Boavista FC - Gil Vicente FC |
1 de Abril - 20:15 |
Terça-feira |
Primeira Liga - Estádio do Bessa Século XXI |
Boavista FC - Gil Vicente FC |
1 de Abril - 20:15 |
Terça-feira |
Primeira Liga - Estádio do Bessa Século XXI |
MOREIRENSE FC-1
Liga Betclic 26ºJornada Época 2024-2025
GR:Kewin Silva GR:Tomás Vaclik
DD:Dinis Pinto DC:Sidonei Fogning
DC:Maracás DC:Rodrigo Abascal(C)
DC:Marcelo(C) DC:Steven Vitória(Layvin Kurzawa 70')
DE:Leonardo Buta(GodFried Frimpong 70') MC:Ibrahima Camará(Róbert Bozeník 52')
MC:Rúben Ismael(Sidnei Tavares 70') MC:Marco Van Ginkel
MC:Lawrence Ofori MC:Ilija Vukotic(Miguel Reisinho INT)
MC:Benny(Jeremy Antonisse 58') MC:Osman Kakay
ED:Alanzinho ED:Salvador Agra
PL:Luís Asué(Joel Jorquera 81') PL:Abdoulay Diaby(Sebastien Pérez 85')
EE:Cédric Teguia(Pedro Santos 81') EE:Gboly Ariyibi(Moussa Koné INT)
Treinador:Cristiano Bacci Treinador:Lito Vidigal
Cartões Amarelos:Salvador Agra 30', Rodrigo Abascal 36',Benny 36',Steven Vitória 36',Marcelo 59',Kewin Silva 60',Róbert Bozeník 65',Layvin Kurzawa 72',Miguel Reisinho 77' e Jeremy Antonisse 82'
Cartões Vermelhos:Salvador Agra 64'.
Golos:Alanzinho 31'(g.p)
A crise do Boavista já foi amplamente dissecada e, sem
dúvida, será alvo de estudo no futuro. Haverá culpas a repartir por várias
partes, mas há um grupo que não as tem e que merecia mais. Desse grupo fazem
parte as centenas de boavisteiros que viajaram do Porto (e de outras
localidades) até Moreira de Cónegos para compor a casa no Moreirense -
Boavista, que terminou com a natural vitória dos minhotos. Os adeptos que
estiveram em Moreira e os que se deslocam ao Bessa de duas em duas semanas
mereciam mais. Mereciam mais do que uma equipa que não consegue criar um lance
em jogo corrido e que aposta todas as fichas na sorte das bolas paradas.
Mereciam mais do que uma ideia de jogo que passa de três centrais para uma
linha de quatro, e novamente três, a cada 15 minutos, motivando constantes
pedidos de informação dos jogadores para o banco. Mereciam mais do que uma
equipa incapaz de tapar buracos no meio-campo e que se desmonta com apenas três
passes. Enfim, mereciam mais.
Só podia ser de uma forma
Como se pode imaginar, a estratégia do Boavista era fácil
de perceber e ainda mais fácil de anular. Além das bolas paradas, a ideia
passava por estar bem fechado, recuperar a bola e lançar a velocidade do falso
nove, Diaby, e do ala esquerdo, Gboly Ariyibi. Duas coisas falharam nesta
equação: a velocidade de Diaby já não existe e todos os passes longos saíram
errados, todos! Por seu lado, o Moreirense só tinha de jogar. Só tinha de
trocar a bola e, quando o fazia bem, os espaços apareciam. Foi assim que Luís
Asué surgiu sozinho na área e só não marcou porque Steven Vitória cortou em
cima da linha. Foi assim que Leonardo Buta e Cédric Teguia encontraram espaço
pelos flancos e ficaram perto de marcar. E foi assim que surgiu a clara grande
penalidade cometida por Agra (numa noite para esquecer) e convertida por
Alanzinho.
Agra deitou tudo a perder
A vantagem ao intervalo era curta, mas deixava o Boavista dentro do jogo. O arranque da segunda parte dava sinais de crescimento, com o banco a ajudar, colocando homens no ataque. Tudo isso mudou quando Agra teve uma entrada «louca» e viu o vermelho direto. É verdade que, até aqui, esta crónica não tem sido positiva para o Boavista, mas há algo que tem de ser dito: a crença com que os axadrezados jogam faz com que todos os jogos sejam interessantes. É por isso que o último classificado, mesmo com menos um jogador e em desvantagem, se manteve vivo no jogo. Primeiro, porque qualquer livre perto do meio-campo resultava numa bola lançada para a área do Moreirense, algumas das quais assustaram. E, segundo, porque a própria equipa de Bacci ajudou. O antigo treinador dos axadrezados viu os seus jogadores desperdiçarem jogada após jogada (sem finalizar), muitas delas em clara vantagem. Com esta vitória e a conjugação dos resultados desta jornada, o Moreirense tem praticamente assegurado o seu objetivo mínimo: a manutenção. Já o Boavista continua a carregar o peso da lanterna vermelha, e a chama da esperança, neste caso, está cada vez mais ténue...
