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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Boavista em risco de insolvência por dívida 
de 34,5 milhões

A construtora Somague pediu a insolvência do Boavista Futebol Clube por dívidas de 34,5 milhões de euros. Um montante que reportará a falhas nos pagamentos pela construção do Estádio do Bessa. Os “axadrezados”, que têm sido alvo de outros processos deste tipo, embora contra a SAD, enfrentam ainda outro pedido de insolvência, movido por uma empresa de siderurgia, que reclama créditos superiores a 106 mil euros.

Contactada pelo PÚBLICO, a Somague explicou que “desde 2004 tem vindo a assinar múltiplos acordos com o Boavista para reestruturação e pagamento da dívida que remanesceu da empreitada de construção do estádio”. No entanto, o plano estabelecido foi “consecutivamente incumprido”, o que levou a construtora a mover uma acção judicial, requerendo a insolvência dos axadrezados, na passada sexta-feira.

Fonte próxima da direcção do clube avançou que “ainda não foram notificados”, mas admitiu a existência de dívidas. Porém, sublinhou que a Somague “não pode penhorar aquilo que lhe pertence, porque construiu o estádio”, desresponsabilizando-se por qualquer falha nos pagamentos. Já a empresa garantiu que o Boavista lhe deve 34,5 milhões de euros, incluindo a acumulação de juros. “Outra alternativa não houve do que a de requerer judicialmente a insolvência”, acrescentou a construtora.

Nesta terça-feira, foi movido um novo pedido por parte de uma empresa de produtos siderúrgicos, a JVC Alves, sendo que, neste caso, o valor da acção é de 106 mil euros. Contactado pelo PÚBLICO, este alegado credor não quis prestar declarações sobre o tema. Os dois processos, que deram entrada no Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia, vão ser analisados pelo juiz, que decidirá se os factos de que o clube é acusado fundamentam a declaração de insolvência e possível liquidação de bens.

Não é a primeira vez que o Boavista é alvo de um processo deste tipo, mas, até agora, todas as acções foram interpostas contra a SAD. Uma delas foi movida por um antigo director-geral, José Rebelo da Silva, por dívidas de 68 mil euros. O tribunal decidiu a favor dos “axadrezados”, que alegaram que a acção não tinha legitimidade

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