O
Boavista juntou-se ao Paços de Ferreira na final do 1º Torneio Capital do Móvel
em futebol, ao derrotar o Vitória de Setúbal nas grandes penalidades por 4-1,
num jogo disputado em Freamunde.
O
grego Pelkas, que já tinha desperdiçado o melhor lance de golo de todo o jogo,
aos 75 minutos, com um remate por cima, e Ney, ao acertar no poste, abriram
caminho nos decisivos pontapés à vitória do Boavista, uma equipa aguerrida, que
nunca vira a cara à luta, mas que pareceu uns furos abaixo dos sadinos, sempre
mais objetivos e diretos no ataque.
O
guarda-redes Mika, o central Lucas Rocha, os médios Tengarrinha e Diego Lima e
o extremo Brito foram as novidades no onze inicial do Boavista, enquanto, no
Vitória de Setúbal, o guarda-redes Lukas Raeder, o médio João Schmidt e o ala
Junior Ponce foram os reforços chamados pelo técnico Domingos Paciência à
equipa inicial.
As
duas equipas proporcionaram uma partida emotiva, disputada, por vezes, nos
limites, mas longe das duas balizas, com raras exceções, a mais flagrante
protagonizada pelo grego Pelkas, aos 77 minutos, que, após combinar com um
colega, surgiu frente a Mika, mas rematou ao lado.
Nas
grandes penalidades, os jogadores do Boavista foram mais serenos e aproveitaram
os erros contrários para garantirem um lugar na final de sábado, às 21:00,
diante do Paços de Ferreira, que venceu o Braga por 3-1. O jogo para o terceiro
e quartos classificados (envolvendo Braga e Vitória de Setúbal) realiza-se às
17:00.
Jogo
no Estádio do SC Freamunde, em Freamunde.
Boavista
- Vitória de Setúbal, 0-0 (4-1 no desempate por grandes penalidades).
Marcadores
das grandes penalidades:
1-0,
Bobô.
1-0,
Pelkas (por cima).
2-0,
Julien Montenegro.
2-0,
Ney (ao poste direito).
3-0,
Carlos Santos.
3-1,
Yann.
4-1,
Ancelmo Junior
Equipas:
-
Vitória de Setúbal: Lukas Raeder, Pedro Queirós, Frederico Venâncio, Miguel
Lourenço, Kiko, Dani, Paulo Tavares, João Schmidt, Junior Ponce, Miguel Pedro e
Zequinha.
Jogaram
ainda: Yann, François, Tiago Terroso, Ney, Ericson, Jordão Diogo, Forbs e
Marcos Vinicius, Diogo Rosado e Pelkas.
-
Boavista: Mika, Pedro Costa, Lucas Rocha, Carlos Santos, Afonso Figueiredo,
Tengarrinha, Diego Lima, Miguel Cid, Zé Manuel, Brito e Bobô.
Jogaram
ainda: Carraça e Julien Montenegro.
Árbitro:
Sérgio Ferreira (Porto).
Ação
disciplinar: nada a registar.
Jogo
razoável e, acima de tudo, bom teste à equipa. Petit decidiu fazer do amigável
um jogo mais a sério, somente três substituições, equipa intensa dentro do
campo, optando por colocar (provavelmente) um onze diferente no desafio de
hoje. Jogamos com mais de metade da equipa com jogadores que na temporada
passada jogavam no terceiro escalão, contra uma equipa (e treinador) com
rodagem de primeira liga. Não ganhamos, não deslumbramos, mas também não
perdemos nem estivemos demasiado por baixo. Mostramos evolução, como é
necessário.
Entramos
melhor que o adversário, dominámos bem o meio campo, controlamos na maior parte
do tempo o espaço defensivo. Últimos quinze da primeira parte e primeiro quarto
de hora da segunda, sentimos dificuldades em saír a jogar e sacudir a pressão
imposta pelo adversário, não conseguindo evitar o recuo excessivo. Ainda assim,
nota para os últimos quinze minutos do desafio, momento em que fomos de novo
superiores, apesar de mais desgastados fisicamente.
No
global, estivemos bem defensivamente, tanto no setor defensivo como no
intermediário; pressionantes, intensos na luta pela bola e a fechar bem os
espaços. Sentimos dificuldades em ligar o meio campo com o ataque, demasiado
jogo direto dos laterais (mesmo dos centrais, muito embora a boa capacidade de
Carlos Santos no jogo direto), poucas movimentações e procura de linhas de
passe, fraca imaginação na hora de construir lances ofensivos. Tradução: zero
oportunidades de golo em noventa minutos. É certo que tivemos um oponente
demasiado faltoso no seu último terço, o que nos impediu de prosseguir algumas
jogadas, mas, ainda assim, ponto negativo.
Individualmente,
começando pelos que nos acompanham da época passada:
Afonso muito certinho na defesa, sempre bem posicionado e concentrado, eficaz no desarme. Leu bem quando foi preciso fechar no meio, também quando era possível saír a jogar (mesmo nas poucas vezes que o conseguiu).
