Atendendo a uma notícia de ontem de um tablóide nacional, que poderá,
por via dos seus títulos sensacionalistas, provocar falsas interpretações
por parte da opinião pública, no que aliás é sucessivamente reincidente
no que respeita ao Boavista Futebol Clube, vimos informar o seguinte:
1. O Estado e a Segurança Social deram efectivamente voto favorável
ao PER do Boavista FC, mas não perdoaram qualquer valor de capital
dos débitos do clube respectivos, cujo montante deverá, nos termos
da legislação em vigor, aplicável a todos os contribuintes, ser paga em
150 prestações mensais.
2. Como tal, não teve o Boavista FC qualquer tratamento mais favorável
que qualquer outro contribuinte em situação idêntica, tendo havido uma
mera e simples aplicação da Lei em vigor.
3. Quanto ao credor Parvalorem, teve exactamente o mesmo tratamento,
no Plano de Recuperação aprovado, que os restantes credores
instituições financeiras ou hipotecários.
4. Como tal, não foi nem beneficiado nem prejudicado face aos demais
credores nas mesmas condições.
5. Assim, não houve qualquer tratamento de privilégio relativamente ao
Boavista FC por parte do credor Parvalorem.
6. Quanto ao PER em geral, reitera o Boavista FC que o mesmo foi
aprovado por mais de 93% dos votos favoráveis dos credores, sendo
que a esmagadora maioria corresponde a credores privados, tudo
sob superintendência da Administradora Judicial e Tribunal respectivo,
o que naturalmente atesta a sua credibilidade.
7. Reitera ainda o Boavista FC que, de um passivo total reclamado e
reconhecido de cerca de 65 milhões de Euros, o valor total final do
passivo após a aprovação do Plano de Recuperação (que obriga a
medidas exigentes e a um grande rigor e disciplina na gestão do clube)
passou para cerca de 32 milhões de Euros.
8. Tal nova situação, fruto de um exigente e dedicado trabalho desta
Direcção, confere um horizonte mais positivo e justo para a efectiva
recuperação futura de uma instituição com 110 anos de dedicação
ao Desporto Nacional e com sólida e significativa base social de apoio,
que não poderá nem deverá jamais ser discriminada, como aconteceu
num passado recente.
A Direcção do Boavista Futebol Clube
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