DD:Vítor Tavares DD:Carraça
DC:Gil Dias DC:Neris
DC:João Pinto DC:Gonçalo Cardoso
DE:Gonçalo Cardoso(Van Zeller 62') DE:João Talocha
MC:Léo Cordeiro MC:Nwanko Obiora
MC:Wilson Rodrigues AMC:Rafael Costa
ED:Carlitos(Cooper 73')ED:Rochinha(Matheus Índio 77')
EE:Jaime Poulson EE:Mateus(Gabriel Nunes 67')
PL:Paulinho PL:Rafael Lopes(Frederico Falcone 80')
Treinador:Rui Quinta Treinador:Jorge Simão
Cartões Amarelos:Rui Nibra 2',Jaime Poulson 14',Neris 16',Edgar Abreu 22',Nwanko Obiora 49',Carraça 55',Rafael Lopes 57' e Mateus 65'.
No Estádio do Bolhão, em Fiães, não se venderam sonhos. A seriedade extrema com que o Boavista entrou na partida – aos cinco minutos vencia por 2-0 – despedaçou por completo a esperança do Sp. Espinho seguir para os oitavos de final da Taça de Portugal, chegando à goleada nos minutos finais.
Outrora um confronto histórico do futebol nacional, tigres e panteras estão separados por duas divisões. Algumas diferenças são visíveis, embora a formação de Rui Quinta as tenha camuflado com qualidade de jogo, bons princípios. E coragem para jogar, acrescente-se.
No entanto, quando conseguiu colocar em prática a sua ideia de jogo, o Sporting de Espinho já estava a perder por dois golos de diferença. Logo aos dois minutos, Rochinha isolou Mateus que foi travado em falta por Rui Nibra. Rafael Costa, responsável por cobrar a grande penalidade, converteu com classe. A pantera entrou com as garras de fora.
Enquanto o Sporting de Espinho começava a viver o período de convalescença, sofreu o 0-2. Uma vez mais Rochinha na génese do lance: trabalhou bem na direita, cruzou e a defesa dos tigres afastou para a entrada da área, onde surgiu David Simão a rematar cruzado, fora do alcance de Rui Nibra. O relógio marcava apenas cinco minutos.
Como se disse, o Sporting de Espinho começou a tricotar num relvado que se deteriorou com o passar do tempo: ora jogava por dentro do bloco contrário, ora recorria aos corredores laterais para chegar junto da baliza de Helton. Todavia, nunca teve audácia ou qualidade para criar verdadeiras situações de perigo.
O Boavista recostou-se na almofada de conforto que o marcador lhe dava e usou o contra-ataque como arma para dilatar o resultado. Mateus, por exemplo, teve o 0-3 nos pés ainda dentro dos primeiros vinte minutos, mas permitiu a defesa de Rui Nibra.
O tempo correu até ao intervalo sem lances dignos de registo. As quezílias e as interrupções sucederam-se num terreno cada vez em pior estado.
A história repetiu-se na segunda parte. O Sporting de Espinho circulou, teve indiscutivelmente mais posse de bola. Contudo, nem uma verdadeira chance de golo produziu. Dessa forma, os axadrezados continuaram a esperar o final do jogo.
Só à entrada dos vinte minutos finais é que a equipa de Jorge Simão assinou algumas aproximações à baliza contrária. Foram suficientes para chegar à goleada. Rafael Lopes – que seis minutos antes tinha feito tremer a trave da baliza dos tigres – fez o 0-3 na sequência de um pontapé de canto.
Moribundo, o Sporting de Espinho sofreu com alguma naturalidade o quarto golo. A estratégia da pantera foi uma vez mais o contragolpe, com David Simão – o melhor em campo – a assistir Falcone que conferiu tons de goleada ao marcador.
A justiça da vitória não se coloca, embora o resultado seja excessivo para o que se passou no relvado. Pela segunda vez consecutiva o Boavista supera uma eliminatória da Taça de Portugal com uma goleada e está nos oitavos de final da prova. Por seu turno, o Sp. Espinho viu o sonho fugir-lhe em cinco minutos, mas despediu-se da prova com brio e a garra à ideia que o fez superar as três rondas anteriores.
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