6 de Junho 2020 - 21H15
Estádio do Bessa Século XXI
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Vítor Ferreira(A.F.Braga)
GR:Hélton Leite GR:Mateus Pasinato
DD:Carraça DD:João Aurélio
DC:Néris DC:Lazar Rósic
DE:Fabiano Leismann DE:Anthony D'Alberto
MC:Alberto Bueno MC:Fábio Pacheco(Sori Mané 90')
MC:Yaw Ackah(Yusupha Nije 77') MC:Filipe Soares
MC:Alberto Bueno MC:Fábio Pacheco(Sori Mané 90')
MC:Yaw Ackah(Yusupha Nije 77') MC:Filipe Soares
MC:Paulinho MC:Alex Soares
ME:Gustavo Sauer EE:Gabrielzinho(Pedro Nuno 66')
ED:Heriberto Tavares(Fernando Cardozo 64') ED:Biel Aoucheria
PL:Cassiano Moreira PL:Fábio Abreu
Golos: Filipe Soares 48'.
Cartões Amarelos:Gabrielzinho 13',Biel Aoucheria 62',Yaw Ackah 71',Fabiano Leismann 88',Fábio Pacheco 89',Pedro Nuno 91',Fabiano Leismann 95',Néris 95' e Rósic 95'.
Cartões Vermelhos:Fabiano Leismann 95'.
O Boavista
teve tudo para conseguir os pontos que tanto justificava, num jogo em que se
viu a melhor versão de Daniel Ramos, mas com o pecado da finalização a estar
novamente evidente, sobretudo nos descontos. Indiferente à pausa, o Moreirense
prossegue a sua escalada na classificação e, mesmo num jogo em que nem tudo
correu bem, perfila-se para que se comece a questionar se a Europa não é, de
facto, um cenário possível. Se este jogo tivesse acontecido na sua data
inicial, com toda a influência dos resultados anteriores (o Moreirense, em
alta, tinha acabado de ultrapassar o Boavista, em baixa) e com o calor das
bancadas (onde, diga-se, não estava a haver grande aceitação dos resultados de
Daniel Ramos), certamente a carga emocional seria outra. Assim, e apesar da
aparição de alguns adeptos antes do apito inicial, o contexto foi outro, bem
mais livre e incerto.
Ainda assim,
como previsto, Ricardo Soares optou pela continuidade. Fazia todo o sentido,
porque a sua equipa estava num excelente momento e não faria sentido grandes
mudanças, a menos que o lado físico a isso obrigasse. Não foi o caso. Começou,
claro, mais familiarizada, com maior rotação e dinâmica. A um Moreirense mais
entrosado respondia um Boavista diferente, ainda a tentar encontrar-se, mas sem
problema em meter o pé. Daniel Ramos, agora com mais tempo de trabalho, pôde
trabalhar a equipa em 4x3x3, surpreendendo com Paulinho e Bueno num meio-campo
mais criativo (em conceito) do que vinha sendo hábito. E, depois de uns
primeiros minutos de sinal mais para o Moreirense, ainda que com dificuldades
em chegar à área contrária, foi-se dando a resposta. Nos remates de Sauer, uma,
outra, e mais outra vez, sempre de meia distância, a equipa axadrezada começou
a ver nas defesas apertadas de Pasinato a tradução para um aumento de
confiança. Que sofreria um abalo...
Caído do
céu
Literalmente,
numa bola prensada, após um cruzamento quase sem ângulo, subiu e caiu de forma
fortuita o golo do Moreirense, logo a abrir a segunda parte. Uma felicidade
que, obviamente, a equipa cónega procurou segurar. E dizemos isso porque a
reação do Boavista foi bastante boa. Com Bueno, a maior novidade no onze, a
crescer no protagonismo, voltou a ser a finalização o pecado da equipa de
Daniel Ramos, porque até esse momento a equipa produziu muito e bom.
Heriberto
falhou, Sauer (sim, outra vez) acertou no poste, Cassiano errou, Cardozo
decidiu mal, Carraça viu o adversário cortar de forma milagrosa. Foram muitos
os bons lances que não tiveram o melhor destino, pelo desacerto e também por
algum azar de uma equipa que, e temos visto grande parte dos jogos, mostrou a
sua melhor versão com Daniel Ramos. Se isto bastasse... Ao Moreirense, que
inicialmente ainda conseguia sair por Bilel, mas que depois percebeu que o
melhor seria suster o adversário, com maior procura por formas de abrandar o
ritmo, dando à defesa alguma folga em posse e respirando com algumas faltas que
o adversário teve de fazer para não sofrer golpe fatal. Que podia ter aparecido
nos descontos, quando uma mão na área do Moreirense deu a Carraça a
possibilidade de empatar o jogo. Não o conseguiu, nem Yusupha na recarga, e o
resultado ficou em 0x1.
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