BOAVISTA FC-1
VSC GUIMARÃES-2
Liga BetClic 25ºJornada Época 2024-2025
GR:Tomás Vaclik GR:Bruno Varela
DC:Steven Vitória DD:Miguel Maga
DC:Rodrigo Abascal(C) DC:Filipe Relvas
DC:Vitalii Lystov(Robert Bozénik 81') DC:Toni Borekvocic
EE:Sidonei Fogning DE:João M.Mendes(Hevertton Santos INT)
MC:Ilija Vukotic(Osman Kakay 57') MC:Tomás Handel(Tiago Silva 70')
MC:Ibrahima Camara(Miguel Reisinho 70') MC:Samú Silva
MC:Marco Van Ginkel MC:Telmo Arcanjo(Úmaro Embaló 63')
ED:Salvador Agra MC:João Mendes(Beni Mukandi 87')
PL:Abdoulay Diaby PL:Vando Félix
PL:Globy Ariyibi PL:Dieu Michel(Nélson Oliveira 63')
Treinador:Lito Vidigal Treinador:Luis Freire
Cartões Amarelos:Samú Silva 25,Salvador Agra 46' e Osman Kakay 66'.
Golos:Marco Van Ginkel 45'+2'(g.p),Ilija Vukovic 50'(a.g.) e Tiago Silva 76'(g.p)
Confronto recheado de história. Boavista e Vitória SC, dois
ilustres da nossa praça, encontraram-se para a edição 141 de um duelo que já é
um dos mais emblemáticos clássicos do nosso futebol. Ambiente a
ferver nas bancadas (até em demasia, mas já lá vamos) e duas equipas de ADN
muito caraterístico no relvado. Ganhou o espetáculo e ganhou o Vitória SC, que
operou uma reviravolta para triunfar por 1-2. Várias alterações nas duas
equipas em relação aos últimos compromissos. Lito Vidigal contrariou a velha
máxima de que em equipa que ganha, não se mexe e operou três mudanças em
relação à formação boavisteira que bateu o Santa Clara: Moussa Koné, Róbert Bozenik
e Joel Silva abriram espaço no onze para as entradas de Steven Vitória,
Abdoulay Diaby e Gboly Ariyibi. Mais do que as mudanças das peças, a mudança na
estratégia. O técnico boavisteiro manteve a linha defensiva de cinco elementos,
mas encostou Sidoine Fogning e encaixou Steven Vitória no meio do trio de
centrais. Dos cinco jogadores da linha, quatro foram defesas centrais e Rodrigo
Abascal teve a missão de ora ser o central mais à esquerda,
ora saltar para a posição '6' e policiar o médio adversário a jogar
entre linhas, quase sempre João Mendes. Do outro lado, após o empate em
Sevilha, Luís Freire manteve a essência da equipa, mas com seis alterações no
onze: Hevertton Santos, Mikel Villanueva, Tiago Silva, Úmaro Embaló, Nélson
Oliveira e Nuno Santos deram lugar a Miguel Maga, Filipe Relvas, Samu Silva,
Telmo Arcanjo, Vando Félix e Dieu Michel. Estratégias totalmente contrastantes
as que se viram no relvado do Bessa. Desde cedo os vimaranenses tentaram
embalar a pantera no seu futebol rendilhado, com João Mendes a
vaguear pelos espaços dentro do bloco axadrezado e a ser muitas vezes
o alvo das combinações de uma equipa que procurou levar o jogo aos três
corredores e ser paciente com a bola. Nessa toada, entrou mais autoritária a equipa
visitante, cujo jogo ofensivo desaguou muitas vezes no flanco esquerdo. Vando
Félix, porém, não viveu a melhor das noites no aspeto da definição. O Boavista,
a apostar claramente num futebol mais direto e em busca de chegar a zonas de
finalização no mínimo de toques possível, conseguiu lançar algumas vezes
Ariyibi pela esquerda, mas poucas vezes conseguiu dar seguimento. A dupla
composta por Ibrahima Camará e Ilija Vukotic foi mais reativa que proativa,
claramente talhada para o momento sem bola e Marco van Ginkel, o falso extremo
direito que jogou sempre por dentro, não teve tanta bola quanto certamente
gostaria (ele e o coletivo...). Ainda assim, foi do pé direito do neerlandês
que saiu o primeiro golo da noite, na marca dos onze metros, a castigar uma
entrada imprudente de João M. Mendes sobre Vukotic. Permitam-nos, no entanto,
recuar uns minutos para um episódio que em nada valoriza o espetáculo. Não
valoriza nada de nada, na verdade. A cerca de cinco minutos do descanso, Bruno
Varela deixou a baliza vitoriana e arrancou relvado fora, determinado em
abandonar a partida. Na origem terão estado alegados insultos racistas vindos
do setor afeto à claque boavisteira, posicionado atrás da baliza que o
guarda-redes defendeu na primeira parte. O jogo esteve interrompido por alguns
minutos, Varela foi travado no banco boavisteiro, onde ficou à
conversa com vários elementos da equipa da casa. Ao mesmo tempo, Abascal pedia
serenidade à massa adepta axadrezada. O jogo reatou, o Vitória SC acusou a
quebra do ritmo e o Boavista chegou ao tal golo de grande penalidade, em cima
do descanso.
