DD:Tomás Esteves(W.Manafá INT) DC:G.Dulanto(Y. Ackah 73')
DC:Pepe DC:Ricardo Costa
DC:Chancel Mbemba DC:Fabiano Leismann
DE:Alex Telles MD:Carraça
MC:Sérgio Oliveira(Danilo Pereira 73') MC:Idrís Mandiang
MC:Otávio MC:Alberto Bueno(Fernando Cardozo 66')
MC:Luís Diaz(Matheus Uribe INT) MC:Paulinho(Mateus 86')
MC:Otávio MC:Alberto Bueno(Fernando Cardozo 66')
MC:Luís Diaz(Matheus Uribe INT) MC:Paulinho(Mateus 86')
MD:Tecatito Corona(Fábio Vieira 80') ME:Marlon Xavier(Heriberto Tavares 66')
PL:Moussa Marega PL:Gustavo Sauer
PL:Moussa Marega PL:Gustavo Sauer
PL:Soares(Fábio Silva 72') PL:Yusupha Nije(Nikola Stojiljkovic 66')
Treinador:Sérgio Conceição Treinador:Daniel Ramos
Cartões Amarelos:Paulinho 3',Otávio 22',Sérgio Oliveira 34',Fernando Cardozo 87' e Yaw Achah 94'.
Golos:Moussa Marega 53',Alex Telles 60'(g.p),Sérgio Oliveira 69'(g.p) e Moussa Marega 84'.
Uma festa quase silenciosa, mas uma noite de festa azul e
branca, ainda assim. Em noite de São João, o FC Porto entrou em campo a saber
da queda com estrondo do rival e respondeu com uma goleada que deixa os dragões
isolados na liderança do campeonato, com mais três pontos do que o Benfica.
Contra um Boavista em boa fase mas que esta noite não soube fazer mais do que
tentar defender os caminhos para a baliza, os portistas marcaram o dobro dos
golos que tinham marcado nos três jogos anteriores. A equipa de Sérgio
Conceição voltou a começar o jogo sem descobrir caminhos para a baliza
adversária, como em jogos anteriores, mas a segunda metade da partida trouxe um
dragão cheio de vontade de matar a fome e a acabar a noite de barriga cheia.
Marega marcou duas vezes e o FC Porto conquistou duas grandes penalidades em
lances do maliano. E desta vez até os penáltis (de Alex Telles e Sérgio
Oliveira) entraram.
Da fome que teimava...
Tomás Esteves continuou na direita e Alex Telles voltou à
sua esquerda, atrás de um meio-campo sem Danilo nem Uribe. Coube a Sérgio
Oliveira formar a dupla do miolo num esquema que não foi de 4x4x2 mas sim de
4x2x3x1 como em Vila das Aves. Com Marega à direita, cabia a Corona a tarefa de
descobrir espaços atrás de Soares, fosse onde fosse. Já Daniel Ramos apresentou
o esquema que foi (muito) mais de uma linha de cinco defesas do que de três,
com um bloco baixo a tentar suster o ascendente do Dragão. O técnico recuperou
a fórmula que deu frutos em Braga, com Idris e Paulinho à frente dos três
centrais e com Yusupha móvel na frente, à espera de bolas em profundidade.
A tendência esperada de um FC Porto em busca da baliza
adversária viu-se desde logo, com alguns momentos da habitual dureza destes
dérbis portuenses lá pelo meio. Contam-se pelos dedos os momentos em que o FC
Porto não esteve com a bola no meio-campo adversário logo na primeira etapa do
jogo... mas também não eram precisos muitos dedos para contar os lances de real
perigo a favor dos portistas. Um primeiro aviso de Sérgio Oliveira num livre
direto - uma especialidade do médio - antecedeu a aparição de Marega pela
direita para um bom teste a Helton Leite, depois de um belo pormenor de Tomás
Esteves, sempre a dar profundidade ao flanco direito. Sobrava bola, faltava
espaço (e faltavam soluções credíveis) para os dragões colocarem fim à escassez
de golos que atravessavam. As ocasionais bolas em busca de Yusupha quase davam
frutos lá para a meia-hora, altura em que o gambiano teve duas aproximações
seguidas à baliza de Marchesín e, na segunda, testou mesmo os reflexos do
argentino, chamado a intervir pela primeira vez. Do lado oposto do campo,
Corona andava em busca dos espaços que não surgiam, mas o mexicano não precisou
de muito espaço para driblar Idris e, com o pé esquerdo, fazer a bola passar
bem perto do poste de Helton Leite... o Boavista ia resistindo na abordagem
defensiva, chegava ao intervalo com indícios de mais um possível bom resultado
numa boa fase da equipa de Daniel Ramos. ...
à fartura
O treinador boavisteiro não deveria estar insatisfeito com
a entrega de toda a iniciativa ao adversário, porque a tendência do jogo
manteve-se no segundo tempo, com uma grande diferença: talvez na primeira vez desde a retoma, o FC
Porto teve uma série de momentos consecutivos de grande qualidade ofensiva
(pasme-se), com trocas de bola rápidas a um ou dois toques na grande área
adversária. Marega aproximou-se de Soares, Manafá rendeu Tomás Esteves e deu
velocidade ao corredor. O resultado desbloqueou-se com um desses bons momentos
coletivos, com Marega a atacar o espaço para receber de Corona e a faturar,
dando início aos foguetes que se iam ouvindo nas imediações do Dragão. O
maliano não se livrava daqueles momentos mais atabalhoados, mas esteve
envolvido em todos os golos que o FC Porto marcou nesta segunda parte de
goleada. No segundo, imediatamente depois do primeiro, o avançado sofreu uma
falta de Dulanto dentro da grande área para o primeiro penálti a favor dos
portistas, que o regressado Telles converteu. Poucos minutos depois, tentou um
cruzamento que parecia uma oportunidade completamente perdida e que, afinal,
teve desvio com o braço do mesmo (tão infeliz...) Dulanto, com Sérgio Oliveira
a bater dessa vez o penálti, com o mesmo desfecho.
Três golos de vantagem, a questão resolvida, o Boavista a
não conseguir oferecer qualquer tipo de resistência além da tal estratégia
defensiva que calhou de não dar certo. A equipa axadrezada aumentou
ligeiramente a pressão para a etapa final, mas o FC Porto, ainda chegou ao 4x0
com o bis de Marega, a agradecer um belo passe de Fábio Vieira, numa altura em
que também o outro Fábio (o Silva) já andava em campo. Depois da fome veio a
fartura e o Dragão festejou da melhor forma este São João. 67 pontos e o título
a seis jogos de distância, se não vierem os tropeções que já se viram.
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