Um tribunal do Porto vai decidir na próxima quinta-feira se Eduardo Matos e a sua equipa podem ou não dirigir o Boavista, substituindo assim Álvaro Braga Júnior e a sua direcção.
O processo chegou às varas do tribunal depois de três sócios do clube terem interposto uma providência cautelar para invalidar as resoluções tomadas na assembleia geral do Boavista, realizada a 16 de Agosto, que viabilizaram a destituição da actual direcção, presidida por Álvaro Braga Júnior, e a substituição por uma comissão administrativa chefiada pelo advogado Eduardo Matos, que preside a Associação dos Amigos do Boavista.
O Boavista apoia a providência cautelar e acredita que a direcção liderada por Álvaro Braga Júnior tem condições para seguir com o seu trabalho.
"Espera-se que o juiz tenha bom senso", diz o clube, considerando que "a acta da assembleia-geral mostra que aquilo não foi normal" até porque não se “consegue indicar quantas pessoas estiveram naquela assembleia e quantas votaram ao todo”.
Eduardo Matos contrapõe argumentando que a própria providência "é a prova das eventuais irregularidades que a direcção terá cometido" durante a assembleia e por isso mantém "uma expectativa positiva em termos de Direito e de Justiça" quanto à decisão que o tribunal tomará.
O advogado alega que, nesta disputa jurídica importa saber se "existem mais prejuízos para o clube” e afirma que o Boavista perde mais se as deliberações aprovadas na assembleia de 16 de Agosto não forem aplicadas, dando como exemplo "o pedido de insolvência" do clube que a empresa Somague apresentou recentemente por uma dívida de 34,5 milhões de euros.
O pedido de insolvência demonstra que "o clube pôs-se a jeito para que isso acontecesse", concluiu Eduardo Matos.
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