Liga Nós 34º Jornada 2019-2020
25 de Julho 2020 - 19H
Estádio do Bessa Século XXI
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Manuel Oliveira(A.F.Porto)
GR:Hélton Leite GR:Pawel Kieszek
DD:Fabiano Leismann DD:Nélson Monte
DC:Ricardo Costa(Marlon Xavier 86') DC:Toni Borevkovic
DC:Lucas Tagliapietra DC:Aderlan Santos
DE:Carraça(Luís Santos 82') DE:Matheus Reis
MC:Yaw Ackah(Miguel Reisinho 86') MC:Filipe Augusto
MC:Alberto Bueno MC:Al Musrati
MC:Yaw Ackah(Miguel Reisinho 86') MC:Filipe Augusto
MC:Alberto Bueno MC:Al Musrati
MC:Paulinho MC:Lucas Piazón (Carlos Mané 79')
PL:Gustavo Sauer MC:Diego Lopes(Tarantini 89')
PL:Cassiano Moreira PL:Nuno Santos(Pedro Amaral 93')
PL:Mateus(Fernando Cardozo 70') PL:Mehdi Taremi
Golos:Mehdi Taremi 16' e 83'.
Treinador:Daniel Ramos Treinador:Carlos Carvalhal
Cartões Amarelos:Gustavo Sauer 51',Cassiano Moreira 65',Matheus Reis 72',Ricardo Costa 75' e Filipe Augusto 88'.
O Rio Ave venceu o Boavista por 2x0 e garantiu o tão
desejado lugar na Liga Europa. A equipa de Carlos Carvalhal precisava de vencer
e esperar por uma escorregadela do Famalicão na visita à Madeira e foi
exatamente o que aconteceu, com o destino a ficar selado já para lá do final da
partida terminar no Estádio do Bessa.
O suspeito do costume
Com o Rio Ave a precisar de vencer para aproveitar um
eventual deslize do Famalicão e atingir a Europa e com a garantia de Daniel
Ramos de que o Boavista se ia apresentar na máxima força para discutir o
triunfo, seria de esperar um bom início e assim foi. As duas equipas entraram
no jogo com vontade de ter bola e com sentido de baliza, com várias
oportunidades a surgirem nos primeiros minutos. Cassiano foi o primeiro a
ameaçar com um desvio que saiu ao lado, seguiu-se Taremi num remate a rasar o
poste e depois foi a vez de Sauer testar os reflexos de Kiszek. Parecia uma
questão de tempo até chegar o primeiro da partida e foi mesmo. Pouco depois do
quarto de hora de jogo, Taremi, agora com a pontaria afinada, aproveitou da
melhor forma uma sobra no interior da grande área e atirou a contar, chegando
assim aos 17 golos na Liga NOS.
As notícias eram excelentes para o Rio Ave, uma vez que o
Famalicão se encontrava a perder na Madeira e o golo do iraniano valia, ainda
que à condição, um lugar na Liga Europa. No entanto, foi o Boavista a reagir
melhor ao golo sofrido, procurando assumir o jogo e tentando perturbar a saída
de bola dos vilacondenses com uma pressão alta, mas faltava critério e um Bueno
em «dia sim» para ultrapassar a organizada defesa rioavista. De resto, os
vilacondenses, apesar de menos ofensivos, contornavam a pressão alta com bolas
mais longos, mas mantendo o critério que caracteriza a turma de Carvalhal, e
respondiam com uma pressão também criteriosa que condicionava a ação dos
centro-campistas axadrezados. O resultado de tudo isto foi uma reta final dos
primeiros 45’ muito disputada, mas a meio-campo e longe das duas balizas - a exceção
foi um remate de Taremi para boa intervenção de Helton Leite.
O golpe final
Ao intervalo, nenhum dos técnicos optou por mudar e o jogo
continuou na mesma toada com que terminou a primeira parte. Muita disputa a
meio-campo, mas poucas (ou nenhuma) oportunidades de golo, com as duas equipas
como que a esbarrarem uma na outra a meio-campo, ainda que com um ligeiro
ascendente rioavista e numa altura em que o Famalicão já havia marcado e
voltado a sofrer. O desequilíbrio só apareceu em cima da hora de jogo, com
Bueno a surgir em boa posição e a assistir Sauer, que viu o seu remate sair
desviado para canto. Foi curto, mas fez bem ao jogo, porque a resposta não
tardou. Nuno Santo conduziu o contra-ataque pela esquerda, entregou com conta,
peso e medida a Taremi, mas o iraniano viu Helton Leite agigantar-se e
negar-lhe o segundo com uma grande defesa.
Com os axadrezados balanceados no ataque, em busca da
igualdade no marcador, o Rio Ave continuava organizado e apostava agora em
tentar castigar o Boavista em contra-ataque. No entanto, apesar de duas boas chances,
revelava-se incapaz de matar o jogo e começava a ficar numa posição mais cada
vez frágil e a jeito de uma das velhas máximas do futebol. A questão é que as
velhas máximas nem sempre se concretizam e o Rio Ave não marcou (até então),
mas também não sofreu. Os vilancondeses aguentaram os calafrios e, desta vez,
foram mortíferos, com Taremi (quem mais?) a aproveitar um erro de Lucas, que
falhou na comunicação com Helton Leite e ofereceu ao iraniano um dos golos mais
fáceis de toda a campanha. Os últimos minutos foram de incerteza, com o
Famalicão a chegar à vantagem já bem perto do final na outra partida e a
colocar em causa todo o esforço do Rio Ave, mas quis o destino que, já para lá
dos 90', o Marítimo voltasse a empatar, entregando a qualificação europeia aos
homens de Carvalhal que puderam finalmente festejar, depois de alguns minutos
em espera no relvado.
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