BOAVISTA FC-1
28ºJornada Época 2020-2021
DD:Ricardo Esgaio(C) DD:Nathan Santos(Reggie Cannon 74')
DC:Vítor Tormena DC:Chidozie Awaziew(C)
DC:Raúl Silva DC:Adil Rami
DE:Nuno Sequeira(Cristian Borja 74') DC:Jackson Porozo
MC:André Castro(João Novais 74') MC:Show(Nuno Santos 62')
Golos:Sebastian Perez 28',Fransérgio 39' e Andraz Sporar 83'.
O Boavista até esteve a ganhar, resistiu por muito tempo às
ameaças bracarenses e fê-lo mesmo em desvantagem numérica (mais uma vez), mas o
SC Braga dominou o encontro contra os axadrezados e acabou por conseguir que os
três pontos ficassem esta noite em terras minhotas, apesar de ter atrasado por
muito tempo o golo da eventual vitória. Sebastián Pérez, uma das novidades no
onze do Boavista, deu vantagem aos homens do Bessa com um remate nas imediações
da grande área e Fransérgio voltou aos golos com um cabeceamento certeiro em
resposta. Jackson Porozo foi expulso no segundo tempo, o Braga carregou para
consumar a reviravolta e conseguiu-o já nos últimos dez minutos, por Sporar,
vindo do banco. O Braga conseguiu assim voltar às vitórias depois de dois
empates seguidos e assume à condição o terceiro lugar, à espera de ver o que
fará o Benfica em Portimão. Já o Boavista, que vinha de uma série de bons
resultados, chegou a avistar a hipótese de igualar a pontuação do Rio Ave, mas
está a um ponto dos vila-condenses.
Contra e a favor da corrente
À procura de reencontrar a sua melhor versão depois de
cinco jogos com apenas uma vitória, e depois de dois empates consecutivos, o SC
Braga manteve a identidade mas Carlos Carvalhal fez novos ajustes: Raul Silva
voltou ao centro da defesa, Esgaio voltou à direita após castigo e Gaitán teve
direito a lugar no onze, assumindo-se desde cedo como um dos jogadores mais
interventivos no relvado da Pedreira e mostrando estar de volta à melhor forma.
Jesualdo Ferreira surpreendeu ao deixar Angel Gomes no
banco, sendo que o onze também não teve Cannon, Devenish ou Gustavo Sauer.
Nathan teve direito à primeira titularidade e Jackson Porozo também foi
novidade na defesa (não acabaria o jogo), além do regresso de Hamache e da
entrada de Sebastián Pérez para a zona do meio-campo. Os axadrezados
assumiam-se mais conservadores em campo, aceitando entregar a iniciativa ao SC
Braga mas procurando manter o foco defensivo em todos os momentos. Abel Ruiz
escapou de marcação e forçou Léo Jardim a uma defesa logo a abrir, o Braga veio
a somar mais umas quantas ocasiões claras de golo nessa primeira parte (além do
golo em si, de Fransérgio), mas pode-se dizer que a concentração defensiva dos
axadrezados estava a um nível bem alto. Mesmo com a progressão frequente dos
bracarenses terreno fora, a equipa do Bessa foi-se mantendo compacta e
resistindo a investidas durante muito tempo. Para lá do primeiro quarto de hora
o Braga carregou cada vez, voltava a obrigar Léo Jardim a mostrar-se - a remate
de Esgaio - e Gaitán causou calafrios aos axadrezados, mas foi por essa altura,
e bem contra a corrente do jogo, que o Boavista soube ser eficaz: Sequeira
ainda cortou o cruzamento de Elis, mas a bola sobrou para Sebastián Pérez nas
imediações da grande área e médio colombiano atirou para o 0x1, com um remate
que Matheus pareceu não ter visto começar.
A estratégia boavisteira dava frutos: mantinha-se a solidez
lá atrás, aproveitava-se um dos poucos momentos lá na frente e o Braga via-se
em posição adversa... até que, depois de Gaitán voltar a ameaçar, apareceu
Fransérgio. Os imprevisíveis movimentos ofensivos sem bola do médio-centro (que
acaba por não o ser) já tinham resultado em avisos, dessa vez Fransérgio
cabeceou mesmo de forma certeira a cruzamento de Gaitán e assim conseguiu levar
o Braga para o intervalo em igualdade no marcador, com tudo em aberto para os
segundos 45 minutos.
Dez panteras, mais uma vez
Em seis jogos, já contando com este, o Boavista apenas
terminou com onze jogadores em campo em dois. Desta vez seria Jackson Porozo
quem fez uma falta que resultou em segundo amarelo aos 54' e deixou os
boavisteiros de novo em desvantagem numérica com boa parte do segundo tempo por
jogar.
Jesualdo Ferreira tinha lançado Angel Gomes ao intervalo, procuraria dar mais algum perfume ao encontro da parte dos boavisteiros, mas este novo contexto tornava esse desejo bem mais difícil de concretizar. Um contra-ataque em que Elis ameaçou foi dos poucos momentos em que o Boavista se aproximou de Matheus no segundo tempo. Já o Braga intensificou a pressão ofensiva pelo jogo fora e se Léo Jardim já antes tinha tido de intervir... daí para a frente assumiu papel principal. O guardião brasileiro quase foi infeliz aos 61', a remate de Ricardo Horta, mas brilhou mais tarde quando Novais bateu um livre e quando Horta voltou a chutar à baliza, já dentro da grande área... só não conseguiu ser omnipresente e evitar que Sporar encostasse à boca depois de travar novo cabeceamento de Fransérgio. O golo da vantagem bracarense chegava numa altura em que o Boavista já não tinha muitos argumentos para evitar o desfecho e assim o Braga festejou um jogo em que, ao contrário de outros recentes, não só fez pela fortuna como foi recompensado por isso.
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