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domingo, 8 de novembro de 2015

Derrota Natural

SL BENFICA-2 BOAVISTA FC - 0
Liga Nós 10ºJornada
 8 De Novembro de 2015 - 16h00m
 Estádio da Luz em Lisboa
Árbitro :Bruno Esteves(A.F.Lisboa)
GR:Júlio Cesar GR: Mika
DD:Sílvio  DD:Tiago Mesquita
 DC:Jardel    DC:Nuno Henrique
DC:Luisão DC:Paulo Vinicius
DE:Eliseu  DE:Afonso Figueiredo(Renato Santos 56')
MC:Samaris     MC:Idrís Mandiang
MC:Talisca  MC:Bernardo Tengarrinha
MC:Gaitán(Renato Sanches 94') MC:Anderson Carvalho(Bukia 77')
ED:Gonçalo Guedes EE:Anderson Correia
EE:Jonas(Carcela 81')  ED:Luisinho
PL:Raúl Jimenez(Mitroglou 55')  PL:Michael Uchebo(José Manuel 73')
.
Treinador:Rui Vitória            Treinador: Petit


Cartões Amarelos:Afonso Figueiredo 53',Anderson Carvalho 73',Idrís Mandiang 78' e 93' e Samaris 85'.

Cartões Vermelhos:Idris Mandiang 93'.

Golos: Gonçalo Guedes 38' e Carcela 89'.







É uma vitória com sabor a iogurte natural magro. Merecida, mas sem sabor. Sem açucar. Que permite saciar a fome mas que não entusiasma. 
  
O Benfica marcou dois golos e acertou três vezes nos ferros (uma delas no lance do segundo golo), mas ainda assim o caudal ofensivo foi claramente curto para o domínio territorial que teve. É que o jogo esteve quase sempre limitado ao meio-campo defensivo do Boavista, mas a equipa de Rui Vitória revelou os problemas do costume: dificuldades no jogo interior e escasso aproveitamento do abundante jogo exterior. 
  
Com Jonas perdido no meio da muralha boavisteira, o Benfica viveu sobretudo de alguns ragos de Gaitán e Guedes, que fabricaram o primeiro golo do encontro. E recuperando a metáfora dos iogurtes, utilizada por Rui Vitória a propósito de Raúl Jiménez, refira-se que o mexicano voltou a mostrar-se muito trapalhão, ainda que os erros de Talisca tenham provocado idêntica irritação nas bancadas 
  
Focado principalmente na coesão defensiva, Petit montou um 4x5x1 que nunca conseguiu esticar o jogo até ao ataque. O primeiro remate do Boavista surgiu apenas no início da segunda parte, por Afonso Figueiredo, e completamente desenquadrado da baliza de Júlio César. No final do jogo a equipa axadrezada tinha feito apenas quatro remates. 
  
Mas a verdade é que o Benfica também «só» fez doze. Um valor que corresponde ao triplo, é certo, mas ainda assim curto para o tempo passado no meio-campo contrário. A muralha defensiva do Boavista condicionou muito o ataque encarnado. 
  
Até ao minuto 38 o Benfica só tinha feito três remates, e nenhum deles incomodou Mika (dois foram à figura do guarda-redes e outro, de livre direto, nem passou da barreira). Valeu então o tento de Guedes, a passe de Gaitán, para tranquilizar a Luz. 
  
Ferro em dose tripla 
  
Esperava-se então que o Benfica se apresentasse na etapa complementar com outra tranquilidade e segurança, mas o nível exibicional pouco melhorou. Ainda que Jonas tenha atirado ao poste logo ao minuto 62, praticamente na única vez em que se soltou. 
  
Os ferros da baliza de Mika voltaram a tremer ao minuto 79, num livre direto de Talisca que ainda desviou num elemento da barreira. 
  
Por esta altura o Boavista lá esboçava algumas tentativas para chegar à baliza de Júlio César, mas o lance de maior perigo é um mau domínio de bola do suplente Zé Manel (73m), que aparece solto na área em posição aparentemente irregular (o árbitro assistente terá entendido que o toque de cabeça é de Samaris, mas não terá sido). 
  
A um minuto do fim o Benfica lá acertou nos ferros pela terceira vez, mas na sequência surgiu o golo da tranquilidade, apontado por Carcela. Fica a dúvida se não existe falta no momento do cabeceamento de Jardel à trave, mas as contas do jogo ficaram arrumadas aí. 

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