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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Empate Justo

BOAVISTA FC - 0 ACADÉMICA-0
Liga Nós 22ºJornada
14 de Fevereiro de 2016 - 17 Horas
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Luís Godinho(A.F.Évora)


GR:Mika     GR:Pedro Trigueira
 DD:Tiago Mesquita   DD:Aderlan Silva
 DC:Phillipe Sampaio DC:Ricardo Nascimento
DC:Paulo Vínicius   DC:João Real
DE:Afonso Figueiredo   DE:Rafa Soares
MC:Idrís Mangiang   MC:Nuno Piloto(Rafael Lopes 67')
MC:Rúben Ribeiro MC:Fernando Alexandre
MC:Reuben Gabriel MC:Leandro Silva
ED:Luisinho(Anderson Carvalho 89') ED:Nii Plange
EE:Mário Martinez(Renato Santos 68') EE:Ivanildo(Marinho 82')
PL:I.Irriberi(José Manuel 86') PL:Gonçalo Paciência(Rabiola 75')

Treinador:Erwin Sanchez                Treinador:Filipe Gouveia

Cartões Amarelos:Ricardo Nascimento 24',Afonso Figueiredo 27',João Real 60',Phillipe Sampaio 85' e Idrís Mandiang 94'.





Um ponto para cada lado, tudo igual nos dois lados da fronteira que separa a zona de descida do lado da salvação. Jogo sem golos no Bessa, sim, mas com duas equipas corajosas, ambiciosas e capazes de ir ao limite. Se esta amostra tiver continuidade, Boavista e Académica estarão na I Liga na época 2016/17.

Mais atacantes os portuenses, motivadíssimos pelos ciclo de bons resultados – 11 pontos em cinco jogos com este empate -, mas tão ou mais perigosa a Académica, capaz de fazer tremer Mika uma mão cheia de vezes.

E já que se fala em tremer, vale a pena descrever o momento da tarde, autoria do excelente Rafa Soares. O lateral da Briosa rematou de primeira, aos 21 minutos, após um canto de Leandro Silva na direita, e a bola explodiu no poste direito da baliza axadrezada. Muito, muito bonito.
Antes, já Leandro Silva ameaçara de fora da área, com Idris a responder imediatamente seguir, para os punhos de Pedro Trigueira.

Com processos diferentes, as equipas chegavam onde queriam com alguma qualidade e acerto. O Boavista sempre à procura do talento de Rúben Ribeiro e da energia de Afonso Figueiredo, os melhores da equipa.

Futebol apoiado – exigência de Erwin Sanchez – dinamismo e intensidade. Faltou, quiçá, um Iriberri mais inspirado e dois extremos capazes de cruzar melhor, apesar de Luisinho e Mario Martinez terem estado muito metidos na partida.

O Boavista acabou a pressionar, a dar tudo pelos três pontos, mas nessa altura da partida a lucidez já dera lugar à ditadura do coração. Seja como for, a atitude dos panteras negras foi irrepreensível, com uma vontade e entrega raras vezes vistas nos nossos relvados.

Foram sempre superiores? Não.

A Académica fez um jogo extremamente inteligente. Optou por baixar as linhas e lançar diretamente para os pés de veludo de Gonçalo Paciência, o homem do jogo. O avançado segura a bola como poucos e ofereceu a bola sempre redonda aos colegas.

Em cima do intervalo, o próprio Gonçalo fez uma receção perfeita e arriscou um remate em arco, com a bola a sair muito próxima do golo.

O empate é um desfecho lógico e justo, com o Boavista a reclamar mais posse e presença no meio-campo estudantil e a Académica a responder com concentração e ataques perigosíssimos, principalmente até aos 65 minutos.

Sanchez e Gouveia podem, em suma, olhar com otimismo o que falta jogar na Liga. Há equipas com mais pontos e muito menos futebol do que Boavista e Académica.

Nota de rodapé: os empurrões e insultos no relvado, já depois do apito final, eram perfeitamente dispensáveis. O jogo foi durinho, mas sempre correto.

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