se à frente nos minutos seguintes. Resultado? Contra-ataque do Gil e Hat-trick de Pablo.  Sem esperança e com o fantasma da descida inamovível do subconsciente de todos os intervenientes do lado do Boavista, as coisas descambaram na reta final do encontro - expulsões e confusão - e nem o golo de Bozenik, dos onze metros e no último suspiro, serviu para confortar a alma axadrezada. Ao Boavista resta agarrar-se à calculadora e fazer um final de campeonato milagroso, enquanto o Gil Vicente passa agora a respirar melhor na luta pela manutenção.


domingo, 16 de março de 2025

Liga BetClic 2024-2025: 26ºJornada: Derrota conta Antigo Técnico

   

                                                                                                                                           MOREIRENSE FC-1

  BOAVISTA FC-0

Liga Betclic 26ºJornada Época 2024-2025

16 de Março de 2025 - 20h30
Estádio Comendador Manuel de Almeida Freitas em Moreira de Cónegos
Árbitro:Ricardo Baixinho(A.F. Lisboa)

GR:Kewin Silva GR:Tomás Vaclik
DD:Dinis Pinto DC:Sidonei Fogning
DC:Maracás DC:Rodrigo Abascal(C)
DC:Marcelo(C) DC:Steven Vitória(Layvin Kurzawa 70')
DE:Leonardo Buta(GodFried Frimpong 70') MC:Ibrahima Camará(Róbert Bozeník 52')
MC:Rúben Ismael(Sidnei Tavares 70') MC:Marco Van Ginkel
MC:Lawrence Ofori MC:Ilija Vukotic(Miguel Reisinho INT)
MC:Benny(Jeremy Antonisse 58') MC:Osman Kakay
ED:Alanzinho ED:Salvador Agra
PL:Luís Asué(Joel Jorquera 81') PL:Abdoulay Diaby(Sebastien Pérez 85')
EE:Cédric Teguia(Pedro Santos 81') EE:Gboly Ariyibi(Moussa Koné INT)

Treinador:Cristiano Bacci  Treinador:Lito Vidigal

 Cartões Amarelos:Salvador Agra 30', Rodrigo Abascal 36',Benny 36',Steven Vitória 36',Marcelo 59',Kewin Silva 60',Róbert Bozeník 65',Layvin Kurzawa 72',Miguel Reisinho 77' e Jeremy Antonisse 82'

Cartões Vermelhos:Salvador Agra 64'.

Golos:Alanzinho 31'(g.p)

A crise do Boavista já foi amplamente dissecada e, sem dúvida, será alvo de estudo no futuro. Haverá culpas a repartir por várias partes, mas há um grupo que não as tem e que merecia mais. Desse grupo fazem parte as centenas de boavisteiros que viajaram do Porto (e de outras localidades) até Moreira de Cónegos para compor a casa no Moreirense - Boavista, que terminou com a natural vitória dos minhotos. Os adeptos que estiveram em Moreira e os que se deslocam ao Bessa de duas em duas semanas mereciam mais. Mereciam mais do que uma equipa que não consegue criar um lance em jogo corrido e que aposta todas as fichas na sorte das bolas paradas. Mereciam mais do que uma ideia de jogo que passa de três centrais para uma linha de quatro, e novamente três, a cada 15 minutos, motivando constantes pedidos de informação dos jogadores para o banco. Mereciam mais do que uma equipa incapaz de tapar buracos no meio-campo e que se desmonta com apenas três passes. Enfim, mereciam mais.

Só podia ser de uma forma

Como se pode imaginar, a estratégia do Boavista era fácil de perceber e ainda mais fácil de anular. Além das bolas paradas, a ideia passava por estar bem fechado, recuperar a bola e lançar a velocidade do falso nove, Diaby, e do ala esquerdo, Gboly Ariyibi. Duas coisas falharam nesta equação: a velocidade de Diaby já não existe e todos os passes longos saíram errados, todos! Por seu lado, o Moreirense só tinha de jogar. Só tinha de trocar a bola e, quando o fazia bem, os espaços apareciam. Foi assim que Luís Asué surgiu sozinho na área e só não marcou porque Steven Vitória cortou em cima da linha. Foi assim que Leonardo Buta e Cédric Teguia encontraram espaço pelos flancos e ficaram perto de marcar. E foi assim que surgiu a clara grande penalidade cometida por Agra (numa noite para esquecer) e convertida por Alanzinho.

