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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Viva o Boavista! Viva os Panteras Negras!





Vivia-se o ano de 1984, quando quatro jovens Boavisteiros de seus nomes, Luís Manuel, Jorge Ribeiro, Armando Simas e Jorge Rui Almeida decidiram criar algo de diferente e nunca antes visto para os lados do Bessa…decidiram criar um grupo organizado de apoio ao Clube.

Impulsionados pelo jogo Boavista x Dínamo de Moscovo, no qual o velhinho estádio do Bessa se encontrava a abarrotar e a Bancada Sul situada atrás de uma das balizas, esporadicamente uniu-se a uma só voz para apoiar o mágico xadrez, estes jovens decidiram de uma vez por todas pôr mãos à obra. A primeira dificuldade encontrada, foi em saber qual o nome a dar à claque, mas cedo tal dilema se dilui, já que na altura existia uma espécie de ritual, no qual os adeptos tinham por norma lançar uma pantera cor-de-rosa em peluche para o relvado e o guarda-redes da época (o mítico Alfredo) retribuía o gesto, lançando de regresso a dita pantera para a bancada. Visto as cores do clube serem o preto e o branco, chegaram à conclusão que PANTERAS NEGRAS seria o nome a adoptar.

Basicamente, foi assim que no dia 7 de Maio de 1984 estava decididamente e oficialmente criada a claque Panteras Negras. Pede-se então apoios à Direcção do clube, a qual cede ao grupo um espaço próprio, que seria então a primeira sede da claque e que se situava na Av. da Boavista, mais concretamente na cave do antigo edifício do Bingo da colectividade, transformado na altura também na sede do próprio Boavista.

O vice-presidente do clube oferece uma bateria de automóvel (tinha um stand) que servia de fonte de alimentação a uma peculiar e banalmente chamada “gaita”, objecto esse que emitia um som que se tornaria moda no apoio às equipa por esse país fora. Na altura estava também em uso a utilização de extintores, que por vezes eram “gentilmente” cedidos pelo Centro Comercial Dallas. Organizava-se um sector muito particular no seio dos PN, os denominados “Bombos do Bingo”, que como o nome indica, tratava-se do pessoal que ia para o futebol munido do seu bombo e pronto para fazer a festa. Em suma, as bancadas do Bessa gradualmente começavam a ganhar outro dinamismo que até então não acontecia.

Estava portanto, na hora de alargar os horizontes e espalhar essa festa de apoio ao Boavista FC pelos restantes estádios do país. Foi assim que surge a primeira deslocação PN, mais concretamente no jogo Benfica - Boavista FC no Estádio Nacional e com ela surgem as primeiras aventuras… Na véspera da partida, faltavam quinze contos para pagar a segunda camioneta e a Direcção do Clube não comparticipava com qualquer quantia, foi então que alguns elementos dos PN se deslocaram a casa do Major Valentim Loureiro (então Presidente do Boavista FC) que se encontrava de cama adoentado, a fim de lhe pedirem um contributo. Ao seu estilo bem conhecido, o Major vira-se para um dos rapazes presentes, pede-lhe que lhe chegue as suas calças e rapidamente saca dos quinze contos necessários e entrega-os em mão ao dito rapaz, sem antes os alertar que iria averiguar se o dinheiro seria empregue para a causa devida. No dia seguinte, à hora da partida, o Major manda um dos seus filhos tirar a prova dos nove, não fosse o diabo tece-las…

Os dados estavam lançados e a mística começava a vir ao de cima. O grupo mostrava cada vez mais dinamismo e organização, o colorido tomava posse das bancadas, já que surgia a moda das bandeiras e internamente existia a competição para ver quem fazia a maior e a mais bonita. O pessoal dos bombos, adoptava o capacete de mineiro, que atribuía um toque pitoresco àquela moldura humana. As iniciativas sucediam-se em prol do engrandecimento do nome PANTERAS NEGRAS e é disso exemplo flagrante o leilão das luvas pretas do jogador João Alves, que fez render à claque a módica quantia de 70 contos. O grupo possuía também nas suas fileiras pessoas muita válidas na angariação de apoios, como por exemplo, o Jorge Loureiro e o Bernardo, filhos do Major e de Pinto de Sousa respectivamente. Contavam ainda com o patrocínio das “Sapatarias Teresinha”, que era na altura também o patrocinador do clube e que entre outras coisas cedem um lençol gigante à claque. Entre muitos marcos importantes nos primeiros anos de vida dos Panteras, os fundadores fazem questão de destacar a viagem a Portimão em 1985 (aparição pela primeira vez da claque local, de seu nome “Os Marafados” ), a deslocação a Águeda, na qual se deram grandes confrontos com adeptos locais em pleno terreno de jogo, da viagem a Setúbal, que com eles viajou uma psicóloga com o intuito de estudar os comportamentos dos elementos da claque.

Na primeira viagem ao estrangeiro, mais propriamente a Florença (Itália), alguns Panteras viajaram no voo charter do clube, enquanto outros saíram directamente de Elvas, onde o Boavista tinha jogado para o campeonato, para Itália. Contam o episódio hilariante de um elemento da claque, que com o medo de ser apanhado pelo detector de metais do aeroporto, vai à casa de banho desfazer-se de umas apetecíveis latas de atum.Falam também da recepção dada pelos famosos “carabinieri” em terras transalpinas, que desde que chegam a Florença, jamais lhes deram um palmo de liberdade. Relatam um jogo em casa contra o Futebol Clube do Porto, no qual pessoal dos Panteras vão para o relvado a fim de filmarem a festa das bancadas e funcionários do clube quase que os agridem, julgando tratarem-se de espiões de outros clubes.

Em meados de 1989, dá-se uma espécie de passagem de testemunho e outros elementos da claque formam uma nova direcção. Entretanto a sede do grupo muda-se para o estádio do Bessa, mais concretamente paredes meias com o departamento de boxe. Surge também nessa época a equipa de futsal PANTERAS NEGRAS, que contava com o patrocínio das “Sapatarias Teresinha” nos seus equipamentos, modalidade essa que mais tarde viria a ser adoptada pelo próprio clube. Nessa fase, começava a engrossar fileiras uma nova geração de indefectíveis Boavisteiros, mais virados para o movimento e o panorama Ultra, mas igualmente com os mesmos pressupostos de sempre, engrandecer e elevar bem alto o nome dos PANTERAS NEGRAS e do BOAVISTA FUTEBOL CLUBE!

 A claque Panteras Negras divide-se em vários núcleos

Velha Guarda

Grupo Pantera 12

Fanatic Supporters

PN - Lordelo

PN - Matosinhos

PN - Gaia

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