BOAVISTA- 1 CF BELENENSES-0
Liga Nós 31ºJornada
22 de Abril de 2016 - 20h30m
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Bruno Esteves(A.F.Setúbal)
GR:Mika GR:Ricardo Ribeiro
Liga Nós 31ºJornada
22 de Abril de 2016 - 20h30m
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Bruno Esteves(A.F.Setúbal)
GR:Mika GR:Ricardo Ribeiro
DD:Tiago Mesquita DD:André Geraldes
DC:Nuno Henrique DC:Gonçalo Silva
DC:Philippe Sampaio DC:Gonçalo Brandão
DE:Afonso Figueiredo DE:Fábio Nunes(Filipe Ferreira 76')
MC:Idrís Mandiang MC:Rúben Pinto
MC:Rúben Ribeiro(Mário Martinez 86') MC:Ricardo Dias
MC:Aymen Tahar(Luisinho 79') MC:Tiago Silva
ED:Renato Santos ED:´Fábio Sturgeon
EE:Anderson Carvalho EE:Miguel Rosa(Tiago Almeida 82')
PL:José Manuel(Imanol Irriberi 90') PL:Juanto Ortuño(Tiago Caieiro 68')
Treinador:Erwin Sanchez Treinador:Júlio Vesláquez
Cartões Amarelos:Gonçalo Silva 28' e Geraldes 75'.
Cartões Vermelho: Ricardo Dias 54'.
Golos: José Manuel 42'.
A salvação do Boavista estava ao segundo poste. E Zé Manuel encontrou-a. Cavalheiro e gentil, abraçou-a com a intensidade dos que partem e voltam muito depois, demasiado tarde. Neste caso, sugerem os dados, a tempo ainda de a beijar com força e selar a manutenção.
Três pontos de romantismo e coração cheio, o anel de compromisso entre os axadrezados e a I Liga. Ajoelhou? Agora é a hora de cumprir as intenções, três jornadas pela frente e 29 pontos no bolso.
A relação tem tudo para dar certo. Aqui não há «o problema é meu, não é teu». O problema esteve nos longos anos de separação e angústia. Agora não, com este Boavista atraente, pensado por Erwin Sanchez, as panteras jogam futebol e piscam o olho a uma vida passada, à era do Boavistão.
No Bessa, o Belenenses do señor Julio pouco ou nada pôde oferecer ao jogo. Prestável na atenção dispensada aos níveis de beleza do espetáculo, os azuis foram fiéis à sua ideia de jogo, mas reagiram pessimamente à pressão insustentável exercida pelos portuenses.
De lábios trincados e pulmões infatigáveis, o Boavista jogou nos limites até fazer o 1-0 (Zé Manuel, 42 minutos), manteve o pé no acelerador até o Belenenses passar a estar reduzido a dez unidades (vermelho a Ricardo Dias, 54) e geriu com uma inteligência incomum – pelo menos para quem joga sob a pressão matemática – o marcador na última meia hora.
A vantagem mínima disfarça, aliás, uma diferença maior entre as duas equipas: no volume de jogo, na quantidade de remates, na posse de bola, nos sinais de perigo. O Boavista foi superior em tudo e teve mais duas ou três ocasiões de excelência para aniquilar a dúvida muito antes do apito final.
No meio esteve a virtude ou, se preferirem, no meio esteve Rúben Ribeiro, o virtuoso. Um craque!
Quando o pé de Rúben toca a bola, ela não chora, como acontece no convívio com tantas outras chuteiras amarguradas; ela sussurra de prazer e pede mais, pois o pensador/executante do futebol axadrezado sabe todos os segredos do jogo e da arte da sedução.
Rúben foi grande, bem acompanhado por Renato Santos e um Tahar enorme e mandão no meio campo. Em bloco, sólido, anularam as ideias muito interessantes do Belenenses e decidiram o clássico entre dois clubes históricos do futebol nacional – ambos campeões nacionais – numa bola parada bem executada: canto de Renato, cabeça de Idris, finalização de Zé Manuel.
