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terça-feira, 16 de março de 2010

Guerra de palavras

Enquanto um número indeterminado de feridos recupera dos incidentes que anteciparam o final do Lousada-Boavista (Zona Norte da II Divisão), que os axadrezados perderam, por 2-0, os clubes acusam-se mutuamente da responsabilidade pela violência que alastrou das bancadas ao exterior do estádio. Os Bombeiros Voluntários de Lousada transportaram seis feridos ao Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, em Penafiel, e há informação de três outras vítimas, militares da GNR (Guarda Nacional Republicana). O caso mais grave era o de uma mulher de 62 anos, que, segundo o clube da casa, foi "atingida na cabeça por um paralelo" e, sabe O JOGO, ao final do dia de ontem, voltou àquela unidade de saúde. Há ainda notícia de um boavisteiro assistido no Hospital de S. João, no Porto, com fractura de dois dedos da mão direita e do pulso, que será operado nos próximos dias. "Muitos outros" terão recorrido à assistência médica, diz o Boavista, sem quantificar, no segundo comunicado emitido a propósito das cenas de violência que foram registadas por uma estação de televisão local. As imagens mostram os momentos que, através de comunicados, os clubes apontam como rastilho para a violência: para o Boavista foi a expulsão de Eugénio Cunha, presidente do Lousada, aos 80 minutos, depois de uma discussão com um jogador - Pedrosa, diz o Lousada, insultou o dirigente, mas, no fim, "pediu desculpas"; o clube da casa elege a expulsão de Vítor Paneira, treinador do Boavista. Ambas são precedidas de entradas violentas sobre boavisteiros, sendo que é a segunda que põe termo à partida, já em período de descontos. Paneira entra em campo para acalmar o jogador atingido, mas, acaba por se exaltar com o árbitro, o bracarense Manuel Mota Silva, chegando a dar-lhe um encontrão com o peito. A partir daí, instalou-se o caos, e a GNR reforçou o dispositivo policial, passando de dezena e meia para 77 militares nas imediações do estádio, de onde há imagens de adeptos do Boavista a atirar objectos para dentro do recinto, assim como da carga policial, que o Boavista acusa de extremos, da "passividade à agressão sistemática". O Lousada prepara "participações criminais", assim como uma "exposição detalhada" à Federação, e acrescenta que "a própria GNR já elaborou um conjunto de autos".

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