MC:Bruno Jordão(Iván Jaime 70') MC:Nuno Santos(Ricardo Mangas 92')
ED:Fernando Valenzuela(Jhonata Robert 85') ED:Gustavo Sauer(Show 79')
Não está fácil a vida para o Boavista de Vasco Seabra.
Os axadrezados realizaram uma exibição personalizada em Famalicão e pareciam
lançados para o primeiro triunfo da época, porém, facilitaram na reta final do
encontro e permitiram a recuperação aos homens de João Pedro Sousa (2x2), ainda
longe do nível apresentado na campanha transata. Apesar dos sinais positivos
durante grande parte do jogo, o desfecho final coloca ainda mais pressão na
renovada equipa boavisteira, antes da receção ao Benfica. Por sua vez, o
Famalicão ainda têm dinâmicas a melhorar e alguns atletas a precisarem de
encontrar mais regularidade nas suas exibições.
Desilusão
Não há grandes dúvidas que o primeiro tempo deste
encontro não vai ser recordado com saudade. As duas equipas têm ideias
positivas de jogo, mas as dinâmicas idênticas acabaram por tornar o duelo num
jogo amarrado, onde faltavam mais rasgos de inspiração. Defensivamente, a
abordagem dos axadrezados ao duelo foi positiva, com a pressão dos homens de
Vasco Seabra a causar muitos problemas à construção famalicense, ainda longe do
nível apresentado na última época.
Em bolas paradas, a equipa da casa conseguia criar
perigo, apesar de faltar ligação entre as unidades mais avançadas. Dyego Sousa
ainda não está entrosado com os companheiros e foi um corpo estranho nos
primeiros 45 minutos. Adaptado a lateral esquerdo, Gil Dias conseguiu oferecer
alguma criatividade pelo seu flanco e teve perto de abrir o ativo, num bom
remate de longe. Foi o Boavista quem terminou melhor a parte inaugural do
encontro, em entradas interessantes na área adversária. Paulinho tentou agitar
em cruzamentos tensos e tabelas com companheiros, em sinais que deixavam Vasco
Seabra agradado no seu banco. Porém, ambos os conjuntos tinham muito a melhorar
para o reatamento, com a chuva a começar a marcar forte presença em Famalicão.
Duro desfecho
Felizmente para todos, as duas equipas saíram do balneário mais agressivas para proporcionarem um segundo ato de qualidade. Um remate de Paulinho bateu no braço de um adversário e Tiago Martins apontou para a marca de grande penalidade, numa decisão que o VAR reverteu bem para ser marcado um livre. Nessa bola parada, Hamache obrigou Zlobin a defesa apertada, sendo este um sinal do que o jovem francês se preparava para fazer. Momentos mais tarde, Lameiras colocou a sua qualidade no jogo e criou um lance que acabou em penálti, após mão de Chidozie. O extremo ficou por responsável por bater a clara oportunidade, mas Léo Jardim, e depois a barra na recarga, negaram o golo ao conjunto da casa, num lance importante para o desfecho da partida. Este injeção de adrenalina nos axadrezados teve impacto na resposta, num fantástico remate rasteiro de Hamache, que surpreendeu Zlobin de longe. O Famalicão não teve muito tempo para tentar reverter este momento e já estava a sofrer o segundo. Hamache bateu tenso um livre lateral, Zlobin - a sua titularidade deve ser questionada - não definiu corretamente o tempo de saída de Javi García cabeceou para o 0x2, que parecia lançar o Boavista para um triunfo seguro. Porém, o espanhol - expulso nesta jogada - falhou o tempo de entrada num lance na sua área e derrubou o recém-entrado Leonardo Campana. Desta vez, Rúben Lameiras não desperdiçou. Com mérito, os minhotos não desistiram de procurar algo do jogo e foram premiados já na compensação, com o Boavista incapaz de segurar os três pontos. Jhonata Robert executou de forma perfeita um livre lateral que só parou nas redes axadrezadas, oferecendo o empate à sua equipa. Desfecho penoso para as Panteras Negras, que realizaram uma exibição competente durante grande parte do duelo.
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