Artilharia pesada para resolver
BOAVISTA FC-1
CD SANTA CLARA-0
Liga BetClic 24ºJornada Época 2024-2025
GR:Tomás Vaclik GR:Gabriel Batista(C)
DC:Sidoine Fogning DC:Frederico Venâncio(Sidney Lima 74')
DC:Rodrigo Abascal(C) DC:Luís Rocha
DC:Vitalii Lystov DC:Mateus Araújo
EE:Joel Silva(Steven Vitória 63') EE:Matheus Pereira
MC:Ilija Vukotic MC:Adriano Firmino(Serginho 83')
MC:Ibrahima Camara MC:Pedro Pereira
MC:Marco Van Ginkel(Abdoulay Diaby 63') ED:Diogo Calila(Lucas Soares 74')
ED:Salvador Agra PL:Gabriel Silva
PL:Róbert Bozenik(Sebastien Pérez 85') PL:Vinicius Lopes(João Costa 74')
PL:Moussa Koné(Globy Ariyibi 33') PL:Ricardinho(Mateusinho 69')
Treinador:Lito Vidigal Treinador:Vasco Matos
Cartões Amarelos:Vitalli Lystov 45'+1,Sidoine Fogning 46',Vinicius Lopes 59',Fredrico Venâncio 71',Robert Bozénik 83',Sidney Lima 84' e Abdoulay Diaby 95'.
Golos:Vitalii Lystov 81'.
No Estádio do Bessa, tanto o Boavista como o Santa Clara
procuravam retornar ao caminho dos três pontos. Porém, os Deuses futebolísticos
acabaram por brindar os panteras com uma vitória pela margem
mínima (1-0), obtida já nos instantes finais. Lito Vidigal, na antevisão
ao encontro, confessou que o plano traçado para a obtenção da manutenção
passava por garantir mais cinco vitórias até ao final da campanha. A verdade é
que com o mais recente resultado, o número de triunfos necessários, segundo os
seus cálculos, reduziu-se para quatro.
Movidos pela Vitamina D
A equipa da casa entrou em campo no seu habitual 3-4-3, com
Ibrahima Camará e Ilija Vukotic a serem os responsáveis por fazer a ligação
entre o setor mais recuado e os elementos da frente. Uma das grandes novidades
passou pelo posicionamento de Marko van Ginkel, que atuou mais descaído para o
corredor esquerdo para explorar o espaço entre linhas. Vasco Matos também se
manteve fiel à sua filosofia, operando, única e exclusivamente, uma mudança,
face ao empate na Reboleira: Serginho cedeu o seu lugar nas escolhas iniciais a
Pedro Ferreira. Contudo, os homens do miolo mostraram claras dificuldades em
travar as dinâmicas contrárias, numa primeira instância. O dia bonito de sol
vivido na Cidade Invicta contagiou os pupilos de Lito Vidigal, que entraram no
jogo de forma destemida e impetuosa. Aliás, logo no minuto inaugural, o estádio
viveu (temporariamente) um momento de repleta alegria: o árbitro Bruno Vieira
apontou para a marca dos onze metros, na sequência de um puxão adversário.
Contudo, o VAR conteve o entusiasmo, já que a falta havia sido fora da zona
proibida. Salvador Agra não se deixou afetar pela decisão, colocando uma grande
potência na bola parada. Porém, a colocação foi excessiva, com o poste a
colocar um ponto final em eventuais comemorações precoces. Movidos pelo aviso,
a equipa que atuou de vermelho subiu, de imediato, as suas linhas e, como tal,
também criou uma oportunidade flagrante. Valeu aos panteras a falta de
inspiração de Vinícius Lopes, que não conseguiu corresponder da melhor maneira
ao cruzamento milimétrico de Gabriel Silva. A turma portuense, nos minutos que
sucederam, procuraram ter o controlo do jogo, com uma pose de bola passiva. Já
os insulares, matreiros, aproveitavam as constantes falhas individuais do
oponente para partirem em transições rápidas. Todavia, Sidoine Fogning, fruto
do seu poderio físico e capacidade de aceleração, estava intransponível,
liderando a sua equipa por exemplo.
Canto do cisne
O descanso não fez bem aos intervenientes. Faltas e faltinhas condicionaram o ritmo intenso visível na primeira metade. Os forasteiros, numa ou noutra ocasião, conseguiam aproximar-se de uma zona vantajosa para alvejar a baliza. No entanto, as tentativas acabavam sempre nas mãos de um tranquilo Tomas Vaclík, que não precisou de soar muito para travar os débeis remates enquadrados.Contudo, no sentido inverso, foi Abdoulay Diaby quem dispôs da melhor ocasão para abrir a contagem. O avançado, no meio da confusão, conseguiu arranjar uma brecha para finalizar, através de um volley. Gabriel Batista, concentrado, protagonizou uma intervenção espetacular, que deixou o antigo jogador do Sporting com as mãos no rosto. Porém, o guardião nada conseguiu fazer para travar o cabeceamento exímio de Vitalii Lystsov. Aos 81', na sequência de um canto cobrado por Salvador Agra, o central russo ganhou nas alturas e, movido pelo grande apoio do público, finalizou com grande critério. E assim, começou uma festa enorme no Bessa, que antecedeu as comemorações do Carnaval! Com este resultado, o emblema do Bessa passou a somar 15 pontos, no último lugar do campeonato nacional. Já o Santa Clara está na quinta posição, com 39 pontos arrecadados na tabela classificativa.
