Liga Nós 26ºJornada
17 de Março de 2017 - 20h30M
Estádio António Coimbra da Mota no Estoril
Estádio António Coimbra da Mota no Estoril
Árbitro :Nuno Almeida(A.F.Algarve)
GR:José Moreira GR:Vágner da Silva
GR:José Moreira GR:Vágner da Silva
DD:Mano DD:Edú Machado
DC:João Afonso DC:Phillipe Sampaio
DC:Dankler Pereira DC:Lucas Tagliapietra
DE:Ailton Silva DE:João Talocha
MC:Diogo Amado MC:Idrís Mandiang
MC:Eduardo Teixeira MC:Fábio Espinho(Emin Makmoudov 81')
MC:Carlinhos(Dmytro Yartchuk 90') MC:Anderson Carvalho(Carraça 89')
ED:Matheus Índio(Bruno Gomes 88') ED:Iuri Medeiros
ED:Matheus Índio(Bruno Gomes 88') ED:Iuri Medeiros
EE:Allano Lima(Gustavo Tocantinis 70') EE:Renato Santos(Rochinha 68')
PL:Kléber PL:Iván Bulos
.
Treinador:Pedro Emanuel Treinador:Miguel Leal
Cartões Amarelos:Anderson Carvalho 64'.
A 26ª jornada da Liga arrancou sem golos, com os canários do Estoril a
contornar as leis do mais forte do reino animal e a amansar a pantera negra que
na ronda anterior tinha exibido garras bem afiadas diante do Marítimo. Num jogo
bem disputado, faltou apenas um golo para uma estreia perfeita de Pedro Emanuel
em casa.
Estreia em casa de Pedro Emanuel, com um bom apoio das bancadas, mas com
um onze desfalcado, uma vez que Gonçalo Brandão e Licá não recuperaram das
mazelas que sofreram em Guimarães e ficaram mesmo de fora das opções. O novo
treinador recompôs o eixo defensivo com Dankler e João Afonso e destacou um
trio composto por Mattheus Indio, Carlinhos e Allano no apoio direto a Kléber,
ficando Diogo Amado e Eduardo, mais recuados, encarregues de estabelecer
rápidas ligações com os homens da frente.
Miguel Leal, por seu lado, repetiu o onze que há uma semana surpreendeu
o Marítimo no Bessa, voltando a apostar na velocidade de Iuri Medeiros e Renato
Santos sobre as alas para provocar desequilíbrios. O Estoril subia no relvado
em bloco, procurando fixar o jogo no meio-campo contrário, com a equipa bem
junta, a evoluir com passes curtos, com passes entre linhas, procurando
desequilíbrios. Uma ideia de jogo bem distinta da dos «axadrezados» que
exageravam no pontapé longo que, com a equipa demasiado recuada, raramente
sortia efeito, com a defesa amarela a resolver com tranquilidade.
Uma primeira parte disputada a um ritmo lento, com marcações cerradas,
muitas faltas e pouco futebol. O Estoril conseguiu de facto jogar mais tempo no
campo do Boavista, mas depois não tinha espaços para visar a baliza de Vagner.
O Boavista, apesar de ter menos bola, conseguiu criar mais perigo, com destaque
para uma «bomba» de Anderson Carvalho que obrigou Moreira a defender com os punhos
e para um remate de Renato Santos que tabelou nas pernas de Philipe Sampaio e
ainda foi ao ferro. Muito pouco para os primeiros 45 minutos.
A segunda parte não trouxe muitas novidades, com o Estoril novamente a
procurar instalar-se no meio-campo «axadrezado», mas agora com ordem para
rematar, como ficou bem patente nas tentativas de Kléber, Mano e Allano. O
Boavista também continuou a insistir nas transições rápidas, mas sem conseguir
importunar o último reduto amarelo que conseguia, depois, mais profundidade,
agora com Allano mais em jogo, a dar finalmente vida à ala direita dos
canarinhos. Na sequência de um canto, o avançado carioca, com um desvio subtil,
esteve perto de abrir o marcador, tal como Eduardo, na marcação de um livre de
muito longe que levou a bola a passar perto da trave.
Só depois da uma hora de jogo é que começou a dança dos bancos, com
Miguel Leal a lançar Rochinha e Pedro Emanuel a responder com Gustavo
Tocantins. O Estoril, embalado pelo incessante apoio dos seus adeptos, crescia definitivamente
no jogo, com Gustavo a entrar muito bem. Multiplicaram-se as oportunidades na
área de Vagner, com um Kléber muito perdulário, diante de um Boavista com cada
vez menos capacidade de resposta.
O jogo ficou mais partido nos instantes finais e o golo podia ter caído
para qualquer um dos lados, mas mesmo nesta fração do jogo, o Estoril continuou
mais forte, com destaque para uma perdida incrível de Gustavo Tocantins. Falou
apenas um golo para fechar esta crónica com lógica, mas, como se sabe, a lógica
nem sempre acompanha o futebol e o Boavista pode dar-se por feliz por levar um
ponto para casa.
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