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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Liga NOS 2020-2021: 4ºJornada: Segunda Derrota da época e em casa novamente

BOAVISTA FC-0 
           VSC GUIMARÃES-1
   
4ºJornada Época 2020-2021
19 de Outubro de 2020 - 20h15
Estádio do Bessa Século XXI
  Árbitro :Nuno Almeida(A.F.Algarve)


GR:Léo Jardim GR:Bruno Varela
DD:Reggie Cannon DD:Zié Ouattara
DC:Adil Rami(Cristian Castro 6')(Miguel Reisinho 82') DC:Easah Suliman
DC:Chidozie Awaziew DC:Jorge Fernandes
DE:Ricardo Mangas(Musa Juwara 68') DE:Sílvio
MC:Javi Garcia MC:Mikel Agu
MC:Nuno Santos MC:Rochinha
MC:Show(Yanis Hamache 68') MC:André André(Nicolas Janvier 74')
PL:Gustavo Sauer(Alberth Elis 82') PL:Marcus Edwards(Pepelu 57')
PL:Jorge Benguché PL:Bruno Duarte(Noah Holm 74')
PL:Paulinho PL:Ricardo Quaresma(Abou Ouattara 87')

Treinador:Vasco Seabra             Treinador:João Henriques

Cartões Amarelos:Ricardo Quaresma 3',Ricardo Mangas 23',Gustavo Sauer 41',Jorge Fernandes 62',Javi Garcia 63' e Chidozie Awaziew 80'

Golos:Marcus Edwards 19'.

O Estádio do Bessa, palco de três jogos do Euro2004 e nesta noite palco do último jogo da jornada 4, é sobejamente conhecido pela construção à inglesa, com ângulos retos entre bancadas e com o público (agora ausente) bem próximo da ação. Desta vez, foi à inglesa também por outra razão: porque foi aqui que Marcus Edwards renasceu para a Liga 20/21 e garantiu três pontos num duelo clássico do futebol português.  A saída logo aos 57 minutos do extremo inglês que agora veste a camisola 7 confundiu o próprio jogador, mas mesmo essa alteração por parte do novo treinador não lhe retirou o protagonismo num jogo em que um golo bem ao jeito de um fantasista foi decisivo. João Henriques não podia ter pedido melhor estreia no banco de suplentes do Vitória: triunfo na visita a um rival histórico, já com muitas melhorias à vista apesar do pouco tempo de trabalho com a equipa. Para Vasco Seabra, continua a ser adiada a primeira vitória e os axadrezados ainda não pontuaram em casa.

O regresso de um Rei

 Uma troca de treinador após apenas três jornadas não é comum, ainda para mais não sendo os resultados dramáticos, e por isso grande parte da curiosidade neste jogo assentava nas opções do treinador estreante João Henriques, a quem foi entregue a pasta que Tiago não quis continuar a assumir. Dentro dos possíveis - as ausências nas laterais limitavam as escolhas, estreou-se Zié Ouattara à direita -, o técnico manteve a base do onze, embora com a curiosidade de ter em simultâneo Quaresma, Edwards e Rochinha, com o terceiro a partir do meio-campo para a frente e os outros dois a assumirem as faixas do ataque.

Vasco Seabra queria «provar o crescimento» da equipa e também nos axadrezados não houve grandes surpresas, mas sim um ajuste cirúrgico: na ausência de Angel Gomes, o técnico apostou em Show, procurando construir um meio-campo mais sólido e sacrificando a criatividade. Na defesa começavam os quatro de Moreira de Cónegos, mas o setor teve um revés bem cedo na partida: Adil Rami não aguentou sequer cinco minutos em campo, sendo rendido pelo estreante Cristian Castro, um colombiano de 19 anos que andava pelo Vizela na época passada.

Além de ter tido essa lesão precoce, o arranque da partida só foi clássico no papel. Algumas faltas duras, jogo muito partido, nada de grandes ocasiões até ao momento do desequilíbrio criado do flanco direito para o centro: Zié Ouattara, o tal jovem estreante na lateral, levantou com qualidade para Bruno Duarte, que trabalhou em esforço sobre a direita e conseguiu desencantar um cruzamento direitinho aos dois pés de Edwards. E o inglês usou os dois: domínio de classe com o esquerdo, um tiro com o direito e Léo Jardim a não conseguir responder. O Boavista queria assumir o jogo em casa, mas faltava fantasia - que falta faz Angel Gomes... - e a forma rápida como os vitorianos chegavam a posições de ataque causava problemas à linha defensiva axadrezada. Rochinha, vagabundeando entre o meio-campo e o ataque, ia ganhando cantos e faltas. Quaresma colocava a trivela ao serviço da equipa, muito mais em cruzamentos venenosos do que em remates, Bruno Duarte servia de apoio aos criativos dos flancos. Do lado oposto, Bruno Varela tinha pouco trabalho, mas suspirou de alívio aos 34' quando Benguché, com tudo para encostar, se atrapalhou e falhou a finalização.

Mais estreias e um Boavista a querer mais

Vasco Seabra exasperava no banco, a querer a tal vitória que vai sendo adiada e que podia ter ficado ainda mais longe quando Rochinha se isolou e, perante Léo Jardim, lembrou-se de sacar um chapéu que não acertou na baliza.

 O Boavista livrou-se dessa e foi em frente em  busca do empate. Os axadrezados aumentaram muito o nível de pressão sobre o adversário, que acabaria por se ver obrigado a baixar mais as linhas e manter na raça a vantagem mínima. Apesar das melhorias evidentes dos boavisteiros, que queriam ter bola e fazer o melhor possível com ela, a equipa de Guimarães ia segurando essa vantagem. Vasco Seabra estreou mais duas peças, Yanis Hamache e Musa Juwara, a equipa axadrezada somou uma série de investidas nos minutos finais e chegou a estar próxima desse golo do empate, num remate de Nuno Santos por cima e numa outra bola que caiu dentro da grande área vitoriana nos descontos, mas a equipa de Guimarães conseguiu mesmo festejar o segundo triunfo no campeonato, o primeiro numa nova era.

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