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domingo, 20 de novembro de 2016

Eliminados da Taça de Portugal

BOAVISTA FC-1 GUIMARÃES-2
Taça de Portugual 4ºEliminatoria 2016-2017
Após Prolongamento
20 de Novembro de 2016 - 19H15
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Jorge Sousa(A.F.Porto)

GR:Kamran Agayev    GR:João Miguel Silva
DD:Edú Machado   DD:Bruno Gaspar
 DC:Nuno Henrique DC:Josué Sá
DC:Lucas Tagliapietra  DC:Pedrão
DE:João Talocha DE:Rúben Ferreira
MC:Idrís Mandiang  MC:Rafael Miranda(João Aurélio 81')
 MC:Fábio Espinho MC:João Pedro
MC:Carraça(Bernardo Tengarrinha 63') MC:Tozé(Bernard Mensh 66')
ED:Iuri Medeiros(Phillipe Sampaio 90') ED:Hernâni(Paolo Hurtado 90')
EE:Renato Santos EE:Raphinha
PL:André Schembri(Erivelto Silva 77')  PL:Tiquinho Soares

Treinador:Miguel Leal               Treinador:Pedro Martins

Golos: Tiquinho Soares 27'(g.p),André Schembri 56' e Paolo Hurtado 118'.

Cartões Amarelos:Rúben Ferreira 31',Hernâni 39',Lucas Tagliapietra 49',Rafael Miranda 70',Erivelto Silva 80',Nuno Henrique 84',Lucas Tagliapietra 90',Idrís Mandiang 100',Kamran Aghayev 110',Fábio Espinho 116'.

Cartões Vermelhos: Lucas Tagliapietra 90' e Idrís Mandiang 120'


Foi preciso ir a prolongamento para Boavista e V. Guimarães decidirem quem seguia para os oitavos de final da Taça de Portugal. Foi um golo de Hurtado de bola parada a decidir a eliminatória aos 118 minutos de um jogo vivo, dentro e fora de campo, com boa casa, e futebol bem disputado. A altura da prova rainha do futebol português… até ao apito final, já que as cenas que se seguiram depois foram lamentáveis.
Foi a equipa da casa a criar a primeira situação real de perigo, com um cabeceamento de Talocha, na marcação de um canto, a fazer a bola passar ligeiramente por cima da baliza de Miguel Silva.
Mas seria o Vitória o primeiro a fazer mexer o marcador. Aos 26 minutos, o árbitro assinalou grande penalidade por mão de Carraça. A bola ressaltou num lance com João Pedro na área e a bateu no braço do jogador do Boavista. Chamado a converter, Soares mostrou-se frio e implacável. Guarda-redes para um lado, bola para o outro. E estava feito o 1-0.
O Boavista quis responder ao golo, aumentou o pendor atacante, o que também deu mais espaços aos vitorianos. Com Tozé a mostrar o porquê de ter sido escolha para o onze, furando pelo meio campo boavisteiro, chegando a dar alguns nós a Idris, e jogando depois com Soares, Raphinha e Hernâni, o Vitória ia tendo bastante presença no último terço do terreno boavisteiro.
Aos 37 minutos, Josué tentou a sorte de longe e fez a bola passar junto ao poste, Hernâni furou pela área e valeu ao Boavista que Lucas e Talocha o apertaram de imediato, tendo um deles conseguido fazer o corte.
A segunda parte prometia muito e não falhou. O jogo manteve-se vivo, de ritmo elevado, com os homens da casa a mostraram que não queriam ficar pelo caminho.
Idris foi conseguindo superiorizar-se a Tozé no meio campo. Carraça, que acabaria por sair depois do golo, mostrou-se fortíssimo nas recuperações de bola. Iuri Medeiros, que já tinha feito uma boa primeira parte, ia, a par com Renato Santos e Fábio Espinho, colocando a bola na frente e o golo parecia ser inevitável.
Aos 50 minutos, num cruzamento para a área vitoriana, onde estava Schembri, o árbitro assinalou grande penalidade por alegada mão de Bruno Gaspar. Schembri ainda conseguiu colocar a bola na baliza de Miguel Silva, mas o jogo já estava interrompido. Só que, depois de conferenciar com os assistentes decidiu (e bem, como mostram as imagens televisivas) anular a grande penalidade. O defesa vitoriano não toca realmente com a mão na bola.
O lance caricato não perturbou os boavisteiros. Logo a seguir, o mesmo Schembri, de calcanhar, a atirar junto ao poste e Miguel Silva a defender. Mas logo a seguir, na sequência de um canto, Iuri a colocar a bola na área, Henrique tenta chegar, mas não consegue, e Schembri, que recebe meio de costas, remata para o fundo da baliza, perante a passividade de Miguel Silva.
O guardião vitoriano acabaria depois por voltar a mostrar a sua qualidade ao defender um remate fortíssimo de Renato Santos de fora da área, num momento em que o Boavista aparecia constantemente na área adversária.
Mas, apesar de andar muito arredado da área do Boavista, a cinco minutos dos 90, o golo do Vitória podia ter acontecido mesmo. Num livre traiçoeiro que toda a gente deixou passar, Agayev desviou para o pé direito de Josué. Surpreendido, o defesa atirou ao lado.
Logo a seguir foi Hernâni a fazer a bola rasar o poste, tirando o fôlego aos cerca de quatro mil adeptos vitorianos presentes no Bessa.
Os últimos minutos foram, aliás, asfixiantes. O golo parecia poder surgir a qualquer momento e foi Agayev quem teve que aguentar o sufoco. Já nos descontos, uma falta de Lucas quase em cima da linha da área, leva-o a ver o segundo amarelo, voltando a ser expulso, e deixando a equipa em desvantagem numérica. Raphinha, na conversão, atirou ao lado, mas junto ao poste.
O prolongamento foi inevitável, mas a queda da qualidade de jogo também, não só pelo desgaste físico dos jogadores, mas também pelo facto de o Boavista ter tido que se fechar por estar a jogar com menos um. E, quando parecia que o jogo estava destinado a grandes penalidades, Hurtado, de livre, fez aquilo que o Vitória tanto queria e o Boavista temia: o golo que selou a eliminatória. O livre saiu rasteiro, forte, e Agayev, que até já tinha mostrado o que vale esta noite, acaba por não sair bem na fotografia.
O Vitória segue para os oitavos de final. O Boavista fica pelo caminho. E, já depois do apito final, cenas lamentáveis num desacato entre Miguel Silva e Idris a manchar um jogo de qualidade. O guardião vitoriano terá feito gestos para os adeptos axadrezados, Idris foi pedir explicações e acabou por agredir o adversário, tendo sido expulso.

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