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domingo, 23 de fevereiro de 2020

Sem Raça Não Iremos Longe

SPORTING CP-2 BOAVISTA FC-0
22ºJornada Época 2019-2020
23 de Fevereiro de 2020 - 17h30
Estádio José de Alvalade em Lisboa
 Árbitro:Nuno Almeida(A.F.Algarve)








GR:Luís Maximiano GR:Hélton Leite
DD:Valentin Rosier(Stefan Ristovski 82') DC:Fabiano Leismann
 DC:Tiago Llori DC:Ricardo Costa
DC:Luís Neto DC:Néris
DE:Cristián Borja MD:Carraça(Mateus 89')
MC:Rodrigo Battaglia MC:Miguel Reisinho(Heriberto Tavares 77')
MC:Wendel MC:Yaw Ackah
MC:Luciano Vietto(Francisco Geraldes 82') MC:Paulinho
MC:Jovane Cabral ME:Gustavo Sauer
PL:Andraz Sporar(Pedro Mendes 73') PL:Yusupha Nije
PL:Gonzalo Plata PL:Cassiano Moreira(Nikola Stoijiljkovic 69')

Treinador:Jorge Silas       Treinador:Daniel Ramos

Cartões Amarelos:Néris 22',Wendel 29',Miguel Reisinho 33' e Valentin Rosier 54'.

Golos:Andraz Sporar 13' e Gonzalo Plata 42'.






Plata valeu ouro e foi a figura da vitória do Sporting em Alvalade, por 2x0, que coloca os leões no terceiro lugar da Liga de forma provisória. O equatoriano foi a surpresa no onze de Silas e destacou-se com uma assistência para Sporar e com o golo que fechou a contagem ainda na primeira parte. Na pausa da eliminatória europeia, a equipa leonina fez uma exibição tranquila perante um Boavista que tem tido dificuldades em Alvalade e que mostrou pouco para inverter a tendência antes e depois de sofrer o primeiro golo.

Oportunidade, golo, tranquilidade

O Sporting europeu e o Sporting interno. Na quinta-feira, depois de os leões terem batido o Basaksehir com facilidade o debate voltou a existir. Pedia-se um leão mais consistente e que trouxesse para o campeonato alguma da qualidade que tem, as espaços, apresentado na Liga Europa. Apesar de algumas baixas, Silas fez por manter o núcleo no miolo e premiar aqueles que se tinham destacado no jogo a meio da semana, mas a titularidade de Plata chamou a atenção.  Perante um Boavista que tem sido difícil de bater fora de casa - segunda melhor defesa da Liga como visitante -, a equipa de Silas trouxe dinâmicas diferentes para superar a formação axadrezada, que se apresentou com um bloco baixo e uma pressão pouco intensa na saída de bola dos leões. Em Alvalade, o Sporting jogou como raramente conseguiu, com paciência.
É certo que o golo na primeira oportunidade, tal como aconteceu com o Basaksehir, ajudou bastante a equipa de Silas a ganhar essa tranquilidade, mas antes de Sporar dizer que sim ao livre apontado por Plata já os leões tinham mostrado essa calma na construção a três, com Rosier a aparecer em zonas interiores e Plata a ganhar protagonismo. Os olhares estavam, por isso, cada vez mais no jovem equatoriano. Depois da assistência de bola parada, Plata ganhou confiança e passou a ser o grande foco do jogo. Sem que o Boavista estivesse a ser eficaz na pressão, Vietto e Wendel apareciam cada vez mais, mas Plata queria o protagonismo para ele.

Um equatoriano de oro

Apenas no segundo jogo a titular no campeonato, o extremo mostrou que os minutos que tem até agora são inferiores ao que merecia. É certo que ainda há muito a assimiliar, mas o talento está lá todo. Depois de ver um golo anulado por fora de jogo, o equatoriano lá encontrou uma bola a pingar na área do Boavista e rematou sem esforço para o 2x0. 45 minutos e os sportinguistas já estavam rendidos ao esquerdino, que foi sempre dando energia a um jogo longe de ser brilhante, mas bem conseguido por parte da equipa leonina, que dá ares de estar a crescer, especialmente com bola. O segundo golo tão perto do intervalo obrigava a que a partida fosse diferente na segunda parte. Isto porque o Boavista tinha reagido com timidez ao golo de Sporar, mas com uma montanha maior para escalar os axadrezados eram obrigados a arriscar mais e a intensificar a pressão na zona de construção dos leões.
As instruções de Daniel Ramos passaram por isso mesmo, mas o Boavista parecia sempre uma equipa desligada do jogo. A pressão foi pouco eficaz e o espaço nas costas começou a aparecer com mais regularidade, o que com Plata e Jovane nos flancos, juntando Vietto e Wendel na distruição, deixava a equipa nortenha mais perto de sofrer o terceiro do que de conseguir reduzir o marcador para discutir o desfecho do jogo. Aos poucos, o Boavista pareceu atirar a toalha ao chão, também pelo cansaço provocado por ter passado tanto tempo a defender e Silas aproveitou para descansar a sua equipa já este domingo, com vista à viagem à Turquia para disputar a segunda mão da eliminatória da Liga Europa. Vietto e Sporar, que mostram um entendimento cada vez melhor, saíram debaixo de aplausos, mas foi a entrada de Francisco Geraldes, quase um ano depois da última partida em Alvalade, o principal destaque de uma reta final pachorrenta e que acabou com um desfecho que tem sido habitual nas viagens axadrezadas à casa do Sporting. O Boavista não vence em Alvalade desde 1976 e este domingo fez pouco para terminar essa seca.

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