DD:André Almeida DD:Carraça
DC:Rúben Dias DC:Ricardo Costa
DC:Jardel DC:Gustavo Dulanto
DE:Nuno Tavares DE:Marlon Xavier
MC:Pizzi(Jota 91') MC:Nwanko Obiora
MC:Gabriel(Andreas Samaris 79') MC:Alberto Bueno(Yusupha Nije 59')
MC:Julian Weigl MC:Paulinho
MC:Gabriel(Andreas Samaris 79') MC:Alberto Bueno(Yusupha Nije 59')
MC:Julian Weigl MC:Paulinho
ME:Franco Cervi(Rafa 72') ME:Fernando Cardozo(Mateus 59')
MD:Chiquinho PL:Gustavo Sauer(Luís Santos 85')
MD:Chiquinho PL:Gustavo Sauer(Luís Santos 85')
PL:Haris Seferovic(Carlos Vinicíus 72') PL:Cassiano Moreira(Nikola Stojiljkovic 73')
Treinador:Nélson Veríssimo Treinador:Daniel Ramos
Cartões Amarelos:Cassiano Moreira 40',Nwanko Obiora 62' e Nuno Tavares 63'
Golos:André Almeida 13',Pizzi 31',Gabriel 42' e Gustavo Dulanto 64'.
Mudou o
treinador e apareceu uma vitória para os lados da Luz. Cinco jogos depois, o
Benfica voltou a vencer em casa. Na estreia de Nélson Veríssimo, os encarnados
derrotaram um Boavista pouco criativo em termos ofensivos e que não conseguiu
aproveitar algumas das fragilidades encarnadas neste período pós-Bruno Lage. O
golo de André Almeida, ainda no primeiro quarto de hora, ajudou a formação
benfiquista a recuperar confiança e tranquilidade para um triunfo que apesar de
não ter convencido ajuda a afastar alguns fantasmas.
Efeito demissão
O tempo de Lage
já lá vai. Para trás ficam as memórias, as conquistas, a felicidade dos adeptos
encarnados, mas também a tristeza e desilusão por uma época abaixo daquilo que
as expectativas foram criando. Este Benfica já não é o mesmo da época passada e
a culpa não é só de João Félix. Com a chegada de Nélson Veríssimo a equipa
mudou em termos de atitude competitiva, mas para isso também ajudou o golo cedo
que faltou a Lage em jogos como o último que realizou na Madeira, aí com
oportunidades mais claras do que aquela que apareceu nos pés de André Almeida
após erro de Helton Leite. Ficou tudo mais fácil e a confiança também aumentou.
O Boavista, que queria ter bola na Luz para enervar um adversário que aqui não
vencia há cinco jogos limitou-se a pressionar desalmadamente, abrindo espaços
na defesa e criando pouco no ataque (ao intervalo o único remate à baliza foi
anulado por fora de jogo).
Os primeiros
sinais foram iguais aos jogos anteriores. O Benfica entrou desligado, pouco
intenso, sem conseguir rodar a bola com velocidade. A pressão axadrezada nesse
momento foi funcionando bem, é certo, mas chegar aos 10' sem qualquer ataque
era sinal de preocupação para o estreante Nélson Veríssimo, que entre pedidos
de intensidade e recuperações de bola ia batendo palmas, mesmo que a exibição
não fosse assim tão agradável. Só que o erro de Helton Leite mudou mesmo o
jogo. Gabriel fez um dos seus passos longos que parecia demasiado longo, mas o
guarda-redes do Boavista não se apercebeu da proximidade de André Almeida.
Errou a abordagem, foi ao choque e deixou a bola fugir. Mais rápido, o lateral
encarnado fez o 1x0 que tirou a águia da sua jaula, mesmo que os perigos de
jogos anteriores , como o 0x2 ao intervalo em Portimão, servisse de alerta. O Boavista
procurou reagir, mas o Benfica tinha crescido com o golo e desta vez foi o
mérito de Helton Leite a adiar a tranquilidade que as águias há muito procuram.
