DD:Bruno Gaspar DD:Édu Machado
DC:Sebástian Coates DC:Neris
DC:Jérémy Mathieu DC:Gonçalo Cardoso
DE:Marcos Acunã(Bas Dost 78') DE:João Talocha
MC:Rodrigo Battaglia MC:Idrís Mandiang(Rafael Costa 44')
MC:Nemanja Gudelj AMC:Fábio Espinho(André Claro 75')
ED:Abdoulay Diaby(Bruno César 87') ED:Rochinha
EE:Nani EE:Mateus(Matheus Índio 60')
PL:Fredy Montero(André Pinto 79') PL:Rafael Lopes
Treinador:José Peseiro Treinador:Jorge Simão
Dos assobios aos aplausos. O Sporting encerrou a jornada 8 com uma vitória
por 3x0 frente ao Boavista, numa exibição em crescendo e que até acaba por ser
uma das melhores da época. Nani, o caça-panteras, foi a principal
estrela do conjunto leonino, que voltou a ter Bas Dost nos minutos finais.
Um triunfo que não mereceu contestação por parte de um Boavista
completamente apagado e sem ideias para ombrear com o conjunto leonino. A
equipa de Jorge Simão está na metade inferior da tabela, com apenas sete
pontos, e há alguns motivos para preocupação, especialmente quando tem de sair
do Estádio do Bessa.
Assobios e um regresso ao passado
O bom arranque das duas equipas abriu o apetite para o encontro. Numa noite
fria, pedia-se um jogo interessante e com ocasiões de golo. Ao primeiro remate
do jogo, de Bruno Gaspar, o Boavista respondeu à letra e só o poste esquerdo da
baliza de Renan Ribeiro evitou o golo de Mateus. Foram uns bons cinco minutos.
Excelentes, até, tendo em conta o que se seguiu. O Boavista entregou o domínio
de jogo aos leões, mas durante grande parte do primeiro tempo a equipa de José
Peseiro teve dificuldade para criar perigo e o encontro caiu na monotonia.
Pouca iniciativa, poucos movimentos de desequílibrio e
pouca velocidade motivaram muitos assobios vindo das bancadas. Descontentes com
as recentes exibições, os adeptos leoninos, que já tinham assobiado José
Peseiro antes da partida, mostraram que vinham com rédea curta e não perdoavam
a cada passe falhado ou tomada de decisão errada. Talvez um pouco afetados
pelos nervos, o certo é que o futebol leonino teve um período mais cinzento,
que aos poucos foi ganhando cor.
Com vontade de alterar a história do jogo, o Sporting
ficou mais dinâmico e deixou de adotar uma postura estática na partida. Mais
movimentado, o ataque leonino começou a encontrar brechas numa defesa
axadrezada que chegava sempre tarde demais. Helton ainda evitou que Nani
conseguisse inaugurar o marcador de cabeça, mas o capitão do Sporting ganhou a
segunda ronda e atirou a contar após cruzamento de Montero. A movimentação
leonina fez novamente a diferença e Nani aproveitou para recordar o passado,
festejando com um mortal depois de marcar ao Boavista, precisamente a equipa a
quem tinha feito o seu primeiro golo pelo Sporting, em 2005.
A morte antes do matador
Cinco minutos disputados, vinte de tréguas e o resto
com um Sporting superior. O filme da primeira parte tinha sido assim, mas o
golo sportinguista forçava o Boavista a entrar com outra atitude para o
intervalo. Jorge Simão fez subir a sua equipa e a verdade é que já houve mais
intenção de ter bola, mesmo que daí não viesse nada de novo. O golo tinha dado
tranquilidade ao Sporting e isso ajudou a equipa de José Peseiro a controlar o
encontro.
Com a tranquilidade veio também a qualidade. É verdade
que o jogo estava mais aberto, mas com o evoluir da partida o Sporting subiu
muito de rendimento e alguns jogadores que tinham entrado de forma apagada -
Diaby, por exemplo - começavam a querer mostrar-se. É a velha lógica, quando o
coletivo está bem, o individual tem espaço para brilhar.
Encontrado o espaço, em dois minutos o Sporting
resolveu a partida. Bruno Fernandes fez o golo que procurava desde o início,
respondendo da melhor maneira a um passe de Diaby, e dois minutos depois um
remate do médio foi desviado por Nani, que ganhou o rótulo de
caça-panteras e praticamente resolveu o encontro.
Se o Boavista tinha apresentado poucos argumentos para
responder ao primeiro golo, foi impossível responder a três. Os boavisteiros
continuaram a tentar, timidamente, mas as melhores ocasiões acabaram por
pertencer ao Sporting. Depois de muitos assobios na primeira parte, os adeptos
leoninos renderam-se definitivamente aos aplausos na segunda parte. Depois dos
golos, foi o regresso de Bas Dost a receber a maior ovação. Derrota do rival
Benfica, uma exibição agradável, triunfo e o regresso do goleador, como não
terminar a semana a aplaudir?
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