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sábado, 6 de março de 2021

Liga NOS 2020-2021: 22ºJornada: Primeira Final Contra Adversário Direto Ganha é Continuar Assim até ao Final do Campeonato!

BOAVISTA FC-3 
FC FAMALICÃO-0

22ºJornada Época 2020-2021

6 de Março de 2021 - 20h30
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro :André Narciso(A.F.Setúbal)

GR:Léo Jardim GR:Luiz Júnior 
DD:Reggie Cannon DC:Srdan Babic
DC:Cristián Castro DC:Riccieli(Diogo Figueiras INT)
DC:Chidozie Awaziew DC:Diogo Queirós
DE:Ricardo Mangas MC:Rúben Vinagre(Fernando Valenzuela 82')
MC:Javi Garcia MC:Manuel Ugarte
MC:Nuno Santos(Yanis Hamache 76') MC:Andrija Lukovic(Anderson Silva 63')
MC:Paulinho MC:Pepê Rodrigues
PL:Angel Gomes(Sebastián Perez 90') PL:Gil Dias
PL:Alberth Elis(Jorge Benguché 90') PL:Alexandre Guedes(Calvin Verdonk 83')
PL:Gustavo Sauer(Show 70') PL:Heriberto Tavares(Bozhidar Kraev 63')
 
Treinador:Jesualdo Ferreira             Treinador:Jorge Silas
 
 Cartões Amarelos:Pepê Rodrigues 30' Gil Dias 68',Reggie Cannon 93' e Show 95'.

Cartões Vermelhos:Manuel Ugarte 75'.

Golos:Ricardo Mangas 17',Paulinho 65' e Sebastián Perez 91'.


A noite foi de confronto entre «vizinhos» na parte baixa da classificação e o Boavista acabou agarrado à botija de oxigénio que permite respirar melhor na luta pela salvação. Um triunfo por 3x0 sobre o FC Famalicão, num jogo em que as duas equipas provaram ter mais qualidade do que a situação aflitiva que vivem.

Receio? A fuga é para a frente

No lançamento do encontro, Silas tinha refutado a ideia de um jogo mais especulativo; e estava certo. Indiferentes ao sufoco classificativo, Boavista e Famalicão «atiraram-se» ao jogo com a coragem de quem precisa mais dos três pontos do que da «segurança» do nulo. A consequência foi um espetáculo com qualidade entre duas equipas que a têm, mas que nem sempre a evidenciam. Entrou (bem) melhor o conjunto axadrezado, que só não ficou com a vantagem no marcador do seu lado logo no minuto inaugural porque o tiro de Angel Gomes foi colocado demais; a bola bateu no poste direito da baliza de Luiz Júnior e fez depois aquela travessia angustiante junto à linha de golo, sem entrar. Era o tónico para 45 minutos prazerosos, do ponto de vista do espectador. Enquanto o Boavista parecia mais homogéneo, a equipa de Silas apoiava-se sobretudo na qualidade individual. Gil Dias foi um dos casos, com um remate forte à malha lateral (6'). Respondeu a pantera, com Elis a usar a visão de jogo para encontrar Nuno Santos em posição frontal; o remate do médio boavisteiro encontrou Luiz Júnior como obstáculo.

Mangas ganhou-lhe o gosto

Mais Boavista no jogo, um dado coroado com o golo logo a seguir. Canto batido, Chidozie ganha o primeiro duelo pelo o ar e Ricardo Mangas foi quem tirou o proveito, ao segundo poste, desviando também com a cabeça. Depois de ter marcado em Guimarães, o lateral voltou a ser eficaz neste tipo de lance. E justo, porque os do Bessa eram por esta altura a melhor equipa em campo.  Exigia-se resposta por parte do Fama. E foi dada por Rúben Vinagre, que apesar de ter estado na origem do golo axadrezado (perdeu a bola que lançou o ataque rápido) se afirmou como a unidade em destaque nos visitantes. À meia hora de jogo teve no pé a bola do empate, mas o remate bem gizado teve a mesma pontaria que a tentativa de Angel Gomes no primeiro minuto: bola no ferro. Intenso e com vários momentos de qualidade técnica. Ainda antes do descanso, nova aproximação «venenoso» do Boavista, com Ricardo Mangas a sacar um daqueles cruzamentos à flor da relva que tiram a bola a qualquer defesa; mas Luiz Júnior teve comprimento suficiente nos dedos para atrapalhar a ação de Elis, que acabou por não conseguir a emenda feliz. 

Mais Fama, menos proveito

O jogo nunca desiludiu. É esse o marco maior do duelo do Bessa. O Famalicão fez pela vida, e muito, mas a falta de rotinas ofensivas - e de confiança - voltou a atraiçoar o conjunto de Silas. Guedes acertou na trave aos 50 minutos (mas estaria em posição irregular) e Kraev chegou um segundo atrasado para ser feliz (64'); o castigo foi duro, no minuto seguinte.  Paulinho. Palavra para ele, o melhor da noite sem contestação. Primeiro em zonas mais centrais, a meio da segunda parte na direita no reformulado 4x4x2 do Boavista. E como quem chama a si a coroa do jogo, arrancou imparável e deixou para trás quem tentou pará-lo; fuzilou, depois, sem piedade para Luiz Júnior. A boa noite coletiva da pantera premiada pelo talento do brasileiro. Com o 2x0, o fim de história podia começar a escrever-se com letras de convicção. E quando Ugarte foi expulso, aos 75 minutos, por uma entrada duríssima sobre Nuno Santos, até o mais resistente dos adeptos famalicenses percebeu que a busca por pontos não seria bem conseguida na cidade do Porto. O 3x0, apontado por Sebástian Pérez (que tinha acabado de entrar), só confirmou o cenário.

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