CD NACIONAL-0
Liga Betclic 12ºJornada Época 2024-2025
GR:Lucas França GR:César Dutra
DC:Ulisses Wilson DD:Pedro Gomes
DC:Zé Vítor DC:Filipe Ferreira
DC:Gustavo Garcia DC:Rodrigo Abascal(C)
EE:José Gomes DE:Bruno Onyemaechi
MC:Luís Esteves(C) MC:Miguel Reisinho
MC:Chiheb Laabidi(Daniel Penha INT) MC:Ibrahima Camará(Augusto Dabó 78')
MC:Matheus Dias(Djibril Soumaré INT) MC:Ilija Vukotic(Gonçalo Almeida 64')
ED:Rúben Macedo MC:Joel Silva
PL:Adrian Butze(Tiago Reis 78') PL:Robert Bozénik
PL:Luiz Teodora(Isaac Tomich 67') PL:Salvador Agra(Marco Ribeiro 92')
Treinador:Tiago Margarido Treinador:Cristiano Bacci
Cartões Amarelos:Matheus Dias 11',Pedro Gomes 19' e Joel Silva 47'.
Não
era o jogo mais promissor do fim de semana de Primeira Liga e é certo que não
durará muito tempo na memória dos adeptos que o testemunharam. O Nacional e o
Boavista, duas equipas em grande necessidade de pontos, batalharam durante
90 sem nunca conseguir marcar. Um ponto para cada lado, sendo que o dos
visitantes será ligeiramente mais saboroso. No regresso a casa, onde os
resultados têm sido bem melhores do que fora, a equipa de Tiago Margarido
tentou estabelecer-se desde o início como a força dominante em campo.
Conseguiu, em parte, fazê-lo, embora isso também tenha tornado o jogo numa
experiência mais frustrante. Depois de um par de sustos nos minutos inaugurais,
em que o Boavista pediu grandes penalidades ao árbitro em lances consecutivos,
o Nacional começou a segurar a bola e a gerir o jogo com muita tranquilidade.
Grande parte dessa posse foi de pouco risco, com os defesas centrais a serem os
mais envolvidos, mas houve uma série de lances promissores, dois dos mais
perigosos com o patrocínio de Butzke que ainda busca o primeiro golo pelo
clube. Para chegar ao ataque ia valendo a qualidade técnica de Luís Esteves e
também uma faixa esquerda em que Macedo estava claramente a sair por cima no
duelo individual com Pedro Gomes. Isso empurrava os visitantes cada vez mais
para trás, mas não invalidava que as suas únicas aventuras ofensivas fossem
algumas das mais perigosas no jogo. Aliás, o único remate enquadrado da
primeira parte foi dos visitantes, por Salvador Agra!
Avé
César
O que mudou na segunda parte do jogo não foi o resultado - esse manteve-se até ao fim da forma que começou -, mas sim a proximidade do golo. Se na primeira parte o problema dos insulares foi que não conseguiram sequer acertar na baliza, então na segunda foi a dificuldade em superar o homem encarregue de a defender. Macedo continuou a trabalhar intensamente pela esquerda, Butzke continuou a acreditar num golo que teima em não chegar e o lateral Gustavo García, pela direita, conseguiu mais do que uma vez criar lances flagrantes na área. Se não houve golo, foi porque César, dono da baliza axadrezada, cresceu até chegar a uma das suas melhores exibições no futebol português. Oito defesas, todas elas no segundo tempo! Em vários momentos o Boavista pareceu determinado em segurar o ponto em vez de buscar mais dois, embora em certos momentos a qualidade individual de elementos como Onyemaechi e Miguel Reisinho fosse suficiente para motivar os homens de Bacci a ir um pouco mais longe no campo. Sem sucesso, é certo. Entre momentos de desespero e outros de total indiferença, o relógio avançou e levou até ao fim uma tarde que, para todos os efeitos, não fugiu à banalidade. Nacional e Boavista, equipas que não jogavam há 20 e 21 dias, respetivamente, voltaram a não conseguir vencer.
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