9 de Março de 2019 - 20H30
Estádio do Bessa Século XXI
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:João Pinheiro(A.F.Braga)
GR:Rafael Bracalli GR:Renan Ribeiro
DD:Edú Machado DD:Stefan Ristovski
DC:Néris DC:Sebastien Coates
DE:João Talocha DE:Cristian Borja(Abdoulay Diaby 78')
MC:Alberto Bueno(André Claro 95') MC:Nemanja Gudelj
MC:Nwanko Obiora MC:Bruno Fernandes
MC:Ídris Mandiang MC: Wendel(Idrissa Doumbia 78')
ED:Gustavo Sauer EE:Raphinha
EE:Perdigão(Matheus índio 69') ED:Marcos Acuña
PL:Frederico Falcone(Yusupha Nije 79') PL:Luiz Phellype
Treinador:Lito Vidigal Treinador:Marcel Keizer
Cartões Amarelos:Frederico Falcone 32',Nemanja Gudelj 33',Rafael Bracalli 71',Alberto Bueno 86' e Edú Machado 90'.
Golos:Néris 3',Edú Machado 17'(a.g.) e Bruno Fernandes 93'(g.p)
Foi no fim, foi com polémica à mistura, foi com o homem do
costume a salvar o leão. O Sporting esteve a perder desde os primeiros minutos,
empatou com um auto-golo e quando parecia que ia sair do Bessa com apenas um
ponto na bagagem viu João Pinheiro apontar para a marca de penálti e Bruno
Fernandes, sempre ele, a garantir os três pontos.
Numa jornada em que o Braga venceu o dérbi minhoto, a
ameaça de ficar a cinco ou seis pontos do pódio foi clara durante o jogo no
Bessa, mas esse golo nos últimos suspiros mantém os leões a três pontos do
terceiro lugar. Vitória sofrida, muito contestada pelos axadrezados e que não
chega de todo para acalmar o desânimo leonino.
Mal
deu para nos sentarmos
Um Boavista com Gustavo Sauer em estreia - e a envergar uma
touca de proteção -, um Sporting a querer mostrar que há forma de encontrar a
baliza adversária sem Bas Dost e sem depender única e exclusivamente de Bruno
Fernandes. Não foi desta que isso se viu, porque tal como é costume foi o
número 8 a assegurar os três pontos.
Ainda alguns adeptos se estavam a sentar quando o marcador
mexeu pela primeira vez. A bola rolava há pouco, voltou a parar e o golo
axadrezado apareceu: Bueno a bater um livre na direita, bola para a grande
área, ressaltos e Neris, no limite em termos posicionais, a encostar para bater
Renan Ribeiro. Dois minutos e uns
quantos segundos. Uma equipa ainda em busca do conforto no que à manutenção diz
respeito a vencer uma equipa de outras aspirações, de outros argumentos, mas
incapaz de o mostrar com evidência. Aliás, só mesmo um infortúnio permitiu que
a vantagem fosse anulada, com Edu Machado a colocar na própria baliza de um
cruzamento de Raphinha na direita. Ainda íamos nos 17 minutos. Mesmo sendo
finalizado por um adversário, o golo recompensava a boa reação leonina e a
posse de bola era do Sporting quase em exclusivo... mas faltavam ideias muitas vezes,
faltava pontaria algumas vezes, faltava sempre algo à equipa de Keizer. Uma
bomba de Bruno Fernandes, inspiração de Raphinha a rasgar a grande área,
qualquer momento à candidato ao título, ainda que esse título esteja bem longe.
E a história continuava no segundo tempo...
Lá
veio o pronto-socorro
Ainda não falámos de Luiz Phellype, o substituto de Bas
Dost... porque o brasileiro voltou a estar a anos-luz da melhor versão do
holandês. Aos 25 minutos, teve a melhor ocasião da primeira parte para fazer o
Sporting saltar para a vantagem e acertou no ferro da baliza de Bracali. E
pouco mais fez. O outro ponta-de-lança do jogo, Falcone, também pouco se via,
mas porque o Boavista tinha as dificuldades esperadas para atacar. Quando a
bola se aproximou do avançado argentino, apareceu Mathieu a cortar no momento
certo. Assim, os axadrezados iam confiando na boa organização defensiva de
Neris, Jubal e companhia... e o relógio ia andando.
Bruno Fernandes mostrava-se mais no segundo tempo e as
melhores ocasiões partiam quase sempre dos pés dele. Obrigou Bracali a
esmerar-se duas vezes, numa delas com um pontapé acrobático, cruzou para Coates
cabecear para defesa do guarda-redes axadrezado. Ameaçou, ameaçou... até que
teve a oportunidade ideal para deixar marca. Keizer tinha mexido tarde,
continuavam a faltar ora ideias ora pontaria, mas João Pinheiro viu um penálti
que, para quem estava no estádio, foi no mínimo difícil de justificar. Bruno
Fernandes, de regresso ao Bessa, não se fez rogado. E assim o Sporting
regressou aos triunfos fora de casa.
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