Liga Nós Época 2017-2018 17ºJornada
9 de Janeiro de 2018 - 21h
Estádio do Restelo em Lisboa
Árbitro :Gonçalo Martins(A.F.Vila Real)
Estádio do Restelo em Lisboa
Árbitro :Gonçalo Martins(A.F.Vila Real)
GR:Filipe Mendes GR:Vágner da Silva
DD:André Geraldes DD:Carraça
DC:Nuno Tomás DC:Stéphane Sparagna
DC:Gonçalo Silva DC:Raphael Rossi
DE:Florent Hanin DE:João Talocha
MC:Hassan Yebda MC:Rochinha(Ayem Tahar 39')
MC:André Sousa MC.David Simão
MC:Diogo Viana(Vincent Sasso 75’) MC:Fábio Espinho(Rui Pedro 72’)
MC:Benny(Marko Bakic 68’) ED:Kuca
MC:Benny(Marko Bakic 68’) ED:Kuca
PL:Fredy(Bruno Pereira 61’) EE:Vítor Bruno(Mateus 57’)
PL:Maurides PL:Leonardo Ruiz
Treinador:Domingos Paciência Treinador:Jorge Simão
Cartões Amarelos:Stéphane Sparagna 20',Leonardo Ruiz 33',João Talocha 49’Hassan Yebda 91’.
Golos:Benny 15' e Mateus 90’.
Golos:Benny 15' e Mateus 90’.
O Belenenses
esteve muito perto de quebrar o jejum de vitórias em cima do fecho da primeira
volta, mas acabou por ceder mais um empate diante do Boavista ao consentir um
golo em tempo de compensação. Um castigo tardio para a equipa de Domingos
Paciência que procurou defender a curta vantagem demasiado cedo. Prémio justo
para os «axadrezados», que nunca baixaram os braços e acabaram por somar um
ponto determinante, que lhes permite fechar a primeira parte do campeonato na
primeira metade da classificação.
Um jogo
feito de equilíbrios em que o Belenenses conseguiu colocar-se em vantagem numa
transição rápida, uma das poucas que conseguiu ao longo do jogo, para depois
fechar-se, com uma grande capacidade de sofrimento, a fim de suster a reação do
adversário. Um esforço que se desmoronou com estrondo nos últimos instantes da
partida, mas já lá vamos.
Já com o
regressado Bakic à disposição, Domingos Paciência manteve a confiança em Benny
no apoio direto a Maurides no ataque, que contou ainda com Fredy e Diogo Viana,
mais abertos sobre as alas. O Boavista, por seu lado, apresentou-se num
clássico 4x3x3, com Kuca e Leonardo Ruiz no apoio direto a Rochinha. Um jogo
que começou com um ritmo baixo, com as duas equipas a estudarem-se, sem
arriscar muito, atacando com poucos e defendendo com muitos.
Um
equilíbrio com muita luta no miolo, mas sem ninguém a conseguir a profundidade
necessária para visar a baliza contrária. A primeira vez que o Belenenses
ensaiou uma transição rápida, deu golo. Passe longo de Yebda, com a bola a cair
sobre a esquerda onde surgiu em grande velocidade Florent. Vágner e David Simão
saíram ao encontro do lateral francês que cruzou atrasado para Benny que, na
zona central, atirou para as redes vazias. Um golo que, como se viria a
constatar, valeria ouro para os azuis.
O Boavista
reagiu bem, reclamando a posse de bola, sem conseguir acelerar muito o jogo,
mas obrigando o Belenenses a recuar para o seu meio-campo. Um recuo em demasia
que colocou a baliza de Filipe Mendes em perigo, com o Boavista, neste período,
a circular bem a bola à procura de um erro para chegar ao empate. Os «azuis»
bem tentavam aliviar a pressão, mas sentiam tremendas dificuldades para sair a
jogar com a bola controlada, com os «axadrezados» a fecharem bem todos os
caminhos, com uma pressão alta que colocava muitos problemas à equipa de
Domingos Paciência.
Os
portuenses fixaram o cerco à área da equipa do Restelo e Rochinha esteve muito
perto de empatar, num lance em que passou por entre dois defesas e rematou para
boa defesa de Filipe Mendes. O Belenenses só conseguiu escapar por mais duas
vezes, com mais uma arrancada impressionante de Florent, a culminar com uma
bomba que deixo Vágner com as luvas a ferver. Já perto do intervalo, Benny
voltou a rematar, mas Talocha não deixou a bola chegar à baliza. O Boavista
também criou perigo em dois lances de bola parada, mas também não conseguiu
tirar mais rendimento da elevada posse de bola que chegou a usufruir.
No início da
segunda parte ficou ainda mais evidente que a prioridade do Belenenses era
segurar a vantagem. Primeiro destruir e anular as investidas do Boavista, só
depois pensar em construir qualquer coisa. O Boavista por seu lado, sentiu
muitas dificuldades para encontrar espaços para fazer fluir o seu futebol.
Jorge Simão bem tentou oferecer dinâmica à equipa, com constantes mudanças,
fazendo subir Fábio Espinho numa primeira fase, para depois lançar Mateus para
o flanco esquerdo, passando a jogar em 4x4x2, com Kuca no lado contrário.
Último
fôlego axadrezado silencia Restelo
Foi um
início de segunda parte feio, com muita luta, mas escassas oportunidades de
golo que só surgiram nos instantes finais. A «parede» azul resistiu bem à
primeira onda de ataque dos «axadrezados» e até foi conseguindo empurrar o
adversário para mais longe da baliza de Filipe Mendes, subindo em bloco, mas
sem nunca perder a consistência. O Boavista foi-se desgastando numa missão
infrutífera, apesar dos intensos esforços de Fábio Espinho para estabelecer
ligações na frente. O médio acabou por sair esgotado para a entrada de Rui
Pedro.
O Boavista
ainda conseguiu um último fôlego para uma nova onda de ataques nos quinze
minutos finais. Carraça, com uma bomba de meia distância, deu o mote para o
último assalto. Kuca, com um remate cruzado, fez levantar as bancadas, mas a
bola passou caprichosamente ao lado. Depois foi a vez de Rui Pedro tentar a sua
sorte, mas Nuno Tomás desviou in extremis, de cabeça, com a bola a beijar a
trave e a voltar para o terreno de jogo. A sorte parecia estar definitivamente
do lado do Belenenses, que se convenceu disso mesmo e baixou a guarda. O
Boavista não perdoou e chegou mesmo ao golo que já se adivinhava há largos
minutos. Canto de Carraça, a bola é cortada pela defesa e sobra para a entrada
da área. Rui Pedro, sem deixar cair, disparou com estrondo ao poste e, na
recarga, Mateus, que parece estar em posição irregular, atirou a contar. Ironia
das ironias, a justiça tardia saiu dos pés de um jogador que já foi «caso» para
o Belenenses, ainda por cima em fora de jogo.
Balde de
água fria no Restelo e grande festa dos «axadrezados» em mais um episódio
emocionante entre dois emblemas que, há uns anos, reclamavam o estatuto de
quarto grande.
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