Defendeu o remate de Seferovic, fez o mesmo ao de Chiquinho, voltou a defender
o de Seferovic... e o Boavista nada fazia. A equipa de Daniel Ramos estava
mexida, mas falhava sempre o passe decisivo. Mesmo como bola em zonas
ofensivas, o Boavista nada conseguia fazer com ela, ao contrário do Benfica,
que novamente numa bola longa de Gabriel, viu Pizzi fazer, de cabeça, o 2x0
perante a desatenção da defesa axadrezada. Impotente, a equipa de Daniel Ramos
só conseguiu chegar à baliza num lance de bola parada (o Benfica continua a
sofrer neste aspeto), mas o cabeceamento de Dulanto acabou por ser anulado por
fora de jogo. Teria sido uma boa resposta do Boavista, mas não contou. Do outro
lado, o Benfica voltava a ser prático e eficaz. Na direita, Pizzi encontrou
Gabriel, que desta vez não entregou a bola a ninguém. Colocou-a na baliza a
três minutos do intervalo e com um 3x0 que até podia ter sido mais volumoso,
mesmo sem grande aperto ofensivo dos encarnados, o Benfica ia para o balneário
com um espírito de tranquilidade pouco visto até então. O tempo não deu grande
tempo a Veríssimo para muitas alterações, mas a atitude competitiva de alguns
jogadores em particular foi diferente da de jogos anteriores. Efeito da
chicotada? Talvez sim.
Melhorias axadrezadas
Mostraram
falhas do passado Com uma desvantagem de três golos, a segunda parte era um
daqueles casos em que a nível mental o Boavista mete o resultado em 0x0 e tenta
vencer a segunda parte. Uma forma de motivação para enfrentar os 45 motivos que
faltam e para manter a concentração. Daniel Ramos sabia que, apesar do
resultado, este Benfica continuava com os problemas da jornada anterior. O
tempo cura tudo, mas não quando é tão pouco tempo. A primeira fragilidade foi
explorada de bola parada, claro. O Benfica tem sido uma sombra da época passada
nesse aspeto do jogo e se a nível ofensivo cria pouco perigo, a nível defensivo
tem sido um adversário muito fácil de bater. O Boavista até já tinha dado uma
amostra na primeira parte e desta vez Dulanto estava em jogo para reduzir a
desvantagem com um belo remate de pé esquerdo perante total desatenção de
Chiquinho. Nélson Veríssimo, que tinha sido elogiado no passado por Bruno Lage
no que toca às bolas paradas, aplaudiu os seus jogadores dando-lhes motivação
para uma segunda parte ainda com muito para jogar. Numa segunda parte que
trouxe alguns dos fantasmas do passado (não todos porque desta vez o Benfica
ganhou), Seferovic continuou a ser uma assombração daquela época produtiva e
encontrou em Helton Leite um obstáculo inultrapassável. A desvantagem agora de
dois golos dava alguma esperança ao Boavista, que foi encontrando cada vez mais
espaço no meio-campo encarnado, só que no último terço pouco ou nada mudou com
as entradas de Mateus, Yusupha e Stojiljkovic. A equipa de Daniel Ramos
começava bem, mas não chegava à baliza de Vlachodimos. Com o jogo a arrastar-se
de forma lenta para o final, o Benfica ainda teve um golo anulado por fora de
jogo de Carlos Vinícius (que belo cruzamento de Nuno Tavares), que no pouco
tempo que esteve em campo mostrou o porquê de ter melhores números do que
Seferovic. Com Veríssimo, essa pode ser uma das mudanças no próximo jogo. O
técnico saberá, pela amostra, que apesar do resultado há muito a melhorar,
ainda assim fica o principal nesta fase em que o Benfica estava claramente a
precisar de uma vitória para animar. Depois de cinco jogos na Luz, os
encarnados voltaram a vencer um Boavista que trouxe boas ideias, mas que não as
conseguiu aplicar e que por isso sai da Luz sem ameaçar como poderia ter
ameaçado se do meio-campo para a frente as coisas corressem melhor e com isso
continua sem triunfos na Luz no século XXI.
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