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domingo, 12 de fevereiro de 2017

Ponto Precioso

BOAVISTA FC-1 SC BRAGA-1
Liga Nós 21ºJornada 2016-2017
12 de Fevereiro de 2017 - 20H30
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Bruno Paixão(A.F.Setúbal)


GR:Vágner da Silva    GR:Marafona
DD:Edú Machado   DD:Baiano
 DC:Phillipe Sampaio DC:Lazar Rósic
DC:Lucas Tagliapietra  DC:Ricardo Ferreira
DE:João Talocha DE:Marcelo Goiano
MC:Idrís Mandiang  MC:João Gamboa
 MC:Anderson Carvalho MC:Rodrigo Battaglia
MC:Fábio Espinho(Carraça 88') MC:Pedro Santos(Federico Cartabia 81')
ED:Iuri Medeiros MC:Alan(Ricardo Horta 67')
EE:Renato Santos (David Mbala 82')PL:Nikola Stojiljóvic(Rodrigo Pinho 74')
PL:André Schembri(Iván Bulos 57')  PL:Rui Fonte

Treinador:Miguel Leal               Treinador:Jorge Simão

Golos:Nikola Stojiljóvic 9' e Fábio Espinho 39'(g.p)

Cartões Amarelos:João Gamboa 38' e Philippe Sampaio 80'.




Pode um empate ser boa notícia para o Sp. Braga, nesta altura da época? A verdade é que a formação arsenalista foi aplaudida pelos seus adeptos após o quarto jogo consecutivo sem vencer. Valeu o ponto no Estádio do Bessa, frente ao Boavista (1-1).
Em duelo com grande historial de rivalidade, a equipa de Jorge Simão teve duas oportunidades soberanas para vencer mas perdurou a sensação de um imperfeito equilíbrio no universo. O Boavista também mereceu retirar algo de positivo deste jogo.
Para os homens de Miguel Leal são três jogos sem vencer. A sua luta, porém, é outra. Vagner assumiu papel decisivo ao negar golos a Rui Fonte e Rodrigo Pinho na reta final do encontro. Ficou uma imagem mais positiva do Sp. Braga, melhor que no passado recente, ainda assim insuficiente para um regresso aos triunfos.
Jorge Simão teve de reinventar o seu setor intermediário, face à escassez de soluções para a zona central. A aposta recaiu na estreia do jovem João Gamboa, filho do extremo que deixou boa imagem no futebol português.
Gamboa, médio de 20 anos que vem crescendo no Sp. Braga B, acabaria por ficar ligado à história do jogo de forma infeliz.
Já lá vamos.
A mensagem de união na cabeça de Stojiljkovic
O Boavista, com o mesmo onze que empatou com o Desportivo em Chaves (0-0), foi surpreendido pela boa entrada da formação arsenalista, que logrou chegar à vantagem no primeiro remate à baliza.
Nove minutos de jogo. Em lance de contra-ataque, aproveitando descoordenação do Boavista do seu flanco esquerdo, Pedro Santos foi à linha e tirou o cruzamento. A bola desviou em Talocha, pode até ter feito o arco já para lá no terreno de jogo mas seguiu para a cabeça de Stojiljkovic. Philipe Sampaio falhou a marcação, o sérvio saltou mais alto que Edu Machado e finalizou.
Stojiljkovic chamou todo o grupo para um abraço coletivo que não pareceu inocente. Uma prova de união em cenário de crise.O Sp. Braga foi superior nos primeiros vinte minutos e chegou a ameaçar o segundo golo, com a cobrança exemplar de um livre direto por parte de Rui Fonte. Bola ligeiramente ao lado.
Lentamente, porém, o Boavista reclamou a iniciativa de jogo e tirou partido dos seus elementos mais criativos. Com Miguel Leal, a equipa parece mais arrumada, harmoniosa, predisposta a um jogo equilibrado e positivo. Percebe-se a renovação de contrato com o treinador, oficializada há dias.
Iuri Medeiros é a referência incontornável nas ofensivas axadrezadas, embora o extremo cedido pelo Sporting nem sempre saiba dosear o seu talento e interpretar o jogo da mesma forma que os restantes. Ainda assim, uma qualidade assinalável.
A magia indomável do pé esquerdo de Iuri
Já depois da meia-hora de jogo, seria o próprio Iuri a desperdiçar uma oportunidade flagrante para o empate. Bola no ataque, grande fífia de Rosic e deixar passar mas Baiano incomodou o esquerdino e o remate, já em desequilíbro, errou o alvo.
Estava melhor o Boavista, o adversário ia baixando demasiado as suas linhas e seria o estreante Gamboa a abrir caminho para o 1-1. Boa incursão ofensiva de Edu Machado para uma pincelada de génio de Iuri Medeiros. O extremo atraiu Marcelo Goiano e Pedro Santos, servindo o seu lateral com toque entre os dois adversários. O médio Gamboa, procurando fazer a compensação acabou por cometer grande penalidade sobre Edu.
Fábio Espinho enfrentou Marafona, também ele um elemento com credenciais nos castigos máximos, e levou a melhor sobre o guarda-redes do Sp. Braga.
Veio então o melhor período do Boavista. O efeito da igualdade a caminho do intervalo prolongou-se até à segunda metade, desequilibrando os pratos da balança.
Pouco depois do reatamento, Edu Machado rematou às malhas laterais e Renato Santos obrigou Marafona a uma grande defesa. Sinais de alerta no Sp. Braga.
Vagner regressou a Portugal para valer pontos
Com o tempo e a dança das substituições, sobretudo, a formação arsenalista encontrou o antídoto para a superioridade local e passou a olhar para a baliza de Vagner. Aliás, ela seria especialmente visada até final da partida. Valeu a atenção do guarda-redes brasileiro que voltou recentemente a Portugal. Valeu um ponto.
Ricardo Horta saiu do banco para emprestar velocidade aos flancos ofensivos e faltou apenas o devido acompanhamento de Rui Fonte.
Ao minuto 72, Horta isolou-se no flanco esquerdo, viu Fonte no corredor central e serviu o avançado. Este, porém, dominou mal a bola, adiantou demasiado e permitiu a intervenção do guarda-redes axadrezado.
O Boavista procurava responder mas faltou-lhe banco, ao contrário do que se verificou no Sp. Braga. Seria outro suplente, Rodrigo Pinho, a assumir protagonismo no lance mais polémico da partida.
Já ao cair do pano, na fase de maior pressão da equipa de Jorge Simão, Rodrigo Pinho desviou de cabeça após canto na direita e Vagner defendeu em cima da linha de golo! O corpo do guarda-redes, aliás, estava dentro da baliza, embora as imagens não esclareçam se a mão salvadora tocou na bola antes ou depois da linha.
Em período de descontos, a formação axadrezada voltou a dar um ar da sua graça, evitando a imagem de um empate injustificado. Sentiu a falta, ainda assim, de um ponta-de-lança. O reforço Ivan Bulos fez ainda menos que o esforçado Schembri.

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