O antigo presidente do Boavista João Loureiro e outros dois administradores do clube axadrezado, Carlos Pissarra e Vítor Borges, começaram esta terça-feira a ser julgados no Tribunal de São João Novo, no Porto, pelos crimes de fraude e abuso de confiança fiscais.
Os três arguidos estão acusados de terem lesado o Fisco em 3,4 milhões de euros, por não terem entregue as verbas relativas ao IRC e IRS e imposto de selo entre 2001 e 2004.
A defesa de João Loureiro sustentou que o antigo dirigente sempre esteve de "boa fé" e que a prova foi o pedido à Administração Fiscal da elaboração de um Plano Extrajudicial de Conciliação (PEC) para liquidar as verbas em dívida.
Lourenço Pinto recordou que "a administração pública deu o seu aval, aceitando que nela fossem incluídas todas as dívidas que porventura o clube tivesse ao tempo e que fossem liquidadas num sistema prestacional, que sempre foi cumprido escrupulosamente".
Ao colectivo de juízes, João Loureiro afirmou que nunca foi "profissional, nem remunerado" no Boavista, ao contrário de Carlos Pissarra e Vítor Borges, que hoje não prestaram declarações.
O antigo dirigente justificou que os atrasos nos pagamentos fiscais coincidiram com o facto de o Boavista ter sido discriminado no financiamento do novo estádio para o Euro 2004, tendo recebido apenas "um milhão de euros".
Fonte:Correiodamanhã.pt
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