Liga Betclic 23ºJornada Época 2024-2025
GR:Samuel Soares GR:Tomás Vaclik
DD:Leandro Santos DC:Sidonei Fogning
DC:Nicolás Otamendi(C) DC:Rodrigo Abascal
DC:Tomás Araújo DC:Vitali Lystsov(Steven Vitória 79')
DE:Alváro Carreras(Nuno Félix 78') MC:Sebástien Perez(C)(Ibrahima Camará INT)
MC:Samuel Dahl MC:Marco Van Ginkel(Abdoulay Diaby 58')
MC:Orkun Kokcu(Arthur Cabral 79') MC:Miguel Reisinho
MC:Fredrik Ausrnes(Diogo Prioste 83') MC:Joel Silva
ED:Zeki Amdouni(Kerem Akturkoglou 78') ED:Salvador Agra
PL:Andrea Belotti(Vangelis Pavlidis 68') PL:Robert Bozénik(João Barros 72')
EE:Bruma EE:Moussa Koné(Manuel Namora 72')
Treinador:Bruno Lage Treinador:Lito Vidigal
Cartões Amarelos:Sébastien Perez 26' e Miguel Reisinho 45'.
Cartões Vermelhos:Miguel Reisinho 51'.
Golos:Andrea Belotti 28' Vangelis Pavlidis 70' e Orkun Kokcu 77'(g.p.)
Tal como chegou a ser prometido pelo treinador, o Benfica
está de volta à liderança da Liga Portugal Betclic! É certo que esse estatuto é
vivido à condição, uma vez que o Sporting o pode reconquistar no domingo, mas é
um excelente presságio para uma promissora batalha até ao final desta
competição. Para
regressar ao poleiro, a águia precisou apenas de bater o Boavista, atualmente o
último classificado e com cada vez menos argumentos para sair dessa posição.
Vaclik, estreante na baliza axadrezada, bem lutou para evitar uma derrota -
evitou uma goleada... -, mas o desnível entre as duas equipas, adensado com uma
expulsão no início da segunda parte, acabou por levar o marcador até ao 3-0.
Rotação de peças sem sacrificar o objetivo principal. É esse o resumo de uma
tarde feliz para os da casa, que ainda tiraram uns minutos para uma especial
homenagem a Michel Preud´homme.
O galo já canta em Lisboa
À semelhança do que sucedera no jogo da jornada transata, na casa do Santa Clara (0-1), Bruno Lage optou por fazer várias mudanças em relação ao onze que utilizou no compromisso europeu a meio da semana. Foram seis as novidades em comparação com a equipa que empatou frente ao Monaco (3-3), com nova titularidade para reforços de janeiro (Bruma, Belotti e Dahl) e ainda uma troca na baliza, com Samuel Soares a surgir no lugar de Trubin.
O onze do Boavista também contou com diversas novidades,
não fosse já essa a expectativa numa altura em que a equipa conta com um novo
treinador e um vasto leque de novas opções para jogar. Vaclik, Lystsov, Van
Ginkel e Koné foram todos titulares pela primeira vez com Lito Vidigal, que
conseguiu, por momentos, entreter a ideia de que seria possível pontuar na
Luz. Ora, mesmo as águias tendo mais bola, os axadrezados foram tendo
sucesso nas suas tentativas de reduzir o ritmo de jogo e ainda conseguiram subir
no terreno em transição num par de ocasiões. Mas não tivemos uma lanterna
vermelha a brilhar mais intensamente do que a camisola encarnada, ainda assim,
porque a seu tempo os holofotes começaram a incidir sobre il gallo, Andrea
Belotti. Aos 28 minutos, assistido por outro reforço que já sabe o que é
resolver a favor da nova equipa (Bruma), o internacional por Itália fez o seu
primeiro golo em solo português, para o desespero dos adversários que pediam
falta. Até ao intervalo o avançado manteve-se como figura central do jogo,
sendo dono e senhor das maiores ocasiões e de um remate ao poste. Também Dahl e
Bruma quiseram o golo, sempre negado pelo guarda-redes adversário.
Alta
rotação
A segunda parte arrancou
desde logo com o treinador do Boavista a procurar evitar um cartão vermelho
para a sua equipa, retirando prematuramente o seu capitão, Seba Pérez, por
estar já amarelado. Isso de pouco ou nada serviu já que Miguel Reisinho recebeu
ordem direta de expulsão logo ao sétimo minuto do segundo tempo, após
intervenção do VAR. Entrada duríssima sobre Kokçu. A partir desse momento, o
desnível do jogo foi um problema sem correção possível. À parte de um perigoso
remate de Abdoulaye Diaby - o primeiro desde o regresso ao futebol português -,
vimos apenas uma constante ameaça do Benfica à baliza adversária, com chances
de Aursnes, Bruma, Amdouni e Belotti, mas Tomas Vaclik teimava em não deixar o
marcador crescer, no que foi uma brilhante estreia do guardião checo. Para que
a rede voltasse a baloiçar, foi necessária a entrada de algumas peças mais
oleadas. Kerem Aktürkoğlu e Vangelis Pavlidis entraram e apenas dois minutos
depois construíram o 2-0, com o turco a assistir o grego, que só teve de
encostar para fazer o seu décimo tento no ano civil. Minutos depois, Kökçü
ampliou para 3-0, convertendo a grande penalidade que Dahl conquistou. Houve
ainda tempo para a estreia de Diogo Prioste, médio da formação encarnada, na
reta final de um duelo já mais do que resolvido. O apito final só confirmou o
que já se sabia há mais de uma hora: o Benfica está de volta à liderança e a
pressão está nos ombros do rival...