Ao Belenenses faltou, essencialmente, espaço para respirar. Os homens do Restelo jogam no risco, não abdicam do passe curto desde a primeira fase de construção e acabam por cometer erros desnecessários quando o processo não sai bem. Erros em zonas proibidas.
Julio Velázquez, insistimos, tem ideias interessantes e atraentes. Tanto assim é que, após o vermelho a Dias, desenhou uma defesa a três, com todos os elementos a marcar, homem para homem, e manteve o meio campo bem povoado. Com essa estratégia soube manter a equipa na discussão até ao fim, sempre equilibrada.
Não chegou para pontuar, a noite era do Boavista. Do Boavista e da sua salvação, um encontro romântico e marcado para horas próprias. Tudo dentro dos limites da decência e bons costumes.
Três pontos de romantismo e coração cheio, o anel de compromisso entre os axadrezados e a I Liga. Ajoelhou? Agora é a hora de cumprir as intenções, três jornadas pela frente e 29 pontos no bolso.
A relação tem tudo para dar certo. Aqui não há «o problema é meu, não é teu». O problema esteve nos longos anos de separação e angústia. Agora não, com este Boavista atraente, pensado por Erwin Sanchez, as panteras jogam futebol e piscam o olho a uma vida passada, à era do Boavistão.
No Bessa, o Belenenses do señor Julio pouco ou nada pôde oferecer ao jogo. Prestável na atenção dispensada aos níveis de beleza do espetáculo, os azuis foram fiéis à sua ideia de jogo, mas reagiram pessimamente à pressão insustentável exercida pelos portuenses.
De lábios trincados e pulmões infatigáveis, o Boavista jogou nos limites até fazer o 1-0 (Zé Manuel, 42 minutos), manteve o pé no acelerador até o Belenenses passar a estar reduzido a dez unidades (vermelho a Ricardo Dias, 54) e geriu com uma inteligência incomum – pelo menos para quem joga sob a pressão matemática – o marcador na última meia hora.
A vantagem mínima disfarça, aliás, uma diferença maior entre as duas equipas: no volume de jogo, na quantidade de remates, na posse de bola, nos sinais de perigo. O Boavista foi superior em tudo e teve mais duas ou três ocasiões de excelência para aniquilar a dúvida muito antes do apito final.
No meio esteve a virtude ou, se preferirem, no meio esteve Rúben Ribeiro, o virtuoso. Um craque!
Quando o pé de Rúben toca a bola, ela não chora, como acontece no convívio com tantas outras chuteiras amarguradas; ela sussurra de prazer e pede mais, pois o pensador/executante do futebol axadrezado sabe todos os segredos do jogo e da arte da sedução.
Rúben foi grande, bem acompanhado por Renato Santos e um Tahar enorme e mandão no meio campo. Em bloco, sólido, anularam as ideias muito interessantes do Belenenses e decidiram o clássico entre dois clubes históricos do futebol nacional – ambos campeões nacionais – numa bola parada bem executada: canto de Renato, cabeça de Idris, finalização de Zé Manuel.
Ao Belenenses faltou, essencialmente, espaço para respirar. Os homens do Restelo jogam no risco, não abdicam do passe curto desde a primeira fase de construção e acabam por cometer erros desnecessários quando o processo não sai bem. Erros em zonas proibidas.
Julio Velázquez, insistimos, tem ideias interessantes e atraentes. Tanto assim é que, após o vermelho a Dias, desenhou uma defesa a três, com todos os elementos a marcar, homem para homem, e manteve o meio campo bem povoado. Com essa estratégia soube manter a equipa na discussão até ao fim, sempre equilibrada.
Não chegou para pontuar, a noite era do Boavista. Do Boavista e da sua salvação, um encontro romântico e marcado para horas próprias. Tudo dentro dos limites da decência e bons costumes.
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