Agra deitou tudo a perder

A vantagem ao intervalo era curta, mas deixava o Boavista dentro do jogo. O arranque da segunda parte dava sinais de crescimento, com o banco a ajudar, colocando homens no ataque. Tudo isso mudou quando Agra teve uma entrada «louca» e viu o vermelho direto. É verdade que, até aqui, esta crónica não tem sido positiva para o Boavista, mas há algo que tem de ser dito: a crença com que os axadrezados jogam faz com que todos os jogos sejam interessantes. É por isso que o último classificado, mesmo com menos um jogador e em desvantagem, se manteve vivo no jogo. Primeiro, porque qualquer livre perto do meio-campo resultava numa bola lançada para a área do Moreirense, algumas das quais assustaram. E, segundo, porque a própria equipa de Bacci ajudou. O antigo treinador dos axadrezados viu os seus jogadores desperdiçarem jogada após jogada (sem finalizar), muitas delas em clara vantagem. Com esta vitória e a conjugação dos resultados desta jornada, o Moreirense tem praticamente assegurado o seu objetivo mínimo: a manutenção. Já o Boavista continua a carregar o peso da lanterna vermelha, e a chama da esperança, neste caso, está cada vez mais ténue...  

domingo, 9 de março de 2025

Liga BetClic 2024-2025: 25ºJornada: Nova Derrota em Casa

     

                                                                                                                                                                          BOAVISTA FC-1

VSC GUIMARÃES-2 

Liga BetClic 25ºJornada Época 2024-2025

9 de Março de 2025 - 20H30
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:João Pinheiro(A.F.Braga)


GR:Tomás Vaclik GR:Bruno Varela
DC:Steven Vitória DD:Miguel Maga
DC:Rodrigo Abascal(C) DC:Filipe Relvas
DC:Vitalii Lystov(Robert Bozénik 81') DC:Toni Borekvocic
EE:Sidonei Fogning DE:João M.Mendes(Hevertton Santos INT)
MC:Ilija Vukotic(Osman Kakay 57') MC:Tomás Handel(Tiago Silva 70')
MC:Ibrahima Camara(Miguel Reisinho 70') MC:Samú Silva
MC:Marco Van Ginkel MC:Telmo Arcanjo(Úmaro Embaló 63')
ED:Salvador Agra MC:João Mendes(Beni Mukandi 87')
PL:Abdoulay Diaby PL:Vando Félix
PL:
Globy Ariyibi PL:Dieu Michel(Nélson Oliveira 63')

Treinador:Lito Vidigal  Treinador:Luis Freire

Cartões Amarelos:Samú Silva 25,Salvador Agra 46' e Osman Kakay 66'.

Golos:Marco Van Ginkel 45'+2'(g.p),Ilija Vukovic 50'(a.g.) e Tiago Silva 76'(g.p)

