DC:Bruno Viana DC:Gustavo Dulanto
DC:David Carmo DC:Ricardo Costa
DC:Rolando(Wilson Eduardo 82') DC:Néris
MD:Ricardo Esgaio MD:Carraça
MC:Fransérgio MC:Idrís Mandiang
MC:André Horta(João Novais 82') MC:Alberto Bueno(Fernando Cardozo 75')
MC:André Horta(João Novais 82') MC:Alberto Bueno(Fernando Cardozo 75')
MC:Ricardo Horta(Rui Fonte 71') MC:Paulinho(Heriberto Tavares 92')
MD:Nuno Sequeira(Wenderson Galeno 71') ME:Marlon Xavier
PL:Francisco Trincão PL:Gustavo Sauer(Nwanko Obiora 84')
PL:Francisco Trincão PL:Gustavo Sauer(Nwanko Obiora 84')
PL:Paulinho PL:Cassiano Moreira(Yusupha Nije 84')
Treinador:Custódio Castro Treinador:Daniel Ramos
Cartões Amarelos:Paulinho 33',Gustavo Dulanto 48',Ricardo Esgaio 56'Néris 63' e Fransérgio 79'.
Golos:Alberto Bueno 57'(g.p)
Há jornadas traiçoeiras, mas o Braga não esperava, por
certo, que esta fosse tão negativa e colocasse tanto em causa no futuro próximo
do clube. A equipa de Custódio voltou a perder, desta vez por 0x1, em casa,
diante do Boavista, significando o novo desaire o alcançar do Sporting no
terceiro lugar da tabela. Num jogo em
que se notaram as fragilidades arsenalistas após a saída de Rúben Amorim,
sorriu o Boavista, organizado, eficaz e ciente daquilo que tinha que fazer para
travar um rival, em teoria, bem mais forte.
Guerreiros mansinhos
Foi uma das principais surpresas após a paragem. O novo
Boavista, revigorado, mais ofensivo, mais atraente, menos receoso, mais valente
e corajoso. O que a equipa de Daniel Ramos fez contra o Moreirense justificava
um outro resultado que não a derrota. Esperava-se, pelo menos, que aqueles bons
90 minutos no Bessa tivessem uma transposição para a Pedreira. Não se pode
dizer que tal tenha acontecido na primeira parte. Daniel Ramos voltou a uma postura mais
especulativa, apostando numa linha de cinco, de três no momento ofensivo, para,
na prática, encaixar no trio da frente do Braga e nos dois laterais que, neste
sistema, são mais alas do que outra coisa. A procura por estar bem posicionado,
mesmo que mais atrás do que na primeira jornada pós-covid, era clara. Com bola,
era explorar o espaço nas costas e as transições rápidas.
O plano não correu forçasamente mal. Apesar da pouca
presença atacante, a verdade é que o Boavista não foi menos perigoso do que o
seu adversário, bem pelo contrário. A ocasião mais flagrante dos primeiros 45
minutos surgiu mesmo junto à baliza de Matheus, quando Bueno obrigou o guardião
arsenalista a uma grande estirada. Sauer desequilibrou pela meia direita, entregou
de bandeja o golo ao médio espanhol, que permitiu a defesa. Se podia, num
penálti em movimento, ter feito melhor? Talvez.
O Braga, por outro lado, tinha o domínio territorial, mas pouco mais. Um
lance interessante de Sequeira aqui, um toque de habilidade de Trincão ou de
Horta ali, mas, no geral, uma falta de criatividade preocupante para quem luta
pelo terceiro lugar. Um conjunto algo previsível que só foi capaz de criar
verdadeiro perigo no último lance do primeiro tempo, com a acrobacia de Paulinho
a acabar de forma natural nas mãos de Helton Leite. Pelo menos o guardião
boavisteiro pôde dizer que fez uma defesa...
Pantera cheirou o sangue
Bola lançada na meia esquerda, Paulinho com espaço para
assistir Trincão numa posição favorável, mas o esférico a sair muito adiantado.
Um lance que praticamente inaugurou o segundo tempo e que acaba por ser
paradigmático quando à arte e à criatividade dos arsenalistas durante boa parte
do encontro. Quase sempre mais dominadores, mas também demasiado erráticos. Aos poucos, o Boavista foi ganhando metros,
ao mesmo tempo que ganhava confiança para assustar Matheus. A história do golo
começou ao minuto 54, quando David Carmo, de uma forma escusada, cometeu falta
e permitiu uma espécie de canto curto. A bola saiu, na sequência desse lance,
precisamente para um canto. Matheus afastou pela linha final para mais um
canto, ainda que do outro lado e, na sequência, Esgaio cometeu um daqueles
erros graves que têm marcado o regresso do desporto-rei. Demorou muito tempo até
tirar a bola da zona de perigo e, quando tentou fazê-lo, derrubou Cassiano.
Bueno limitou-se a aproveitar. O Braga
percebeu que era preciso mesmo elevar o nível de jogo para, pelo menos,
conquistar pontos perante um Boavista super competitivo. Por força das
alterações e da subida de tensão à medida que o apito final ia ficando mais
perto, o ritmo subiu no meio-campo atacante, mas a maior intensidade não teve
correspondência em oportunidades e golos. Trincão tentou desequilibrar do ponto
de vista individual, mas exagerou em vários lances, Ricardo Horta apresentou-se
algo desastrado na finalização - a Pedreira ficou-se a queixar, no final... Nem
Rui Fonte, nem Wilson, nem Galeno a fazer a ala esquerda, nem Novais, que
entrou para tentar a meia distância. Foi um Braga demasiado curto aquele que
regressou à sua casa. Assim o pódio fica em cheque e a manutenção do Boavista
agradece...
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