Carlos Santos revelou lentidão, assim como bom posicionamento e prático a limpar a zona central. Habitual, tudo menos surpreendente.
Pedro Costa foi um dos que sentiu mais dificuldades em tapar a sua lateral. Umas vezes ultrapassado, em demasiadas situações obrigado a recorrer à falta. Aliás, a entrevista a meio da semana de Petit elucida bem o principal motivo e vantagem da sua permanência.
Cid, à sua imagem. Lutador, ajudou no meio campo defensivo, com dificuldades a dar a melhor sequência à bola. Muitas dificuldades.
Carraça entrou para defesa direito, prova da enorme carência nessa posição. Não esteve mal, fechou bem e pouco se aventurou a ajudar no ataque o ala do seu lado.
Bobô como o conhecemos. Um lance nunca está perdido para ele, é o primeiro a pressionar (sempre!) o defesa que tenta saír a jogar, ganha imensas bolas pelo ar vindas da retaguarda, ainda arrancou algumas faltas úteis para a equipa (e outras tantas não assinaladas). É óbvio que é uma posição que precisamos urgentemente de reforçar, mas o brasileiro não é carta fora do baralho - como muitos acreditavam - e pode revelar-se um jogador útil.
Zé Manuel em bom plano, mesmo sem deslumbrar. Também ele aguerrido, foi útil a ajudar o lateral do seu lado e mesmo no miolo, nas vezes em que Diego não o fazia.
Afonso muito certinho na defesa, sempre bem posicionado e concentrado, eficaz no desarme. Leu bem quando foi preciso fechar no meio, também quando era possível saír a jogar (mesmo nas poucas vezes que o conseguiu).
Carlos Santos revelou lentidão, assim como bom posicionamento e prático a limpar a zona central. Habitual, tudo menos surpreendente.
Pedro Costa foi um dos que sentiu mais dificuldades em tapar a sua lateral. Umas vezes ultrapassado, em demasiadas situações obrigado a recorrer à falta. Aliás, a entrevista a meio da semana de Petit elucida bem o principal motivo e vantagem da sua permanência.
Cid, à sua imagem. Lutador, ajudou no meio campo defensivo, com dificuldades a dar a melhor sequência à bola. Muitas dificuldades.
Carraça entrou para defesa direito, prova da enorme carência nessa posição. Não esteve mal, fechou bem e pouco se aventurou a ajudar no ataque o ala do seu lado.
Bobô como o conhecemos. Um lance nunca está perdido para ele, é o primeiro a pressionar (sempre!) o defesa que tenta saír a jogar, ganha imensas bolas pelo ar vindas da retaguarda, ainda arrancou algumas faltas úteis para a equipa (e outras tantas não assinaladas). É óbvio que é uma posição que precisamos urgentemente de reforçar, mas o brasileiro não é carta fora do baralho - como muitos acreditavam - e pode revelar-se um jogador útil.
Zé Manuel em bom plano, mesmo sem deslumbrar. Também ele aguerrido, foi útil a ajudar o lateral do seu lado e mesmo no miolo, nas vezes em que Diego não o fazia.
Dos
reforços:
Mika, revelou segurança entre os postes nos poucos remates em que foi posto à prova. Fora deles, resolveu a soco algumas situações, noutras nem assim o conseguiu.
Lucas mostrou qualidades. Rápido na cobertura, forte no jogo aéreo, resolve simples quando assim é preciso. Pode e deve melhorar, mas acredito que o consiga. Veremos daqui para a frente.
Diego Lima foi o nosso organizador de jogo ofensivo, mostrou mais uma vez bons pés e boa visão de jogo, apesar de alguma lentidão de processos. Esteve razoável na primeira metade, desapareceu na segunda. Sem bola, foi raro o momento em que contribuiu.
Brito foi agradável, não sendo mais provavelmente por excesso de faltas dos adversários. É rápido e de boa técnica e parece-me bem nas decisões que toma.
Tengarrinha, o melhor em campo. Surpreendeu-me, sou sincero. Bem a defender, bom posicionamento, rápido na cobertura e até a saír a jogar.
Mika, revelou segurança entre os postes nos poucos remates em que foi posto à prova. Fora deles, resolveu a soco algumas situações, noutras nem assim o conseguiu.
Lucas mostrou qualidades. Rápido na cobertura, forte no jogo aéreo, resolve simples quando assim é preciso. Pode e deve melhorar, mas acredito que o consiga. Veremos daqui para a frente.
Diego Lima foi o nosso organizador de jogo ofensivo, mostrou mais uma vez bons pés e boa visão de jogo, apesar de alguma lentidão de processos. Esteve razoável na primeira metade, desapareceu na segunda. Sem bola, foi raro o momento em que contribuiu.
Brito foi agradável, não sendo mais provavelmente por excesso de faltas dos adversários. É rápido e de boa técnica e parece-me bem nas decisões que toma.
Tengarrinha, o melhor em campo. Surpreendeu-me, sou sincero. Bem a defender, bom posicionamento, rápido na cobertura e até a saír a jogar.
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