Confronto recheado de história. Boavista e Vitória SC, dois ilustres da nossa praça, encontraram-se para a edição 141 de um duelo que já é um dos mais emblemáticos clássicos do nosso futebol. Ambiente a ferver nas bancadas (até em demasia, mas já lá vamos) e duas equipas de ADN muito caraterístico no relvado. Ganhou o espetáculo e ganhou o Vitória SC, que operou uma reviravolta para triunfar por 1-2. Várias alterações nas duas equipas em relação aos últimos compromissos. Lito Vidigal contrariou a velha máxima de que em equipa que ganha, não se mexe e operou três mudanças em relação à formação boavisteira que bateu o Santa Clara: Moussa Koné, Róbert Bozenik e Joel Silva abriram espaço no onze para as entradas de Steven Vitória, Abdoulay Diaby e Gboly Ariyibi. Mais do que as mudanças das peças, a mudança na estratégia. O técnico boavisteiro manteve a linha defensiva de cinco elementos, mas encostou Sidoine Fogning e encaixou Steven Vitória no meio do trio de centrais. Dos cinco jogadores da linha, quatro foram defesas centrais e Rodrigo Abascal teve a missão de ora ser o central mais à esquerda, ora saltar para a posição '6' e policiar o médio adversário a jogar entre linhas, quase sempre João Mendes. Do outro lado, após o empate em Sevilha, Luís Freire manteve a essência da equipa, mas com seis alterações no onze: Hevertton Santos, Mikel Villanueva, Tiago Silva, Úmaro Embaló, Nélson Oliveira e Nuno Santos deram lugar a Miguel Maga, Filipe Relvas, Samu Silva, Telmo Arcanjo, Vando Félix e Dieu Michel. Estratégias totalmente contrastantes as que se viram no relvado do Bessa. Desde cedo os vimaranenses tentaram embalar a pantera no seu futebol rendilhado, com João Mendes a vaguear pelos espaços dentro do bloco axadrezado e a ser muitas vezes o alvo das combinações de uma equipa que procurou levar o jogo aos três corredores e ser paciente com a bola. Nessa toada, entrou mais autoritária a equipa visitante, cujo jogo ofensivo desaguou muitas vezes no flanco esquerdo. Vando Félix, porém, não viveu a melhor das noites no aspeto da definição. O Boavista, a apostar claramente num futebol mais direto e em busca de chegar a zonas de finalização no mínimo de toques possível, conseguiu lançar algumas vezes Ariyibi pela esquerda, mas poucas vezes conseguiu dar seguimento. A dupla composta por Ibrahima Camará e Ilija Vukotic foi mais reativa que proativa, claramente talhada para o momento sem bola e Marco van Ginkel, o falso extremo direito que jogou sempre por dentro, não teve tanta bola quanto certamente gostaria (ele e o coletivo...). Ainda assim, foi do pé direito do neerlandês que saiu o primeiro golo da noite, na marca dos onze metros, a castigar uma entrada imprudente de João M. Mendes sobre Vukotic. Permitam-nos, no entanto, recuar uns minutos para um episódio que em nada valoriza o espetáculo. Não valoriza nada de nada, na verdade. A cerca de cinco minutos do descanso, Bruno Varela deixou a baliza vitoriana e arrancou relvado fora, determinado em abandonar a partida. Na origem terão estado alegados insultos racistas vindos do setor afeto à claque boavisteira, posicionado atrás da baliza que o guarda-redes defendeu na primeira parte. O jogo esteve interrompido por alguns minutos, Varela foi travado no banco boavisteiro, onde ficou à conversa com vários elementos da equipa da casa. Ao mesmo tempo, Abascal pedia serenidade à massa adepta axadrezada. O jogo reatou, o Vitória SC acusou a quebra do ritmo e o Boavista chegou ao tal golo de grande penalidade, em cima do descanso.

Artilharia pesada para resolver

Luís Freire iniciou as mexidas na equipa logo no arranque da segunda parte e o Vitória SC acentuou o domínio. O Boavista teve cada vez mais dificuldades para sair e foi empurrado para trás pelos vimaranenses, que rapidamente chegaram ao empate. O checo Tomas Vaclík esteve em grande plano durante toda a primeira parte, com uma série de boas intervenções que mantiveram segura a baliza boavisteira. Nada pôde fazer, aos 50 minutos, quando o corte em carrinho de Vukotic o acabou por trair.  O Boavista fez uma rara aparição na área adversária cerca de dez minutos depois, mas o remate de Sidoine Fogning foi bloqueado. Continuou a carregar o Vitória SC depois disso e à medida que Luís Freire foi puxando da artilharia pesada, o domínio foi cada vez maior. As oportunidades de golo foram várias, mas a equipa vimaranense esteve perdulária. Só não pagou caro por isso porque, aos 76 minutos, Vando Félix arrancou uma grande penalidade e Tiago Silva confirmou a reviravolta. Num sempre difícil confronto pós-Conference League, o Vitória SC reagiu a tempo e resgatou três pontos que permitem a subida ao sexto lugar, com 38 pontos. O Boavista segue na última posição com 15 pontos, menos dois do que o Farense.