CF E.AMADORA-1
Liga BetClic 22ºJornada Época 2024-2025
GR:César Dutra GR:João Costa
DC:Sidoine Fogning DC:Ferro
DC:Rodrigo Abascal DC:Miguel Lopes(C)(Jovane Cabral 70')
DC:Sebástién Perez(C) DC:Rúben Lima
EE:Joel Silva EE:Nilton Varela
MC:Ilija Vukotic(Steven Vitória 87') MC:Amine Oudrhiri
MC:Miguel Reisinho MC:Paulo Moreira(Leonel Bucca 83')
ED:Pedro Gomes(Tiago Machado INT)(Layvin Kurzawa 72') ED:Diogo Travassos
PL:Salvador Agra PL:Fábio Ronaldo(Renato Pantalon 71')
PL:Róbert Bozenik PL:Rodrigo Pinho(Chico Banza 59')
PL:Gonçalo Almeida(Marco Van Ginkel 35') PL:Kikas(Alan Ruiz 59')
Treinador:Lito Vidigal Treinador:José Faria
Cartões Amarelos:Alan Ruiz 61',Layvin Kurzawa 74',Sébastien Perez 87' e Jovane Cabral 96'.
Golos:Rodrigo Pinho 45' + 2'.
No Dia dos Namorados, a seta do Cupido acertou no Estrela
da Amadora, que venceu o Boavista (0-1), em pleno Estádio do Bessa. Num embate
entre aflitos, o golo solitário de Rodrigo Pinho permitiu aos forasteiros
saírem das posições abaixo da linha de água. À partida para este duelo, as duas
equipas atravessavam períodos muito cinzentos na suas respetivas campanhas.
Na formação da Invicta, reinava a esperança, depois da fornada de
aquisições garantidas na presente semana, bem como a chegada de um novo comandante
para o instável navio. Contudo, foram os estrelistas quem saíram a sorrir da
cidade do Porto, após voltarem a provar o sabor doce da vitória.
Reforços no onze? Só um... Sidoine e mais nenhum
Na estreia de Lito Vidigal, a ânsia dos adeptos
axadrezados por ver os novos reforços no onze inicial era grande. No
entanto, o técnico de 55 anos chamou a ação, apenas, uma cara nova para o seu
3-5-2: Sidoine Fogning, ex-Coimbrões, entrou diretamente para o eixo defensivo,
formado, ainda, por Rodrigo Abascal e Pedro Gomes. Já Tomas Vaclik, Steven
Vitória, Vitalii Lystsov, Layvin Kurzawa e Marco van Ginkel ficaram no
banco, à espera de uma eventual chamada. No outro canto da sala, José Faria promoveu
quatro alterações, face ao desaire em Rio Maior. Miguel Lopes, Paulo Moreira,
Fábio Ronaldo e Kikas mereceram um voto de confiança do seu mestre. A verdade é
que um dos jogadores escolhidos ficou prestes a dar um presente de S.
Valentim à massa associativa dos tricolores. Logo após o pontapé inicial, a
bola chegou aos pés do antigo avançado do Rio Ave, que, em posição
privilegiada, escorregou antes de visar o alvo. Nos minutos que se sucederam,
reinou a completa falta de inspiração ofensiva. Os intervenientes poderiam
estar a pensar nas prendas que iriam oferecer às suas amantes após o apito
final, porque num eventual golo não era de certeza. Contudo, os visitantes eram
quem estavam mais soltinhos no duelo, chegando, em algumas ocasiões,
a zonas ameaçadoras à baliza contrária, através de movimentações simples e
diretas. Se Kikas era o principal símbolo de inconformismo da turma
pintada de preto, criando múltiplos desequilíbrios com a sua capacidade de
aceleração, Róbert Bozenik era a voz do pragmatismo. O internacional eslovaco
desmarcou-se nas costas da defensiva contrária e imprimiu um autêntico balázio.
No entanto, o travessão da baliza à guarda de João Costa mostrou-se de costas
voltadas com o ponta de lança, arruinando este pequeno (mas intenso)
date.
