JOSÉ MANUEL RIBEIRO
Publicado ontem às 18:30, por José Manuel Ribeiro
Regressa seis anos depois, mas provavelmente o futebol profissional já perdeu o que tinha a perder
Na última década e meia, o nosso futebol desafiou a lei das probabilidades várias vezes, para não dizer que a mandou abertamente àquela parte. Foram as Bolas de Ouro, por dois jogadores diferentes; foi a Liga dos Campeões do FC Porto; foi José Mourinho; foram os rankings da FIFA e da UEFA; foram as taças e as muitas finais europeias. Calcule-se o que qualquer um de nós diria, no virar do século, se nos informassem de que um português passearia a coroa de melhor árbitro do mundo. Provavelmente, algo parecido com o que diríamos agora se nos sugerissem que voltará a acontecer.
Mas há impossibilidades ainda mais impossíveis do que estas, e uma delas é a de um clube pequeno ou médio conseguir, não só, meter o nariz na vida dos grandes como ainda criar reputação internacional e - o mais impossível de tudo - mantê-la durante várias épocas. O Boavista FC foi terreno ganho pelo futebol profissional. Durante muito tempo significou um campeonato melhor e mais valioso, porque acrescentava meia dúzia de jogos que as pessoas queriam ver sem ser necessário apontar-lhes uma pistola à cabeça. E também formava alguns dos melhores jogadores nacionais (Petit, Raul Meireles, Pedro Emanuel, Bosingwa), convencia bons patrocinadores e ganhava. Entretanto, reproduziu-se o milagre com o Braga, mas o saldo é zero: um quarto grande já Portugal teve; progresso seria chegar ao quinto. O problema é que, mesmo neste reino dos impossíveis, voltarmos a ver algo parecido com o antigo Boavista talvez seja mais difícil do que haver um terceiro Bola de Ouro português.
Mas há impossibilidades ainda mais impossíveis do que estas, e uma delas é a de um clube pequeno ou médio conseguir, não só, meter o nariz na vida dos grandes como ainda criar reputação internacional e - o mais impossível de tudo - mantê-la durante várias épocas. O Boavista FC foi terreno ganho pelo futebol profissional. Durante muito tempo significou um campeonato melhor e mais valioso, porque acrescentava meia dúzia de jogos que as pessoas queriam ver sem ser necessário apontar-lhes uma pistola à cabeça. E também formava alguns dos melhores jogadores nacionais (Petit, Raul Meireles, Pedro Emanuel, Bosingwa), convencia bons patrocinadores e ganhava. Entretanto, reproduziu-se o milagre com o Braga, mas o saldo é zero: um quarto grande já Portugal teve; progresso seria chegar ao quinto. O problema é que, mesmo neste reino dos impossíveis, voltarmos a ver algo parecido com o antigo Boavista talvez seja mais difícil do que haver um terceiro Bola de Ouro português.
Sem comentários:
Enviar um comentário