MC:Nuno Borges MC:Nuno Santos
ED:João Victor(Vincente Thill 68') ED:Gustavo Sauer(Show 85')
Que delícia foi acompanhar este Nacional x Boavista! Duas equipas que
procuram jogar bom futebol e de constante foco na baliza adversária,
proporcionaram na Choupana um grande candidato a jogo da jornada (3x3) e deixam
sinais positivos para as suas épocas, onde as expetativas são altas para ambos
os clubes.
Boas ideias e muita vontade
Fiéis ao que já tinham mostrado na campanha de subida com Luís Freire na
LigaPro, os madeirenses desde cedo mostraram vontade em assumirem o controlo do
jogo, num futebol trabalhado e de olhos na baliza adversária. Algumas
aproximações interessantes às zonas próximas de Léo Jardim, que obrigaram o
Boavista a ligar-se rapidamente ao jogo.
Contra a corrente, porém, os axadrezados desferiram o primeiro golpe
certeiro, já depois de o fustigado Yusupha sair do encontro em lágrimas devido
a lesão. Kalindi revelou excesso de confiança na sua capacidade técnica, perdeu
a bola no seu meio-campo e Gustavo Sauer marcou na sequência do lance, após
assistência do talentoso menino Angel Gomes. Com mérito, o Nacional não sentiu
o tento sofrido e seguiu forte na partida, sempre a pressionar alto a
construção adversária. Num lance deste tipo, o incansável Brayan Riascos
recuperou a bola ao jovem defesa Jesús Gómez - muito macio - e seguiu isolado
em velocidade. A bola só parou no fundo das redes dos visitantes e a justiça
foi reposta no marcador. Podia se esperar uma redução do ritmo após este tento,
devido à fase precoce da época, mas as duas equipas não foram nessa cantiga. Em
alta rotação, Riascos voltou a causar o caos, ultrapassando com muita qualidade
Jesús Gómez pelo flanco direito, para depois oferecer o 2x1 a João Victor e
colocar os madeirenses na frente do marcador. Em desvantagem, o Boavista
precisava de virar o rumo dos acontecimentos, e isso passava muito por a subida
de rendimento dos elementos do seu meio-campo. Nuno Santos e Javi García
começaram a ter influência no duelo na reta final do primeiro tempo, com os
axadrezados a terem bola em zona avançadas. Numa boa tabela, Angel Gomes jogou
na velocidade de Ricardo Mangas, que rematou cruzado para o golo, ao aparecer
bem na área adversária.
Justiça a acabar
O ânimo dos dois conjuntos não ficou nos balneários e o encontro seguiu bem jogado na segunda parte. João Victor, depois de passe do recém-entrado Rúben Freitas, obrigou Léo Jardim a defesa apertada, em mais um lance trabalhado com qualidade pelo Nacional no flanco direito. A partida estava dividida e as duas equipas procuravam os três pontos. Acabou por ser o Boavista a ter engenho para chegar ao golo, num lance onde a defesa insular revelou muita passividade. João Victor errou num passe atrasado, Angel Gomes fugiu em velocidade e fez sua terceira assistência no jogo, com um remate colocado de Sauer a voltar a colocar os portuenses em vantagem. Com inteligência - um sinal da importância de alguns elementos experientes na equipa - os axadrezados fecharam as suas linhas e pareciam lançados para o triunfo. O Nacional tentou agitar a partida, no entanto, as alterações de Luís Freire não tiveram o efeito desejado. Mas, na compensação, João Camacho decidiu aparecer em campo e de cabeça fez o 3x3 final, oferecendo justiça ao resultado na resposta a um cruzamento de Rúben Freitas. Um ponto que premeia o jogo positivo do Nacional, claramente em condições de realizar uma época melhor que na última participação na Liga. Por sua vez, o Boavista ainda está numa fase muito embrionária do seu renovado projeto, mas o plantel apresenta capacidade para levar o clube a voos mais altos nesta edição do campeonato.
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