Taça de Portugal Oitavos de Final
17 de Dezembro de 2015 - 18h30m
Estádio do Bessa Século XXI
Árbiro:Rui Costa(A.F.Porto)
GR:Gideão Castro GR :Lee Oliveira
DD:Hackmann DD:Aderlan Silva
DC:Nuno Henrique DC:João Real
DC:Paulo Vinicius DC:Iago Santos
DE:Anderson Correia DE:Emídio Rafael
MC:Anderson Carvalho(Renato Santos 79') MC:Nuno Piloto
MC:Bernardo Tengarrinha MC:Rui Pedro
MC:Idrís Mandiang MC:Leandro Silva
MC:Ancelmo Júnior(Bukia 63') ED:Marinho(Nii Plange 60')
EE:Uche Nwofor(José Manuel 85') EE:Hugo Seco(Ivanildo 60')(Rabiola 83')
PL:Douglas Abner PL:Rafael Lopes
Treinador:Erwin Sanchez Treinador:Filipe Gouveia
Cartões
Amarelos:Idrís Mandiang 42',Aderlan Silva 84' e Gideão Castro 94'.
Golos:Renato Santos 86'.
Não é o Boavistão como nos tempos de Erwin Sánchez como jogador, mas com o boliviano no banco por momentos esta equipa axadrezada parece um patamar acima da equipa de Petit.
Sánchez regressou ao Bessa e, depois de empatar o primeiro jogo para Liga (frente ao Estoril), na segunda partida em que orienta o Boavista já conseguiu o feito de apurar a equipa para os quartos-de-final, algo que já não acontecia desde a época 2006/07.
Numa partida entre dois históricos do futebol nacional, que entre si já levantaram sete Taças de Portugal (cinco dos axadrezados contra dois da equipa de Coimbra), a Académica acabou por ter menos controlo de bola do que a equipa da casa e teve oportunidades de golo sobretudo na primeira parte.
Por falar em história, a Briosa não vence no Bessa desde 1977, na única edição da fase de grupos da Taça FPF, o que não é apenas um pormenor.
Vamos ao jogo... E há sobretudo que destacar que o técnico dos estudantes Filipe Gouveia fez oito alterações em relação à vitória frente ao Belenenses (4-3) para a Liga, na última segunda-feira.
FICHA E FILME DO JOGO
Sánchez mexeu apenas porque tinha de mexer: trocou Hackman pelo castigado Inkoom no lado direito da defesa e a equipa voltou a jogar um futebol mais apoiado e a ocupar melhor os espaços. Com Sánchez no comando, este Boavista continua pressionante, mas parece ter deixado de ter medo de ter bola e já não é apenas uma equipa de contenção e contra-ataque.
Ancelmo entrou bem na equipa como vértice mais adiantado no meio-campo de um sistema que mudou de 4-3-3 para um 4-4-2 losango, no apoio à dupla Abner-Uche.
Foram do médio brasileiro as duas melhores oportunidades axadrezadas na primeira parte: um remate de primeira, bem servido por Tengarrinha, com a bola a sair às malhas laterais (32’), e outro colocado, de fora da área, que levou a bola a embater na barra (44’).
A Académica repartiu as oportunidades de golo antes do intervalo. Rafael Lopes assumir as despesas do ataque: isolou Hugo Seco, que rematou à figura de Gideão, na primeira grande oportunidade de golo, aos 20’, e aos 37’ voltou a aparecer; dominou, fez o túnel a Henrique e colocou a bola sobre o guarda-redes Gideão, obrigando o lateral Hackman a ser pronto-socorro para evitar o primeiro golo.
No segundo tempo, o Boavista entrou com tudo.
Depois de se estrear a marcar um golão no último jogo da Liga, frente ao Estoril, Uche ia hoje marcando outro de levantar o estádio: encheu de novo o pé e mandou a bola à barra e a bater no relvado, sem contudo ficar perto de ultrapassar a linha de golo.
Daí em diante, o jogo adormeceu e parecia arrastar-se para prolongamento. O Boavista dominava mais, a Académica respondia, sobretudo pela meia distância de Leandro Silva, mas faltava acutilância ofensiva.
Foi aí que Sánchez, que ao segundo jogo no comando já parece o grande mestre no xadrez, foi ao banco para sacar a sua cartada. Dali saíram dois trunfos: Zé Manuel e Renato Santos.
E foi com estas duas peças que se fez o xeque-mate que valeu a eliminatória. Zé Manuel segurou a bola e descobriu Renato, que entrou na área, até hesitou no passe para Abner, mas, na cara de Lee, rematou cruzado para o fundo das redes.
Sánchez ainda agora chegou e já conseguiu um feito no Bessa. No banco como em campo... Ele nunca deixou de ser ídolo por estas bandas.
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