domingo, 2 de março de 2025

Liga BetClic 2024-2025: 24ºJornada: Vitória da Esperança

 

                                                                  BOAVISTA FC-1

CD SANTA CLARA-0

Liga BetClic 24ºJornada Época 2024-2025

2 de Março de 2025 - 15H30
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Bruno Vieira(A.F.Lisboa)

GR:Tomás Vaclik GR:Gabriel Batista(C)
DC:Sidoine Fogning DC:Frederico Venâncio(Sidney Lima 74')
DC:Rodrigo Abascal(C) DC:Luís Rocha
DC:Vitalii Lystov DC:Mateus Araújo
EE:Joel Silva(Steven Vitória 63') EE:Matheus Pereira
MC:Ilija Vukotic MC:Adriano Firmino(Serginho 83')
MC:Ibrahima Camara MC:Pedro Pereira
MC:Marco Van Ginkel(Abdoulay Diaby 63') ED:Diogo Calila(Lucas Soares 74')
ED:Salvador Agra PL:Gabriel Silva
PL:Róbert Bozenik(Sebastien Pérez 85') PL:Vinicius Lopes(João Costa 74')
PL:Moussa Koné(Globy Ariyibi 33') PL:Ricardinho(Mateusinho 69')

Treinador:Lito Vidigal  Treinador:Vasco Matos

Cartões Amarelos:Vitalli Lystov 45'+1,Sidoine Fogning 46',Vinicius Lopes 59',Fredrico Venâncio 71',Robert Bozénik 83',Sidney Lima 84' e Abdoulay Diaby 95'.

Golos:Vitalii Lystov 81'.

No Estádio do Bessa, tanto o Boavista como o Santa Clara procuravam retornar ao caminho dos três pontos. Porém, os Deuses futebolísticos acabaram por brindar os panteras com uma vitória pela margem mínima (1-0), obtida já nos instantes finais. Lito Vidigal, na antevisão ao encontro, confessou que o plano traçado para a obtenção da manutenção passava por garantir mais cinco vitórias até ao final da campanha. A verdade é que com o mais recente resultado, o número de triunfos necessários, segundo os seus cálculos, reduziu-se para quatro.

Movidos pela Vitamina D

A equipa da casa entrou em campo no seu habitual 3-4-3, com Ibrahima Camará e Ilija Vukotic a serem os responsáveis por fazer a ligação entre o setor mais recuado e os elementos da frente. Uma das grandes novidades passou pelo posicionamento de Marko van Ginkel, que atuou mais descaído para o corredor esquerdo para explorar o espaço entre linhas. Vasco Matos também se manteve fiel à sua filosofia, operando, única e exclusivamente, uma mudança, face ao empate na Reboleira: Serginho cedeu o seu lugar nas escolhas iniciais a Pedro Ferreira. Contudo, os homens do miolo mostraram claras dificuldades em travar as dinâmicas contrárias, numa primeira instância. O dia bonito de sol vivido na Cidade Invicta contagiou os pupilos de Lito Vidigal, que entraram no jogo de forma destemida e impetuosa. Aliás, logo no minuto inaugural, o estádio viveu (temporariamente) um momento de repleta alegria: o árbitro Bruno Vieira apontou para a marca dos onze metros, na sequência de um puxão adversário. Contudo, o VAR conteve o entusiasmo, já que a falta havia sido fora da zona proibida. Salvador Agra não se deixou afetar pela decisão, colocando uma grande potência na bola parada. Porém, a colocação foi excessiva, com o poste a colocar um ponto final em eventuais comemorações precoces. Movidos pelo aviso, a equipa que atuou de vermelho subiu, de imediato, as suas linhas e, como tal, também criou uma oportunidade flagrante. Valeu aos panteras a falta de inspiração de Vinícius Lopes, que não conseguiu corresponder da melhor maneira ao cruzamento milimétrico de Gabriel Silva. A turma portuense, nos minutos que sucederam, procuraram ter o controlo do jogo, com uma pose de bola passiva. Já os insulares, matreiros, aproveitavam as constantes falhas individuais do oponente para partirem em transições rápidas. Todavia, Sidoine Fogning, fruto do seu poderio físico e capacidade de aceleração, estava intransponível, liderando a sua equipa por exemplo.

