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domingo, 20 de março de 2022

Liga Bwin 2021-2022: 27ºJornada: aVARiado Mais Uma Vez e Sempre a Prejudicar o Mesmo

                                                                                                                                                                   BOAVISTA FC-0

FC PORTO-1

Liga Bwin 27ºJornada Época 2021-2022

20 de Março de 2022 - 20h45
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Artur Soares Dias(A.F.Porto)

GR:Rafael Bracalli(C) GR:Diogo Costa
DC:Javi Garcia(Nathan Santos 21') DD:João Mário(Stephen Eutáquio 90')
DC:Jackson Porozo DC:Chancel Mbemba
DC:Rodrigo Abascal DC:Pepe(C)
EE:Filipe Ferreira DE:Zaidu Sanusi
MC:Gaius Makouta MC:Otávio
MC:Sebástian Perez(Jeriel de Santos 81') MC:Vitinha(Marko Grújic 70')
MC:Gustavo Sauer MC:Matheus Uribe
ED:Reggie Cannon ED:Fábio Vieira(Wendell 90')
PL:Yusupha Nije(Kenji Gorré 57') PL:Evanilson(Toni Martinez 90')
PL:Petar Musa PL:Pepê(Wenderson Galeno 25')


Treinador:Petit   Treinador:Sérgio Conceição

Cartões Amarelos:Vítor Ferreira 14',Jackson Porozo 17',Javi Garcia 18' e Chancel Mbemba 57',

Golos:Fábio Vieira 32'.

Não vamos debitar versos de Rui Veloso. Podíamos falar de uma cidade, de uma rivalidade, de um orgulho tripeiro de quem marca presença neste jogo, em campo ou na bancada. Tudo forte, tudo intenso, tudo apaixonante. Mas é sobre futebol, superioridades e sustos, classificações intactas e bancos que fazem a diferença, mesmo antes do apito inicial, que se tratam estas próximas linhas. O FC Porto passou no Bessa, num jogo que teve adversidades iniciais e finais para o líder do campeonato, mas que foi resolvido lá pelo meio. Com muito Fábio Vieira. O português marcou, a passe de Evanilson, ganhou um penálti que o brasileiro desperdiçou e ainda o viu atirar uma bola ao poste. Já se percebeu quem foram os destaques do jogo e também assim se percebe que um foi mais decisivo do que outro na dupla do impreviso, mas que tem muito pouco de desconhecida.

Banco de rendimento precoce

Este foi um jogo onde os bancos tiveram de funcionar bem cedo. Javi García sentiu problemas a meio da primeira parte e deu vez a Nathan, numa altura em que Pepê já estava no chão depois de choque com adversário: também não recuperaria e foi Galeno para o campo. Estava fértil, sem dúvidas, mas a mais frutífera das mudanças tinha acontecido bem antes. Taremi acusou positivo à covid-19, Fábio Vieira foi recurso de emergência e rapidamente mostrou a Sérgio Conceição que continua a ser candidato ao onze. Num posicionamento de 4x3x3, em que muitas vezes foi o homem do meio e Evanilson o da direita, seria pela esquerda, qual demonstração de dinamismo, que o brasileiro furaria para dar ao português o golo da vantagem, após 32 minutos de ascendência comedida.

O FC Porto entrou melhor, teve logo grande oportunidade por Vitinha (ainda reflexos de Lyon?) e tomou conta do jogo, embora a uma velocidade pouco recomendada. Queriam ver de frente em que zonas o Boavista abria espaços, o que normalmente acontecia pela asa esquerda do dragão, só que a intensidade imprimida nem sempre era grande. Vitinha, Fábio Vieira e Otávio eram exceções, curiosamente nenhum deles no onze em França. Aliás, nada de «curiosamente», a explicação é clara: numa equipa desgastada fisicamente, com a grande sucessão de jogos, a viagem com percalços no regresso a Portugal, as contrariedades no começo do jogo, tudo isso era mais do que expectável. Deu para estar a ganhar, não deu para transmitir sensação de vitória na mão. Assim, podia estar reunido o contexto ideal para o Boavista. A equipa de Petit conseguia ter regra ao lançar os ataques, normalmente com bolas esticadas para Musa, impressionante a segurar e a dar para quem vinha a seguir - Sauer e Makouta melhor que os restantes. Porém, a capacidade de entrar na área portista era muito curta. No Bessa, já é quase uma inevitabilidade: as primeiras partes da equipa costumam ser mais fracas e a reação vem nas segundas. Petit já foi questionado pelo zerozero sobre isso, não soube responder, mas certamente soube escolher as palavras ao intervalo. O que não quer dizer que os atos lhes tenham correspondido... Sérgio Conceição também terá trabalhado a questão "perigo do resultado + perigo do desgaste" e ordenado uma subida de intensidade para resolver cedo. Podia ter acontecido, que Fábio Vieira ganhou um penálti a Abascal (ingénuo), só que aí já faltou Taremi... Evanilson até colocou bem, mas Bracali agigantou-se para manter a equipa viva no jogo na última meia hora. Mesmo assim, era um FC Porto superior, já que Sauer ia perdendo frescura e discernimento e não havia quem desfocasse a equipa dessa referência para o contra-ataque e lhe desse outra luz. Do banco veio Gorré, que até dispôs de grande oportunidade numa bola parada, embora estivesse em posição irregular.

Assalto sem efeito

Quando Vitinha saiu, ainda com 0x1 no marcador, a equipa deixou de mandar no jogo. O Boavista cresceu e, naturalmente, o encolher do relógio desinibiu a equipa de Petit. Tinha de ir à procura de melhor, e foi. Sauer baixou para trinco, Gorré deu-se mais ao jogo e, ao ritmo da chuva miudinha que se começava a sentir, pareceu tudo mais incerto.

Quando Vitinha saiu, ainda com 0x1 no marcador, a equipa deixou de mandar no jogo. O Boavista cresceu e, naturalmente, o encolher do relógio desinibiu a equipa de Petit. Tinha de ir à procura de melhor, e foi. Sauer baixou para trinco, Gorré deu-se mais ao jogo e, ao ritmo da chuva miudinha que se começava a sentir, pareceu tudo mais incerto.

Quando Musa atirou à trave (já depois de Evanilson chutar ao poste, num excelente contra-ataque de João Mário), parecia que tinha sido ali o grande momento axadrezado para pontuar. Não foi, houve mais, numa dupla oportunidade mesmo a acabar que foi negada por pernas aleatórias e mãos identificadas de Diogo Costa. Custou. Custou mais do que a certa altura se podia pensar. Mas deu. O FC Porto vai para abril com mais seis pontos. A liderança permanece intocável.

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