6 de Dezembro 2019 - 20H30
Estádio do Bessa Século XXI
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Jorge Sousa(A.F.Porto)
GR:Rafael Bracalli GR:Odysseas Vlachodimos
DC:Fabiano Leismann DD:Tomás Tavares
DC:Néris DC:Rúben Dias
EE:Marlon Xavier(Miguel Reisinho 58') DE:Alex Grimaldo
MC:Nwanko Obiora MC:Adel Taarabt
MC:Rafael Costa MC:Gabriel(Jota 91')
MC:Nwanko Obiora MC:Adel Taarabt
MC:Rafael Costa MC:Gabriel(Jota 91')
MC:Carraça MC:Pizzi
PL:Paulinho ED:Franco Cervi
PL:Gustavo Sauer(Samuel Pedro 69') EE:Chiquinho(Andreas Samaris 88')
PL:Nikola Stojilijkovic PL:Carlos Vinícius(Haris Seferovic 82')
Golos:Carlos Vinícius 34',Nikola Stojilijkovic 44',Franco Cervi 52', Carlos Vinícius 62' e Gabriel 92'.
Treinador:Lito Vidigal Treinador:Bruno Lage
Cartões Amarelos:Franco Cervi 8',Nikola Stojilijkovic 45',Tomás Tavares 48',Rúben Dias 54',Rafael Costa 64',Miguel Reisinho 92' e Ferro 94'.
O pé esquerdo de Carlos Vinícius é
o melhor aluno da turma de Bruno Lage. Senta-se sempre na primeira fila, não
falha um apontamento e é exemplar nos trabalhos de casa. Para além disso, faz
golos como nenhum outro colega (já são 13 em 18 jogos) e ainda é capaz de
ajudar um coleguinha da escola, Franco Cervi que o diga.
É isto: dois golos e uma assistência do avançado do Benfica no Bessa, vitória justíssima na casa de um adversário cujo currículo mostrava uma coisa e que no campo mostrou outra.
É isto: dois golos e uma assistência do avançado do Benfica no Bessa, vitória justíssima na casa de um adversário cujo currículo mostrava uma coisa e que no campo mostrou outra.
Carlos
Vinícius, dizíamos, atravessa um momento de sonho. Tudo o que faz, faz bem. No
Bessa o primeiro golo nasce numa receção perfeita – bom passe de Pizzi também –
e acaba numa bomba que Bracali não foi capaz de parar. Tudo de pé esquerdo.
Na segunda parte, e quando o
Benfica já voltara para a frente do marcador, um golão! À entrada da área,
naturalmente de pé esquerdo, bola ao ângulo superior esquerdo da baliza do
Boavista.
Tudo
parece simples, tudo parece fácil para o avançado que parecia caro, mas que se
está a revelar um negócio da China.
O
Boavista chegava a este clássico no quinto lugar, a respirar saúde e com várias
provas já de qualidade. Contra o Benfica falhou rotundamente. Em tudo. A
começar pelas ideias do seu treinador.
É difícil perceber e defender a estratégia de Lito Vidigal. Até ao golo de Vinícius aos 35 minutos, o Boavista aceitou jogar num bloco baixíssimo, em cima da sua área, muitas vezes a defender numa linha de sete homens.
É difícil perceber e defender a estratégia de Lito Vidigal. Até ao golo de Vinícius aos 35 minutos, o Boavista aceitou jogar num bloco baixíssimo, em cima da sua área, muitas vezes a defender numa linha de sete homens.
Os axadrezados expuseram-se ao
risco, convidaram o Benfica a assaltá-lo na própria casa, abdicaram
completamente de ter bola e, não fosse isso suficiente, cometeram erros
primários sempre que tentaram sair em construção apoiada. Horrível.
Curiosamente, ou talvez não, com o
golo sofrido o Boavista soltou-se, teve dez minutos ótimos e chegou ao empate.
Passe de Marlon, após ingenuidade de Pizzi na abordagem à bola, e cabeceamento
de Stojiljkovic.
O
Bessa, carregado de boavisteiros ansiosos por ver a equipa a voltar aos bons
velhos tempos, rugiu. Com esta mudança de atitude a funcionar tão bem para os
portuenses, julgar-se-ia que o Boavista manteria esse rumo na segunda parte.
Não, bem pelo contrário.
No
regresso das cabines, provavelmente por ordem de Lito, o Boavista voltou a ser
o que tinha sido até ao 0-1: defensivo, permeável, errático. É verdade que pode
haver uma falta de Franco Cervi sobre Marlon no 1-2, mas a verdade é que só o
Benfica fez pela vida e só o Benfica quis ganhar.
O
Boavista foi incapaz de agarrar o jogo e comandá-lo. Jogou sempre na reação ao
erro e à desvantagem. Perdeu por 4-1, perdeu muito bem e perdeu muito por culpa
das ideias levadas por Lito Vidigal para este jogo.
Uma
coisa é olhar para o Boavista e ver uma equipa que tem pouca bola, mas é
organizada, venenosa nas transições e forte nas bolas paradas; esse tem sido o
Boavista 2019/20, um Boavista competente.
Outra coisa é ver o Boavista a
jogar em casa, num Bessa com um grande ambiente, e aceitar pura e simplesmente
que é inferior. Linhas recuadíssimas, falta de ambição com bola e erros
primários.
Disso
não tem culpa o Benfica. Bom jogo dos homens de Bruno Lage, bastante acima do
que fizeram em Vizela e na Covilhã, por exemplo. São outras provas, outros
nomes, mas esses dois clubes dos escalões inferiores quiseram muito mais do
jogo do que quis o Boavista esta noite.
A
responsabilidade de vestir o emblema axadrezado obriga a muito mais. Sobre o
Benfica: a melhor exibição fora da Luz nos últimos largos meses. Prova de
qualidade.
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