MC:Show(Sebástian Perez 74') MC:Al Musrati
MC:Nuno Santos(Jorge Benguché INT) MC:João Novais(André Horta 77')
O encontro entre Boavista e Braga era um dos mais
esperados da 11.ª jornada da Liga NOS e não desiludiu… os adeptos gverreiros.
Mesmo com várias ausências forçadas, a equipa de Carvalhal voltou a demonstrar
que é uma das que melhor joga em Portugal e fechou um ano com uma grande
exibição e um triunfo claro (1x4) sobre um Boavista que, apesar do
investimento, viveu um ano complicado. Resumindo, um fim (mais ou menos)
esperado entre dois polos opostos naquilo que foi a primeira metade da
temporada.
Sentido único
As ausências até eram mais pesadas do lado do Braga, que
se viu obrigado a mudar quatro peças - Rolando foi titular e estreou-se na
presença temporada -, mas não foi isso que se notou no relvado. Os gverreiros
parecem já jogar quase de olhos fechados e tudo fica mais fácil quando há uma
oferta como a de Yusupha, logo aos três minutos. O extremo isolou Fransérgio
numa tentativa de atraso para Leó Jardim e o brasileiro assistiu Paulinho para
o primeiro da partida.
A questão é que não foi só o erro. Mesmo depois do golo
sofrido, o Braga continuava a assumir a iniciativa e muito por cima no jogo,
contornando a pressão axadrezada com lançamentos mais longos para as alas ou
para os movimentos de rotura de Horta e Paulinho nas costas da defesa
contrária. Também sem bola a equipa de Carvalhal veio com a lição bem estudada.
Além da pressão alta, a capacidade de recuperação foi impressionante e foi num
desses lances que surgiu o segundo golo da partida, com Iuri a recuperar no
meio-campo e a atirar para um golaço! Só a partir do segundo golo sofrido é que
se assistiu a uma tentativa de reação do Boavista, com Ellis a cabecear ao lado
no seguimento de uma bola parada e alguns cruzamentos perigosos, mas sem criar
uma verdadeira chance de golo. De resto, era um daqueles dias em que tudo
parecia correr bem ao Braga (e mal ao Boavista) e foi assim que chegou o 3x0.
Sequeira tentou entregar a Paulinho, que falhou o domínio, mas surgiu Horta em
velocidade, bem mais rápido do que a defensiva axadrezada, que se isolou e
rematou para o fundo das redes. Uma primeira parte de sonho para o Braga, que
só não dilatou a vantagem porque Léo Jardim se mostrou atento, e um autêntico
pesadelo para o Boavista, que revelou muitas dificuldades tanto na saída de
bola como na ligação entre meio-campo e ataque. Fantasmas antigos que
regressaram ao segundo jogo de Jesualdo.
Um último golpe
Estava à vista que as coisas não estavam a correr bem ao
Boavista e Jesualdo tentou inverter o rumo dos acontecimentos com as entradas
de Benguché, para dar outra presença ofensiva, e de Mangas, na tentativa de
fechar a ala mais forte dos gverreiros na primeira parte. A reação, no entanto,
foi tímida e até podia ter sido anulada por completo quando Paulinho assistiu
Horta para o 0x4, mas o lance foi anulado por fora de jogo, sendo que o cenário
repetiu-se pouco depois.
O Boavista resistiu aos dois sustos e conseguiu mesmo
reduzir, na sequência de um pontapé de canto, com Devenish a saltar mais alto
do que os adversários e a cabecear para 1x3. Apesar do golo, as melhorias no
jogo axadrezado não eram significativas e as fragilidades defensivas
mantinham-se. Foi por isso sem grande surpresa que o Braga as conseguiu voltar
a explorar e Horta dilatou de novo a vantagem. Se dúvidas restassem, ficaram
dissipadas com o quarto golo bracarense, sendo que o quinto podia ter chegado
pouco depois, mas Léo Jardim negou o golo a Paulinho com uma bela intervenção.
Seguiram-se 20 minutos em que o Boavista tentou reduzir a desvantagem, mas não
teve arte nem engenho para tal, enquanto que o Braga se limitou a gerir o
resultado, sempre ciente do que devia fazer em todos os momentos do encontro.
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