DD:Falaye Sacko DD:Carraça
DC:Pedro Henriques DC:Neris
DC:Edmond Tapsoba DC:Lucas Tagliapietra
DE:Florent Hanim DE:Marlon Xavier
MC:Al Musrati MC:Rafael Costa
EE:André Almeida(João Carlos Teixeira 60') EE:Gustavo Sauer(Alberto Bueno 68')
ED:Rochinha ED:Mateus
PL:Davidson PL:Heriberto Tavares
PL:Alexandre Guedes PL:Yusupha Nije(Cassiano Moreira 57')
Treinador:Ivo Vieira Treinador:Lito Vidigal
Cartões Amarelos:Nwanko Obiora 27',Falaye Sacko 30',Florent 35',Rafael Costa 43',Yaw Ackah 49' e Rochinha 66'.
Golos:Davidson 16' e Lucas Tagliapietra 94'.
Golos:Davidson 16' e Lucas Tagliapietra 94'.
Podia ter sido uma vitória por números expressivos, acabou
por ser um empate que soube a triunfo para as panteras. O Boavista sacou uma
igualdade em Guimarães, onde os vitorianos atacaram muito e pareceram ter quase
sempre o controlo do jogo e dos três pontos. Mas não foi isso que aconteceu. O
nosso título tem, portanto, duplo significado: para os vitorianos, que possam
dar um desconto à equipa num dos raros lances em que pecou; para os
boavisteiros, porque os descontos foram o timing perfeito para pontuar - sabe
sempre melhor.
Só deu Vitória
O golo até pode ter sido um gesto técnico individual espetacular
de Davidson, mas o sentido era coletivo e único até então. Um quarto de hora de
aperto total, a não deixar, por uma vez que fosse, alguém do Boavista ter bola
por mais de dois segundos, e um encurtamento para metade do campo: praticamente
só se jogava no meio-campo defensivo do Boavista, pelo pendor ofensivo
vitoriano. Os axadrezados até podiam aparentar organização. Em 4x4x2 a
defender, com Heriberto perto de Yusupha, Lito tinha as linhas aproximadas, só
que a capacidade de dinâmica, de corte curto e de triangulação dos vitorianos,
quer por fora, quer por dentro, foi várias vezes capaz de encontrar espaços no
último terço. O ritmo da primeira meia hora vitoriana foi alucinante, mesmo com
um meio-campo mexido perante a lesão de Joseph (apareceu o jovem André
Almeida), e só depois disso houve um abrandar da pressão feita. Algo que
coincidiu com a troca de Sauer por Heriberto, que passou para a linha, mas que
não teve grande resposta por parte do Boavista. Com bola, a equipa era sempre
automatizada para procurar a velocidade dos seus extremos - os vitorianos
souberam fechar essa zona, apesar de os laterais terem visto amarelo cedo.
Ao intervalo, Lito não estava nada satisfeito e traria Ackah
para o segundo tempo, mas Ivo Vieira também não, provavelmente por não ver o
caudal ofensivo significar mais golos.
Quem diria...
A incerteza manteve-se depois. Mesmo continuando com mais
qualidade na posse e maior capacidade para chegar ao último terço, o conjunto
da casa viu os axadrezados melhorarem a sua prestação, fruto de uma pressão
mais alta, e também pecaram na hora das decisões - Almeida saiu de campo depois
de três lances ofensivos em que decidiu mal.
Lito também mexeu novamente e aos 68 minutos já tinha
esgotado as substituições. Cassiano foi para dar músculo (Yusupha saiu
chateado) e Bueno foi para dar qualidade no passe. Porém, a equipa voltou a uma
pressão mais baixa e permitiu a circulação ao adversário, de forma pouco
compreensiva. Não estranhou que o Vitória voltasse a marcar. E, mesmo tendo
depois sido invalidado por fora de jogo, foi um sinal de que eram novamente os
vimaranenses por cima da partida. Estranhou bem mais o empate. Na partida para
os descontos, o Boavista acercou-se da área de Miguel Silva e, com uma série de
bolas paradas, conseguiu finalmente criar perigo. E marcar, nos descontos.
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