9ºJornada Época 2020-2021
MC:Pelé MC:Show
ED:Carlos Mané ED:Gustavo Sauer(Ricardo Mangas 80')
Num final de tarde visualmente estranho devido à ausência
da bancada do Estádio dos Arcos, recentemente demolida, o Rio Ave e o Boavista
não conseguiram sair do nulo (0x0). Apesar de uma boa exibição, voltaram a
faltar os golos a duas equipas que têm demonstrado dificuldades em fazer
balançar as redes.
Os obstáculos de sempre...
Se a uns faltavam os golos, a outros o problema era a
evitá-los. E desde aí, seria expectável que alguém conseguisse quebrar as
tendências. A questão, na primeira parte, pelo menos, foi que os problemas
continuaram lá e, para uma das equipas, o efeito só não foi mais negativo
porque um dos que tem brilhado voltou a fazer isso mesmo.
O Rio Ave continuou sem conseguir marcar, mas o Boavista
também não foi capaz de impedir que o adversário chegasse com perigo à área.
Foi assim em lances de Carlos Mané, que foi incapaz de cabecear em posição
priveligiada, e Gelson Dala, que obrigou Léo Jardim (de volta a um estádio foi
feliz) a uma tremenda intervenção. Tímido, o Boavista apostava nas saídas em
transição, após perdas dos vilacondenses. Pouco para uma equipa com executantes
de qualidade. Angel Gomes, pois bem, voltou a ser a cara de um ataque que
poucas vezes apareceu com critério na área adversária e quase não assuntou
Kieszek na primeira parte. A saída de Rami, novamente por questões físicas, não
ajudou a estabilizar a equipa, que também viu Show queixar-se várias vezes. A
dupla composta por Felipe Augusto e Péle apresentava-se em bom plano, ambos em
destaque por circunstâncias distintas. É que o médio emprestado pelo Monaco era
um autêntico poço de força a conter as panteras e o brasileiro, capitão de
serviço, ainda fez abanar a barra de Léo Jardim, mesmo em cima do intervalo.
...e a incapacidade
de ultrapassá-los
Se falámos da dificuldade vilacondense em chegar ao golo, também convém não esquecer que seis dos dez golos marcados pelas panteras nas oito jornadas anteriores a esta foram marcados em apenas dois jogos. A equipa também mostra debilidade em criar situações de perigo, e que ficaram bem presentes nesta partida. Perante um jogo muito dividido no meio, com muita luta, mas pouca objetividade, as duas primeiras mexidas do segundo tempo foram de homens da frente, Elis de um lado e Gabrielzinho do outro. O resultado foi pouco diferente do que vinha sendo: um Boavista mais na expectativa e um Rio Ave que, apesar de domínio de posse, poucas vezes ameaçava com perigo. Vasco Seabra voltou a mexer e retirou Angel Gomes, a figura da equipa na primeira parte, já desgastado. Para o seu lugar entrou Nuno Santos, ele que ficou marcado pela maior oportunidade dos axadrezados. Com a baliza escancarada, o camisola 7 conseguiu fazer o mais difícil e rematar em direção a Kieszek. E se não entra assim... dificilmente vai entrar. Com as devidas precauções para não sofrer um desgosto ao cair do pano, as equipas procuraram uma reação final, que não apareceu. O resultado permaneceu inalterado, uma boa representação do que foi a partida.
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