Contagem

web counter free

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Sera este o momento da reviravolta ?

BOAVISTA FC - 4 V.SETÚBAL-0
Liga Nós 18ºJornada
18 de Janeiro de 2016 - 20 Horas
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Carlos Xistra(A.F.Castelo Branco)

GR:Mika     GR:Lukas Raeder
 DD:Tiago Mesquita   DD:Willian
 DC:Phillipe Sampaio DC:Fábio Pacheco
DC:Paulo Vínicius   DC:Frederico Venâncio
DE:Hackmann   DE:Nuno Pinto
MC:Idrís Mangiang MC:João Costa(Ruca 65')
MC:Rúben Ribeiro MC:Ricardo Dani
MC:Reuben Gabriel MC:André Horta(Paulo Tavares 73')
ED:Luisinho(Anderson Carvalho 72') ED:A.Issoko
EE:Renato Santos(Samú 87') EE:Vasco(Hassan 59')
PL:I.Irriberi(José Manuel 62') PL:André Claro

Treinador:Erwin Sanchez                Treinador:Quim Machado

Cartões Amarelos:Phillipe Sampaio 13',Hackmann 25',A.Issoko 37',Tiago Mesquita 38',Nunio Pinto 51',João Costa 63',Fábio Pacheco 70' e Ricardo Dani 79.

Golos: Renato Santos 3',Reuben Gabriel 52',José Manuel 65' e Paulo Vinicius 81'.







Quase quatro meses depois da última vitória para a Liga, o Boavista voltou a somar três pontos e aproximou-se da luta pela manutenção (apesar da linha de água estar ainda a quatro pontos…). 

Não foi uma simples vitória. Aquilo a que os 4 653 espetadores assistiram nesta noite no Estádio do Bessa pode muito bem ter sido um momento de viragem na época axadrezada. 

O Boavista, que não vencia desde 20 de setembro de 2015 (na longínqua 5.ª jornada diante da Académica, fora), parecia a tal outra equipa que Erwin Sánchez foi prometendo desde que chegou ao Bessa para assumir o lugar de treinador que era de Petit. 

E como mudou este Boavista! Já se pressentia a mudança de esquema e de filosofia de jogo há algumas jornadas, mas os resultados tardavam em aparecer.

Nesta nova versão de Sánchez a equipa joga mais junta, bola no pé e com um 4-2-3-1 que adianta no terreno e a torna bem mais capaz de criar oportunidades atrás de oportunidades. 

Esta noite o jogo foi sobretudo isto: um domínio incontestável dos axadrezados diante de um Vitória de Setúbal sem Quim Machado no banco, suspenso por dez dias, e já sem o goleador Suk em campo, transferido para o FC Porto (mas que esteve a assistir ao jogo no Bessa para apoiar os ex-companheiros de equipa). 

Os setubalenses estão na pior fase da época, numa sequência de três derrotas e um empate nas últimas quatro jornadas, e hoje não tiveram sequer oportunidade de aproveitar as fragilidades de uma equipa desesperada por vencer. 

Começou cedo o Boavista a mostrar ao que vinha. Num livre aos 3’ Renato Santos colocou a bola junto ao poste de Raeder. 1-0 e uma primeira parte inteira para acelerar. 

Com Rúben Ribeiro a trazer a capacidade técnica e visão de jogo capazes de fazerem a diferença no meio-campo-ofensivo e Iribarri a mostrar-se como uma referência de qualidade na área (algo que nem Uche Nwofor nem Uchebo pareciam ser) Sánchez encontrou dois reforços capazes de fazer a diferença. 

Também por influência deles, duas estreias na Liga, o Boavista dominou hoje o jogo de fio a pavio. E se, na primeira parte, Rúben, Renato, Iriberri e outros estiveram perto do golo, que do lado do Setúbal só esteve próximo por André Claro (aos 41’), foi no segundo tempo que a justiça no resultado veio sob a forma de goleada. 

Renato Santos voltou a ser decisivo. Aproveitou um livre perto da linha para pôr a bola na cabeça de Reuben Gabriel, que cabeceou para o golo, 52’, num lance em tudo semelhante àquele com que Vinícius sentenciaria o 4-0 final, aos 81’. 

Entre um golo e outro entrou Zé Manuel e fez o terceiro no primeiro lance em que tocou na bola, assistido por Rúben Ribeiro. 

Uma exibição de gala (a única do Boavista nesta época) e o Bessa em êxtase. O alívio pela primeira vitória tranquila da temporada deu lugar à euforia à medida que o placard ia aumentando. 

Na véspera do jogo, Sánchez havia prometido que esta «equipa vai dar muitas alegrias na segunda volta». A jogar assim, a promessa é para levar muito a sério.

Sánchez parece ter afinado a estratégia e afinal este Boavista pode jogar bonito e não está condenada a ser permanentemente uma equipa de futebol duro e feio. 

O longo jejum da pantera terminou aqui, com uma exibição insaciável e um adversário despedaçado como já há muito não se vira no Bessa. 

Se Sánchez a conseguiu o feito de a acordar com esta goleada ela é bem capaz de na segunda volta que agora começa trepar na classificação e entrar numa luta felina por estar entre a elite do futebol português; um território que é seu por direito.

Sem comentários:

Enviar um comentário