Pinho, o homem que agitou corações
Ainda no primeiro tempo, o Estádio do Bessa ficaria contagiado por uma grande onda de aplausos e, posteriormente, por um ensurdecedor silêncio. Numa primeira instância, os simpatizantes dos panteras fizeram-se ouvir aquando da entrada precoce de Van Ginkel, fruto da lesão de Gonçalo Almeida. Já na última jogada da primeira parte, Rodrigo Pinho gelou as bancadas, com um belíssimo cabeceamento, na sequência de um livre indireto.Este balde de água fria não abalou o conjunto da casa. Aliás, os comandados de Vidigal entraram na segunda metade com uma energia renovada, movida pelo combustível fornecido pelos adeptos, incansáveis no apoio. Desta feita, surgiram inúmeras oportunidades para o empate no marcador voltar a prevalecer. Para alento dos estrelistas, nem Bozeník, nem Abascal, nem mesmo Vukotic, conseguiram encontrar o caminho para as redes. A disputa acabou por ficar mais repartida com o decorrer dos minutos. O emblema da Reboleira soube ter mais paciência em posse, esperando os momentos certos para quebrar linhas em alta voltagem. A entrada de Chico Banza, aos 60'. trouxe um novo lote de problemas à defensiva adversária, fruto da sua evidente verticalidade. O período de compensação ficou marcado por um corte providencial de Leonel Bucca, que ditou a distribuição pontual. Com este resultado, o Estrela da Amadora passa a ocupar, à condição, o 15.º posto do campeonato nacional, com 20 pontos. Já o Boavista continua com, apenas, doze pontos, como lanterna vermelha da tabela classificativa.
Boavista FC - CF Estrela Amadora |
14 de Fevereiro - 20:15 |
Sexta-feira |
Primeira Liga - Estádio do Bessa Século XXI |
Liga Betclic 21ºJornada Época 2024-2025
GR:Joel Robles GR:César Dutra
DC:Kévin Boma(Gonçalo Costa INT) DD:Gonçalo Almeida(Tiago Machado 77')
DC:Pedro Álvaro(C)(Eliquiam Mangala 67') DC:Ibrahima Camará
DC:Félix Bacher DC:Pedro Gomes
EE:Pedro Amaral DC:Sebástien Perez(C)
MC:Jordan Holsgrove EE:Joel Silva
MC:Xeka(Vinícius Zanocelo 77') MC:Ilija Vukotic
ED:Wagner Pina MC:Miguel Reisinho
PL:João Carvalho ED:Manuel Namora(João Barros 62')
PL:Yanis Begraoui(André Lacximicant 77') PL:Robert Bozénik
PL:Rafik Guitane(Jandro Orellana 67') PL:Salvador Agra
Treinador:Ian Cathro Treinador:Gilberto Andrade
Cartões Amarelos:Kévin Boma 20',Ibrahima Camará 53' e Xeka 71'.
Golos:Yanis Begraoui 27',Yanis Begraoui 47' e Robért Bozénik 60'.
Há quanto tempo não víamos um Estoril Praia assim? O ano
novo tem sido fonte de nova vida para a equipa da linha, que ao bater o
Boavista por 2-1, este domingo, atingiu a impressionante marca de cinco
vitórias consecutivas na Liga. Se já era a equipa em melhor forma no futebol
português, esse estatuto foi agora reforçado e, igualando Vitória SC e Casa Pia
na tabela, podemos até começar a falar numa surpreendente e tardia candidatura
à qualificação europeia. Hoje o herói foi Yanis Begraoui, que com um bis
chegou aos cinco golos no ano. Do lado visitante, a saída do treinador não
deu o ímpeto desejado e a candidatura à manutenção vai perdendo a pouca força
que tinha. Houve momentos de luta por um desfecho melhor, mas as dificuldades
são claras e o baixo nível de qualidade individual também, como ficou evidente
nos erros que geraram os golos adversários.
O primeiro é oferta
Há pouquíssimos exemplos de jogos tão desequilibrados no
primeiro escalão do futebol português no que à forma diz respeito. O Estoril,
nesta sua brilhante entrada em 2025, recebeu um Boavista sem vitórias nos
últimos três meses e com uma série de outros problemas em mãos. Também por
isso, o favoritismo estava mais do que atribuído. Ainda assim, a equipa
comandada pelo interino Gilberto Andrade - houve demissão de Cristiano
Bacci na véspera do jogo -, apresentou-se num bom nível competitivo e com
uma linha de cinco defesas conseguiu afastar o adversário da sua área durante
alguns minutos. Sabemos, até porque o resultado o deixa implícito, que essa
solidez não durou para sempre... Corria o 27º minuto quando o 1-0 chegou, num
lance que entra numa das categorias mais frequentes dos golos sofridos pelos
axadrezados: o erro individual. Foi César que fraquejou, defendendo para dentro
da baliza a cabeçada que Yanis Begraoui deu em resposta ao cruzamento de Wagner
Pina. O ponta de lança marroquino, também em grande forma, já tinha sido o
autor do primeiro lance de perigo numa abordagem acrobática a outro
cruzamento. De resto, também João Carvalho e Holsgrove tinham tentado a sua
sorte em (bons) remates de longe, enquanto do outro lado Bozeník ia pedindo
melhor serviço.