Canto do cisne

O descanso não fez bem aos intervenientes. Faltas e faltinhas condicionaram o ritmo intenso visível na primeira metade. Os forasteiros, numa ou noutra ocasião, conseguiam aproximar-se de uma zona vantajosa para alvejar a baliza. No entanto, as tentativas acabavam sempre nas mãos de um tranquilo Tomas Vaclík, que não precisou de soar muito para travar os débeis remates enquadrados.Contudo, no sentido inverso, foi Abdoulay Diaby quem dispôs da melhor ocasão para abrir a contagem. O avançado, no meio da confusão, conseguiu arranjar uma brecha para finalizar, através de um volley. Gabriel Batista, concentrado, protagonizou uma intervenção espetacular, que deixou o antigo jogador do Sporting com as mãos no rosto. Porém, o guardião nada conseguiu fazer para travar o cabeceamento exímio de Vitalii Lystsov. Aos 81', na sequência de um canto cobrado por Salvador Agra, o central russo ganhou nas alturas e, movido pelo grande apoio do público, finalizou com grande critério. E assim, começou uma festa enorme no Bessa, que antecedeu as comemorações do Carnaval! Com este resultado, o emblema do Bessa passou a somar 15 pontos, no último lugar do campeonato nacional. Já o Santa Clara está na quinta posição, com 39 pontos arrecadados na tabela classificativa.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Liga BetClic 2024-2025: 23ºJornada: Derrota na Luz

                                                                                                                                   SL BENFICA-3

  BOAVISTA FC-0

Liga Betclic 23ºJornada Época 2024-2025

22 de Fevereiro de 2025 - 18h
Estádio da Luz em Lisboa
Árbitro:José Bessa(A.F. Porto)


GR:Samuel Soares GR:Tomás Vaclik
DD:Leandro Santos DC:Sidonei Fogning
DC:Nicolás Otamendi(C) DC:Rodrigo Abascal
DC:Tomás Araújo DC:Vitali Lystsov(Steven Vitória 79')
DE:Alváro Carreras(Nuno Félix 78') MC:Sebástien Perez(C)(Ibrahima Camará INT)
MC:Samuel Dahl MC:Marco Van Ginkel(Abdoulay Diaby 58')
MC:Orkun Kokcu(Arthur Cabral 79') MC:Miguel Reisinho
MC:Fredrik Ausrnes(Diogo Prioste 83') MC:Joel Silva
ED:Zeki Amdouni(Kerem Akturkoglou 78') ED:Salvador Agra
PL:Andrea Belotti(Vangelis Pavlidis 68') PL:Robert Bozénik(João Barros 72')
EE:Bruma EE:Moussa Koné(Manuel Namora 72')

Treinador:Bruno Lage  Treinador:Lito Vidigal

 Cartões Amarelos:Sébastien Perez 26' e Miguel Reisinho 45'.

Cartões Vermelhos:Miguel Reisinho 51'.

Golos:Andrea Belotti 28' Vangelis Pavlidis 70' e Orkun Kokcu 77'(g.p.)


