Contagem

web counter free

sábado, 14 de janeiro de 2017

Roubo de Igreja Tira-nos a Vitória no Estádio da Luz

SL BENFICA-3 BOAVISTA FC-3
Liga Nós 17ºJornada
14 de Janeiro de 2017 - 16h
 Estádio Da Luz em Lisboa
Árbitro :Luís Ferreira(A.F.Braga)

GR:Ederson Moraes GR:Kamran Agayev
DD:Nélson Semedo DD:Edú Machado
 DC:Luisão(Franco Cervi INT) DC:Phillipe Sampaio
DC:Victor Lindedolf DC:Lucas Tagliapietra
DE:André Almeida DE:João Talocha
MC:Andreas Samaris MC:Idrís Mandiang
MC:Pizzi MC:Fábio Espinho(Emin Makmudov 89')
MC:Toto Sálvio  MC:Anderson Carvalho
ED:Gonçalo Guedes(Andrija Zivkovic 66') ED:Iuri Medeiros(Tiago Mesquita 79')
EE:Rafa Silva(Kostas Mitroglou 38') EE:Renato Santos
PL:Jonas PL:André Schembri(André Bukia 66')
.
Treinador:Rui Vitória                  Treinador:Miguel Leal


Cartões Amarelos:Luisão 38',Lucas Tagliapietra 69',Fábio Espinho 69',Kamran Agayev 75' e 96',Iuri Medeiros 77',Phillipe Sampaio 89' e Jardel 96'.

Cartões Vermelhos:Kamran Agayev 96'.

Golos:Iuri Medeiros 14',Lucas Tagliapietra 20',André Schembri 25',Kostas Mitroglou 41',Jonas 53'(g.p.) e Fábio Espinho 68'(p.b.)





Isto é o retrato imune do que aconteceu esta tarde no Estádio da Luz!!!!
O primeiro parágrafo fica todo para o Boavista. Ele merece-o.
O segundo parágrafo, já agora, também. Absolutamente notável exibição axandrezada, que aproveitou uma entrada mais débil do Benfica em campo para construir um resultado que depois soube defender com unhas e dentes.
Mas antes disso, antes de ter de defender o tal resultado com unhas e dentes, o Boavista foi fantástico. Agressivo sem bola, por exemplo, a cair em cima dos adversários cheio de vontade, e imaginativo com ela: a tocar sem receios, saindo a jogar pelo chão, enfim.
Este Boavista não tem nada a ver com a equipa que foi num passado recente, o que é naturalmente mérito de Miguel Leal. Hoje o Boavista joga à bola.
Pelo caminho, como acontece nestas situações, os jogadores sentem-se mais confortáveis na pele deles e mais confiantes. Por isso jogam melhor. Sem necessidade de chutão para a frente, nem receio de ter a bola no chão. Com liberdade para pensar e bons princípios.
Por isso fez o que ninguém mais conseguiu fazer em mais de um ano: três golos na Luz.
A baliza encarnada no Estádio da Luz não sofria tantos golos desde que o Sporting, de Jorge Jesus, jogou lá, ainda em 2015. Desde então nem Bayern Munique, nem Zenit, nem Nápoles, nem FC Porto, enfim, ninguém conseguiu fazer o que Boavista fez esta tarde.
É claro, como já se disse, que a culpa não morre solteira. Nunca morre. O Benfica, neste caso, tem de assumir que teve boa parte da responsabilidade.
Entrou mal no jogo, se calhar porque a mensagem que Rui Vitória passou também não foi a melhor. O treinador deixou Mitroglou no banco, fazendo alinhar uma frente de ataque com Jonas e Gonçalo Guedes: ou seja, sem um ponta de lança de área.
Curiosamente corrigiu a mão ainda na primeira parte, lançando por fim Mitroglou, e a partir daí nada mais foi igual: o Benfica cresceu, cresceu, cresceu, até ameaçar ganhar.
O Boavista, que já tinha feito três golos, sentiu a pressão encarnada e encolheu-se.
É natural. Mas nem por isso deixou de sair com critério, de explorar os espaços que o Benfica abria e até de ameçar o golo: Renato Santos teve uma ocasião para marcar já nos dez minutos finais, e se o tivesse feito provavelmente estava-se a falar de outro resultado.
Nesta altura convém dizer que foi também, e pelo que já se percebeu, um grande jogo de futebol. Foi um daqueles jogos que foi de uma ponta à outra: foi-o em toda a largura.
Absolutamente notável vulcão de fé, confiança e compromisso de um público com uma equipa. O Boavista marcou por três vezes em menos de meia hora, por exemplo, e a seguir a todos eles houve gritos de Benfica, Benfica, Benfica. Os adeptos carregaram os jogadores às costas, fizeram-nos sentir confortáveis, empurraram-nos para a frente.
Assim é realmente mais fácil.
Ora carregados por um estádio cheio como um ovo, com mais de 57 mil alminhas gordas de tanto otimismo, os jogadores do Benfica encheram-se de coragem e empataram o jogo. Até ao fim acreditaram até que seria possível vencer.
Não foi. Não o foi, aliás, por uma razão: e nesta altura volta-se ao início: que grande Boavista.
Que grande exibição.
Que bela viagem ao início de sé e ao Boavistão de outros tempos.

Sem comentários:

Enviar um comentário