Ainda houve alguma luta
É difícil de acreditar que o Boavista tenha regressado à segunda parte com vontade de virar o jogo. Pelo menos não foi nada disso que transpareceu nos primeiros segundos, com a bola a sair dos axadrezados e a acabar, segundos depois no 2-0. Marcou outra vez Begraoui (cinco golos nas últimas cinco jornadas), depois de Pedro Gomes ter cometido um erro ainda mais grave que o do golo inaugural. Passe terrível do lateral, hoje adaptado a central. Boavista soma nova derrota partir daí esperava-se um jogo resolvido, com uma vantagem de dois golos da equipa que até aí dominava, mas Ian Cathro permitiu uma reação aos visitantes. Foi na marca da hora de jogo, instantes depois de uma primeira ocasião de golo, que Róbert Bozenik conseguiu reduzir na sequência de um lance de bola parada. Daí para a frente foi um jogo ligeiramente mais tremido. O Estoril Praia continuou a ter mais bola, mas permitiu ao adversário sonhar com um desfecho favorável, num par de lances em que ainda conseguiu chegar à área adversária. Sem sucesso, além de um par de sustos na bancada central. Enquanto isso, também o Boavista, que corria cada vez mais riscos, cedeu espaços e deixou André Lacximicant isolar-se por duas vezes. O jovem avançado, azarado, rematou ao poste em ambas as ocasiões, mas isso não impediu a sua equipa de somar mais três pontos.
FC FAMALICÃO-2
Liga BetClic 20ºJornada Época 2024-2025
GR:César Dutra GR:Lazar Carevic
DD:Gonçalo Almeida(João Barros 74') DD:Rodrigo Pinheiro
DC:Alexandre Marques DC:Enea Mihaj(C)
DC:Filipe Ferreira DC:Justin de Haas
DE:Pedro Gomes(Tomás Silva 84') DE:Rafa Soares
MC:Ibrahima Camará(Ilija Vukotic 57') MC:Tom Van de Looi(Samuel Lobato 91')
MC:Joel Silva MC:Gustavo Sá
MC:Miguel Reisinho MC:Mathias de Amorim(Mirko Tópic 81')
ED:Salvador Agra(C) PL:Sorriso
PL:Róbert Bozenik PL:Vaclav Sejk(Simon Elisor 74')
EE:Manuel Namora(Tiago Machado 74') PL:Óscar Aranda(Rochinha 74')
Treinador:Cristiano Bacci Treinador:Hugo Oliveira
Cartões Amarelos:Ibrahima Camará 39',Manuel Namora 57',Lazar Carevic 77' e Miguel Reisinho 82'.
Golos:Vaclav Sejk 5' e Gustavo Sá 55'.
A primeira vitória tem um sabor especial! Que o diga o
técnico Hugo Oliveira. Após seis partidas no comando técnico do FC Famalicão, o
mister de 45 anos conheceu (finalmente) uma textura mais doce, diante do
Boavista (0-2), no Estádio do Bessa.
Ambas as formações partiam para este encontro em ciclos
bastante negativos. Contudo, foram os forasteiros a trazer a botija de oxigénio
para casa, mostrando-se sempre mais clarividentes no último terço. O
atrevimento foi o ingrediente secreto utilizado para a conquista de três
preciosos pontos. Uns respiram melhores que outros...
Um checo e uma estreia a marcar oportuna
Com muitos condicionalismos no que toca a eventuais opções
- com destaque especial para a ausência de Seba Pérez na convocatória
-, os meninos axadrezados foram chamados a ação. Para além de Joel Silva,
Pedro Gomes, Gonçalo Almeida e Manuel Namora, habituais titulares na presente
temporada, também Alexandre Marques integrou as escolhas iniciais de Bacci no
centro da defesa. O atleta de 19 anos estreou-se, assim, no onze inicial,
depois de uma curta apresentação futebolística na Pedreira. Já Hugo Oliveira,
no outro canto da sala, operou três mexidas no 4-2-3-1 vincado. Rafa Soares,
Mathias de Amorim e Sorriso seguiram diretamente para o terreno de jogo, em
detrimento de Lucas Calegari, Mirko Topic e Gil Dias. A verdade é que
as alterações na frente de ataque surtiram efeito imediato, com o
camisola '7' dos famalicenses em grande plano. O extremo brasileiro, depois de
um excelente apontamento individual, pegou na régua e no esquadro para calcular
a posição exata de Václav Sejk. O ponta de lança checo, com frieza, desviou a
bola de César, que nada conseguiu fazer para travar o primeiro tento do
ex-Zaglebie Lubin no novo projeto. Os minutos que se sucederam até ao intervalo
ficaram marcados por pouca energia, pouca magia, com a vontade de ambos os
conjuntos a não se traduzir em ocasiões flagrantes. Róbert Bozeník, com algumas
movimentações disruptivas, procurou ser o sinal do inconformismo, mas as
decisões do eslovaco no último terço não foram as melhores.
