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domingo, 15 de maio de 2011

Dúvidas motivaram o plantel na corrida a um título inédito!

O cepticismo sobre a capacidade do Boavista em terminar o campeonato em primeiro lugar foi o maior dos ingredientes que motivou os "axadrezados" a conquistar o inédito título nacional de futebol em 2000/2001.
Litos, Martelinho e Ricardo, três dos campeões de há 10 anos, concordam que as permanentes dúvidas sobre o arcaboiço da equipa do Bessa acabaram por inspirar o plantel, na altura comandado por Jaime Pacheco, a fazer história no futebol português.

Em entrevista à Agência Lusa, Martelinho conta que os jogadores chegaram a recortar vários artigos dos jornais, que antecipavam a inevitável quebra boavisteira, para os colar nas paredes do balneário.

"Líamos que não íamos ter pernas nem aguentar a pressão. Éramos confrontados com muita desconfiança e isso serviu de estímulo. Afixávamos no balneário as notícias que insistiam que, mais jogo menos jogo, íamos quebrar. Ficavam expostas para nos acicatar", conta Martelinho.

O antigo jogador do Boavista, agora a treinar os juvenis do Feirense, admite que os jogares não eram imunes às sucessivas opiniões mais cépticas sobre o potencial dos portuenses em chegar ao título, mas todos corriam para o mesmo lado para contrariar os prognósticos mais pessimistas.

"Todos sabíamos que tínhamos argumentos para chegar ao título. A união de grupo era extraordinária. Entrávamos em todos os jogos para ganhar. Deixávamos tudo o que tínhamos em campo", recorda Martelinho.

Para Litos, foi esse espírito de "coesão e sacrifício" que acabou por premiar "o trabalho desenvolvido pelo treinador Jaime Pacheco nos três anos anteriores" e resultar no título que escapou à tradição da hegemonia dos três "grandes".

"Foi, sem dúvida, a maior alegria da minha vida. Não há nada mais valioso para um atleta formado nas escolas do Boavista do que sagrar-se campeão pela equipa principal", confessa Litos, hoje ligado aos investimentos no ramo imobiliário e a colaborar com os espanhóis do Málaga na prospecção de jogadores.

O guarda-redes Ricardo, a terminar agora o vínculo de seis meses com os ingleses do Leicester, lembra com saudade "a família autêntica" formada em torno de um plantel que passou por muitos sacrifícios.

"O título foi o culminar de muitos dias sem folgas, muitos estágios consecutivos, muitas viagens com chegadas de madrugada e treinos no dia seguinte logo pelas nove da manhã", evoca um dos heróis da selecção lusa no Euro2004.

Tal como Martelinho e Litos, também Ricardo aponta as dúvidas levantadas sobre a capacidade do Boavista como um elemento que motivação para o título de há 10 anos: "As pessoas sempre duvidaram e insistiam que no fim acabaríamos por claudicar".

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