Tal como chegou a ser prometido pelo treinador, o Benfica está de volta à liderança da Liga Portugal Betclic! É certo que esse estatuto é vivido à condição, uma vez que o Sporting o pode reconquistar no domingo, mas é um excelente presságio para uma promissora batalha até ao final desta competição. Para regressar ao poleiro, a águia precisou apenas de bater o Boavista, atualmente o último classificado e com cada vez menos argumentos para sair dessa posição. Vaclik, estreante na baliza axadrezada, bem lutou para evitar uma derrota - evitou uma goleada... -, mas o desnível entre as duas equipas, adensado com uma expulsão no início da segunda parte, acabou por levar o marcador até ao 3-0. Rotação de peças sem sacrificar o objetivo principal. É esse o resumo de uma tarde feliz para os da casa, que ainda tiraram uns minutos para uma especial homenagem a Michel Preud´homme.

O galo já canta em Lisboa

À semelhança do que sucedera no jogo da jornada transata, na casa do Santa Clara (0-1), Bruno Lage optou por fazer várias mudanças em relação ao onze que utilizou no compromisso europeu a meio da semana. Foram seis as novidades em comparação com a equipa que empatou frente ao Monaco (3-3), com nova titularidade para reforços de janeiro (Bruma, Belotti e Dahl) e ainda uma troca na baliza, com Samuel Soares a surgir no lugar de Trubin.

O onze do Boavista também contou com diversas novidades, não fosse já essa a expectativa numa altura em que a equipa conta com um novo treinador e um vasto leque de novas opções para jogar. Vaclik, Lystsov, Van Ginkel e Koné foram todos titulares pela primeira vez com Lito Vidigal, que conseguiu, por momentos, entreter a ideia de que seria possível pontuar na Luz.  Ora, mesmo as águias tendo mais bola, os axadrezados foram tendo sucesso nas suas tentativas de reduzir o ritmo de jogo e ainda conseguiram subir no terreno em transição num par de ocasiões. Mas não tivemos uma lanterna vermelha a brilhar mais intensamente do que a camisola encarnada, ainda assim, porque a seu tempo os holofotes começaram a incidir sobre il gallo, Andrea Belotti. Aos 28 minutos, assistido por outro reforço que já sabe o que é resolver a favor da nova equipa (Bruma), o internacional por Itália fez o seu primeiro golo em solo português, para o desespero dos adversários que pediam falta. Até ao intervalo o avançado manteve-se como figura central do jogo, sendo dono e senhor das maiores ocasiões e de um remate ao poste. Também Dahl e Bruma quiseram o golo, sempre negado pelo guarda-redes adversário.

Alta rotação

A segunda parte arrancou desde logo com o treinador do Boavista a procurar evitar um cartão vermelho para a sua equipa, retirando prematuramente o seu capitão, Seba Pérez, por estar já amarelado. Isso de pouco ou nada serviu já que Miguel Reisinho recebeu ordem direta de expulsão logo ao sétimo minuto do segundo tempo, após intervenção do VAR. Entrada duríssima sobre Kokçu. A partir desse momento, o desnível do jogo foi um problema sem correção possível. À parte de um perigoso remate de Abdoulaye Diaby - o primeiro desde o regresso ao futebol português -, vimos apenas uma constante ameaça do Benfica à baliza adversária, com chances de Aursnes, Bruma, Amdouni e Belotti, mas Tomas Vaclik teimava em não deixar o marcador crescer, no que foi uma brilhante estreia do guardião checo. Para que a rede voltasse a baloiçar, foi necessária a entrada de algumas peças mais oleadas. Kerem Aktürkoğlu e Vangelis Pavlidis entraram e apenas dois minutos depois construíram o 2-0, com o turco a assistir o grego, que só teve de encostar para fazer o seu décimo tento no ano civil. Minutos depois, Kökçü ampliou para 3-0, convertendo a grande penalidade que Dahl conquistou. Houve ainda tempo para a estreia de Diogo Prioste, médio da formação encarnada, na reta final de um duelo já mais do que resolvido. O apito final só confirmou o que já se sabia há mais de uma hora: o Benfica está de volta à liderança e a pressão está nos ombros do rival...