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sábado, 17 de março de 2018

Grande Jogo até Tremeram

FC PORTO-2 BOAVISTA FC-0
Liga Nós Época 2017-2018 27ºJornada
17 de Março de 2018 - 20h30
Estádio Do Dragão
 Árbitro :Manuel Oliveira(A.F.Porto)


GR:Iker Casillas GR:Vágner Silva
DD:Maxi Pereira(Jésus Corona 85') DD:Tiago Mesquita
 DC:Iván Marcano DC:Nuno Henrique
DC:Felipe DC:Raphael Rossi
DE:Diogo Dalot DE:João Talocha
MC:Sérgio Oliveira MC:Idrís Mandiang
MC:Héctor Herrera  MC:David Simão(Vítor Bruno 33')
MC:Otávio(Olíver Torres 52') MC:Fábio Espinho
ED:Ricardo Pereira ED:Renato Santos
EE:Yacine Brahimi EE:Mateus(Stépahane Sparagna 68')
PL:Vincent Aboubakar(Gonçalo Paciência 80')  PL:Yusupha Nije(Kuca 81')

Treinador:Sérgio Conceição             Treinador:Jorge Simão


Cartões Amarelos:Nuno Henrique 23',Héctor Herrera 37',Vítor Bruno 43',Iván Marcano 66',Idrís Mandiang 68' e Stéphane Sparagna 83'.

Golos: Felipe 2' e Héctor Herrera 62'.




Um erro enorme de Vagner, guarda-redes do Boavista, foi o xanax com água que o FC Porto precisava. O tic tac do relógio apontava os 63 minutos e o dragão suava de olhos esbugalhados, assolado por dúvidas e medos compatíveis com um ataque de pânico.
Herrera aproveitou, fez o 2-0 e a equipa de Conceição partiu para os melhores momentos de um dérbi sofrido e com um Boavista corajoso e de qualidade surpreendente.
Vitória certa dos azuis e brancos, sim senhor, mas numa exibição irregular e conduzida pelo síndrome da vertigem desconhecida, como se o líder do campeonato ganhasse, súbita e inexplicavelmente, receio das alturas do topo da Liga.
Momentos antes de Herrera tomar a pastilha que a luva de Vagner lhe entregou, Iker Casillas fez uma defesa extraordinária a remate de Mateus e Sérgio Oliveira quase fazia autogolo num corte de cabeça apertadíssimo.
O Boavista justificou, por minutos, o rótulo que se perdeu algures na década passada – Boavistão, claro – e o golo que na altura lhe daria o empate.
Para se perceber melhor a exibição do FC Porto, talvez seja melhor outra imagem. O dragão passou o dérbi a desfazer a barba com uma catana, em risco iminente de perda de sangue e de pontos. Brincou com o perigo, amedrontado e trocista, convencido de que o golo madrugador de Felipe era per se equivalente a um dia completo de trabalho.
A entrada do FC Porto foi forte, fortíssima. Fez o tal golo por Felipe, manteve até aos 10/15 minutos uma pressão sufocante, mas a partir de dada altura expôs-se com erros primários em construção organizada e baixou os níveis de confiança.
Depois, lá está, Vagner borrou uma pintura até aí imaculada, o Boavista despiu o traje de Robin dos Bosques e os mais ricos (FC Porto) voltaram a mandar nos destinos dos mais pobres.
O dérbi teve emoção, resultado indefinido e duas intervenções muito importantes do VAR. Ambas acertadas. Vítor Bruno viu o cartão vermelho por entrada dura sobre Sérgio Oliveira, mas alertado por Bruno Esteves, o árbitro Manuel Oliveira consultou as imagens e transformou o vermelho em amarelo; no segundo tempo, Sérgio Oliveira fez golo de penálti – bem assinalado -, festejou com todo o banco de suplentes e depois viu o árbitro a correr para o monitor. Lance anulado, novamente bem, por Sérgio ter dado dois toques na bola na altura do remate.
O dragão segura a liderança, vence com justiça, mas sai do dérbi com a sensação de que esta foi uma das aparições menos autoritárias da época na condição de visitado. O xanax de Vagner foi a cura para grande parte dos males, mas há problemas que só vão ao sítio com terapia especializada

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