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sábado, 13 de fevereiro de 2021

Liga NOS 2020-2021: 19ºJornada: Mais Um Ponto na Caminhada, Queremos Esta Raça e Querer no Resto do Campeonato

 

FC PORTO-2

BOAVISTA FC-2

19ºJornada Época 2020-2021

13 de Fevereiro de 2021 - 20h30
Estádio do Dragão
Árbitro :Manuel Mota(A.F.Braga)


GR:Agustín Marchesín GR:Léo Jardim
DD:Wilson Manafá(Francisco Conceição 77') DD:Reggie Cannon
 DC:Pepe DC:Cristián Devenish
DC:Diogo Leite(Zaidu Sanusi INT) DC:Adil Rami(Jesús Gomez 61')
DE:Malang Sarr DC:Jackson Porozo
MC:Sérgio Oliveira  DE:Ricardo Mangas
MC:João Mário(Otávio INT) MC:Nuno Santos
ED:Jesús Corona MC:Paulinho(Sebastián Perez 84')
EE:Fábio Vieira(Marko Grujic INT) MC:Gustavo Sauer(Show 58')
PL:Mehdi Taremi PL:Alberth Elis(Jorge Benguché 83')
PL:Moussa Marega(Evanilson 71') PL:Angel Gomes(Yanis Hamache 84')

Treinador:Sérgio Conceição    Treinador:Jesualdo Ferreira

Cartões Amarelos:Paulinho 18',João Mário 29',Léo Jardim 85',Evanilson 94',Sebastián Perez 97' e Adil Rami 97'.

Golos:Jackson Porozo 8',Alberth Elis 45',Mehdi Taremi 54' e Sérgio Oliveira 82'(g.p).


Um dérbi portuense alucinante. Depois de 45 minutos de avanço para o Boavista, que esteve a vencer por duas bolas a zero, o FC Porto conseguiu recuperar para 2x2 no segundo tempo e ainda teve um penálti falhado e um golo anulado mesmo no final, depois de uma segunda parte em tudo diferente da primeira. No fim, o quarto empate seguido para o FC Porto. Um jogo com seis portugueses no onze inicial dos portistas - os três mais jovens sairiam ao intervalo - foi também noite de estreia para Francisco Conceição ao serviço da equipa principal. O prodigioso extremo fez muito pela possível cambalhota, teve ainda um belíssimo momento com o pai e treinador, mas o golo de Evanilson que ambos festejavam foi invalidado. Jackson Porozo e Elis tinham dado a vantagem boavisteira, Taremi e Sérgio Oliveira fizeram os golos válidos dos portistas, tendo o médio ainda falhado o segundo penálti. E assim, quem mais sorri são os felinos... tanto panteras como leões, já que o Sporting pode ficar com dez pontos de vantagem.

45 minutos de xadrez...

Da primeira parte desde dérbi portuense resulta uma sinopse simples: 45 minutos para esquecer do ponto de vista do FC Porto, absolutamente exemplares do ponto de vista boavisteiro. Com cinco na linha defensiva, os axadrezados faziam do jogo de posse em largura do FC Porto absolutamente inócuo (e lento, tão lento), mas o mérito das panteras ia muito além do processo defensivo: com a bola, fosse em transição ou de forma um pouco mais apoiada, a equipa de Jesualdo Ferreira explorava na perfeição os espaços concedidos, em particular num meio-campo com Fábio Vieira e Sérgio Oliveira sem capacidade para tapar caminhos (e muito cedo começaram a aquecer três médios).

Com três homens no meio-campo, bem alargados e apoiados pelo falso avançado Angel Gomes, os boavisteiros tinham Alberth Elis solto na frente para atacar a profundidade e o hondurenho foi sempre o jogador mais perigoso de toda a primeira parte, com três ocasiões de golo claríssimas na cara de Marchesín. A primeira foi logo no arranque, com Marchesín a segurar o nulo que pouco duraria. Bastaram mais seis minutos, o Boavista teve direito a um pontapé de canto (erradamente, note-se) e aproveitou na perfeição, com Jackson Porozo a antecipar-se a Diogo Leite e a fazer um grande cabeceamento para golo. Deste Jackson o Dragão não estava a gostar... ...como não estava a gostar mesmo nada de Elis. Em lances de ataque rápido, o hondurenho era ameaça constante. Marchesín teve de ser de novo uma muralha para evitar o golo aos 31', mas nada pôde fazer já perto do intervalo quando um lance pela esquerda resultou em cruzamento rasteiro para as costas da defesa portista e Elis apareceu mesmo para consumar o 0x2. Na ameaça anterior tinha sido Cannon a lançar (muito bem) o avançado, dessa vez foi Mangas e também os laterais boavisteiros mostravam ter assimilado por inteiro o plano.

Tudo ótimo para os boavisteiros, cuja estratégia funcionava na perfeição, tudo por fazer para os portistas para que o primeiro lugar não ficasse ainda mais longe. Sérgio Conceição apressou-se a rumar ao balneário, ainda antes do apito, pronto para dar um sermão e, quase obrigatoriamente, passar uma mensagem à equipa por via de substituições. ...

e 45 de fogo do dragão

Foram três de uma vez. O treinador portista retirou os três vencedores da Youth League que estavam no onze - Diogo Leite, Fábio Vieira e João Mário -, trouxe a maior maturidade de Zaidu, Grujic e Otávio, quando tão importante como estancar o meio-campo era juntar a intensidade ofensiva que faltava (e de que maneira) à equipa portista.

Tudo mudou, e tinha que mudar, e o FC Porto foi muito mais o campeão que conhecemos a partir dessas alterações. Construiu de formas diferentes, muito mais intenso, juntando ao ataque em largura as tentativas de penetrar pelo centro. A pressão acumulava-se muito sobre a defesa boavisteira, que acabaria por quebrar, ainda que sem a reviravolta completa. Aos 54' o FC Porto conseguiu reduzir, com origem num lançamento longo e com Taremi mais uma vez a mostrar a excelente forma que atravessa, ainda que o remate tenha sofrido desvio rumo à baliza de Léo Jardim. Por outro lado, Marega ia passando mais uma vez muito ao lado do jogo e seria substituído com naturalidade por Evanilson. Para o último quarto de hora, que foi de loucos, entrou o estreante Francisco Conceição.

Foi nessa reta final que o FC Porto, que entrava para os últimos minutos em desvantagem, ainda foi a tempo de ter duas oportunidades para o xeque-mate. Sérgio Oliveira converteu na perfeição um penálti para empatar a partida, mas falhou o segundo - conquistado por Francisco Conceição -, acertando em cheio no poste. E mesmo no fim... um golo anulado a Evanilson devido a um toque com a mão do brasileiro no lance do golo. E o tal momento que filho e pai partilharam e que, afinal, não contou para o resultado.

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