18 de Agosto de 2018 - 19H
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Manuel Mota(A.F.Braga)
DC:Neris DC:Rúben Dias
DC:Raphael Silva DC:Jardel
DE:João Talocha DE:Alex Grimaldo
MC:Idrís Mandiang(Rafael Lopes 70') MC:Ljudomir Fejsa
MC:Fábio Espinho(Rafael Costa 53') MC:Pizzi
MC:David Simão MC:Gedson Fernandes(Alfa Semedo 81')
ED:Mateus(André Claro 64') ED:Toto Sálvio(Andrija Zivkovic 75')
EE:Rochinha EE:Franco Cervi(João Félix 88')
PL:Frederico Falcone PL:Facundo Ferreyra
Treinador:Jorge Simão Treinador:Rui Vitória
Cartões Amarelos:Fábio Espinho 39',Mateus 58',Gedson Fernandes 72',João Talocha 71' e Rafael Costa 80'.
Golos:Facundo Ferreyra 34' e Pizzi 61'.
Parecia estar a jogar em casa, mas não. O Benfica passou com distinção no exigente terreno do Bessa, onde há um ano tinha sido derrotado, com muito apoio nas bancadas, mas sobretudo com uma grande intensidade e entrosamento entre os seus jogadores, um cenário que costuma ser comum na Luz, mas que acontece bem menos vezes nas idas ao norte do país nos tempos de Rui Vitória.
Desta vez, e apesar do bom início do Boavista, a águia foi competente e nem sequer teve de passar por qualquer susto para ganhar o segundo jogo do campeonato, em vésperas do dérbi com o Sporting.
Houve arrojo inicial do Boavista e essa é a primeira nota de destaque do jogo. Quem tem acompanhado esta equipa de Jorge Simão sabe que não é só nestes jogos que as panteras querem revitalizar de alguma forma o Boavistão, que tantas alegrias deu aos seus adeptos. E, mesmo na adversidade financeira (novamente o orçamento mais baixo da Liga), as distâncias encurtam-se sempre em campo. Sobretudo no Bessa.
No 4x4x2 que começou a época, Jorge Simão pretende com a mobilidade na frente fazer a diferença, sob o apoio de um meio-campo experiente (Idris) e muito sábio (David Simão). Foi dessa maneira que quis surpreender o Benfica, o que conseguiu e quase com golo: Falcone teve a primeira soberana ocasião.
Sem problemas, o Benfica pegou na batuta e o Boavista encaixou-se. Fábio Espinho andava cada vez menos ao lado de Falcone na frente e ajudava os médios a estancar as investidas encarnadas. Em suma, a equipa da casa tinha o jogo fechado e só permitia às águias remates de meia distância ou bolas longas.
Mas houve um erro fatal. Carraça não tirou uma bola inofensiva, Ferreyra insistiu, ganhou e marcou. Libertou o pequeno fantasma que pairava sobre si e, mais do que isso, deu outro rumo ao jogo.
O intervalo não tardaria e dos balneários veio a intenção encarnada de resolver rápido o jogo para pensar no duelo com o PAOK. Salvio apareceu mais em jogo e levou a equipa com a sua mensagem.
Mesmo com uma disposição de pressão alta e de regresso ao 4x4x2, o Boavista sucumbiu à maior qualidade individual do adversário, muito por culpa da incapacidade de fechar as entradas da lateral para o meio. Veja-se o segundo golo e a forma como Salvio passou pela avenida criada do seu lado antes de dar para Pizzi, para já o improvável goleador do campeonato.
Não foi semelhante, até porque durante meia hora não houve um domínio absoluto, mas a forma como o Benfica se colocou em vantagem e a aumentou fez lembrar o jogo contra o Vitória de Guimarães, na primeira ronda. E, ao lembrar esse jogo, facilmente vinha à memória os últimos minutos para a equipa de Rui Vitória, que passou de 3x0 para 3x2 e que depois teve de sofrer.
Alertados para a necessidade de nunca desmembrar a equipa em termos defensivos, os jogadores do Benfica usaram a melhor estratégia que há para evitar esse cenário: posse, posse e mais posse, quase sempre no meio-campo contrário.
As substituições de Jorge Simão pouco ou nada conseguiram acrescentar e o Boavista não conseguiu voltar ao jogo, que significou três pontos importantes para as águias.
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