Corredor da morte
SC BRAGA-3
Liga Betclic 19ºJornada Época 2024-2025
GR:Lukas Hornicek GR:César Dutra
DD:Victor Gómez DD:Gonçalo Almeida(Ilija Vukotic 86')
DC:Sikou Niakité(Jonátas Noro 77') DC:Rodrigo Abascal
DC:Bright Arrey-Mbi DC:Ibrahima Camará
DE:Francisco Chissumba DE:Filipe Ferreira
MC:Vítor Carvalho MC:Sebástien Perez(C)
MC:Gorby Baptiste(Amine El Ouazzani 73') MC:Joel Silva(Tomás Silva 76')
ED:Ismael Gharbi(Diego Rodrigues 73') MC:Marco Ribeiro
PL:Ricardo Horta(C)(Gabri Martinéz 62') ED:João Barros(Alex Marques 81')
PL:Fran Navarro PL:Robert Bozénik
PL:Bruma(Roger Fernandes 62') EE:Manuel Namora
Treinador:Carlos Carvalhal Treinador:Cristiano Bacci
Cartões Amarelos:Gorby Baptiste 65' e Gabri Martinéz 81'.
Cartões Vermelhos:Rodrigo Abascal 80'
Golos:Fran Navarro 14',Ricardo Horta 33' e Fran Navarro 69'(g.p)
Três golos
e infindáveis metros cúbicos de água preencheram o Estádio Municipal de Braga
num final de domingo de real intempérie no Minho. O SC Braga fez trabalho fácil
da equipa do Boavista (3-0) e não só aproveitou para se distanciar do Santa
Clara como se colocou a apenas quatro pontos do segundo lugar. Carlos Carvalhal
promoveu uma revolução na equipa inicial, com seis alterações em relação à
equipa que se apresentou a meio da semana, na Bélgica. Do outro lado,
os axadrezados apareceram desfalcados por múltiplas suspensões e
Cristiano Bacci foi obrigado a testar novamente a criatividade na busca por
soluções. Não foi muito feliz, mas já lá vamos.
A pantera habituou-nos a ser furtiva, faminta e com pouca ou nenhuma
misericórdia no arranque do século. Longe vão esses tempos e
a pantera encolhe agora as garras, castrada da competitividade pelo
oceano sem fundo de problemas que atravessa. O resultado foi mais uma pobre
prestação - especialmente na primeira parte - na visita ao Minho, em nada
condizente com outros tempos de um dos históricos da nossa praça. A suspensão de
peças fundamentais piorou a vida boavisteira e os «remendos» que Bacci procurou
não serviram para estancar a hemorragia. Do lado esquerdo, Joel Silva recuou
para lateral e teve João Barros à sua frente, mas a clara falta de rotinas de
ambos foi dissecada vezes sem fim pela alta rotação de Víctor Gómez e Ismaël
Gharbi. Por ali nasceu o golo de Fran Navarro, num desvio pleno de oportunidade
(14'), e mais um punhado de lances perigosos. O segundo golo, apontado por
Ricardo Horta, veio, porém, pelo outro lado e pela visão de jogo superlativa de
Bruma, aliada a uma clara falha de marcação de Filipe Ferreira. Em boa verdade,
a missão boavisteira foi inglória. Claramente fora do seu campeonato em termos
competitivos, o conjunto da Invicta lutou com as (poucas) armas que tinha para
o fazer na Pedreira. A missão pareceu sempre muito clara: defender bem e tentar
explorar um erro. Nem uma coisa, nem outra. Não só as iniciativas com bola se
resumiram, em larga escala, a «despejos» na frente para as correrias solitárias
de Róbert Bozeník e Manuel Namora, como sem bola a equipa abriu clareiras que
um conjunto como o SC Braga sabe bem explorar. Não vamos passar a imagem de que
só existiram problemas do lado visitante. Houve também um SC Braga muito
competente, com fluidez no ataque sempre que decidiu acelerar o ritmo e com
facilidade em atrair o adversário a um flanco para rapidamente encontrar o
espaço no outro.
Relaxar
não trouxe problemas
Yikes! A
concentração ficou no balneário, pelo menos durante o primeiro quarto de hora.
Uma série de erros individuais dos minhotos ofereceram a possibilidade ao
Boavista de subir um pouco no terreno e aproximar-se até da baliza defendida
por Lukas Hornicek, mas sem eficácia para relançar a discussão pelo resultado. Carvalhal
mexeu pouco depois e a equipa reagiu de forma positiva, voltou ao estado de
controlo e «matou» o jogo com uma grande penalidade arrancada por Gharbi e
convertida por Fran Navarro. Ainda que o Boavista tenha arriscado mais e pisado
o último terço do terreno por muitas mais ocasiões na primeira meia hora da
segunda metade do que em toda a primeira, Hornicek não teve propriamente grande
trabalho. O resultado folgado permitiu também alguma gestão da parte de Carlos
Carvalhal, garantidamente a pensar na «final» europeia frente à Lazio. Os
últimos minutos trouxeram apenas mais problemas para uma equipa que já os tem
de sobra: Rodrigo Abascal desentendeu-se com Gabri Martínez e o descontrolo
emocional levou-o a partir para a agressão ao jogador bracarense. Mais uma
baixa para Cristiano Bacci na próxima jornada. O SC Braga leva agora 37 pontos
e já só está a quatro da dupla composta por Benfica e FC Porto. O Boavista
continua na última posição com os mesmos 12 pontos, ainda assim a apenas três
do lugar de play-off. Uma palavra final para os cerca de 200 adeptos
boavisteiros presentes em Braga e incansáveis no apoio à equipa.