MC:Jean Irmer MC:Nuno Santos(Ricardo Mangas 67')
ED:Rodrigo Pinho PL:Paulinho
Intenção não faltou, mas o Marítimo e o Boavista arrancaram
2021 com um nulo na Madeira, depois de um jogo onde voltaram a ficar evidentes
a vontade em praticar bom futebol de ambos os lados. Às panteras valeu a baliza
intocada pela primeira vez em muito tempo, enquanto os madeirenses colocam um
fim à sequência vitoriosa.
Boas ideias, pouco perigo
O processo defensivo foi o principal foco de atenção de
Jesualdo Ferreira na antevisão para a visita ao Marítimo e os 20 golos sofridos
à partida para a jornada justificavam isso mesmo. Os problemas, ainda assim,
não indiciariam ser causados pelos escolhidos na derrota pesada em casa (1x4),
isto porque o Professor confiou no mesmos onze para começar na Madeira. Milton
Mendes fez o mesmo, mas por motivos bem distintos. No melhor momento da
temporada, os insulares começaram uma recuperação desde a chegada do brasileiro
ao comando técnico e muito deve-se à inspiração dos dois da frente - Pinho e
Tagueu - e o apoio de uma figura em ascensão - Guitane. Os primeiros toques da tarde nos Barreiros
foram suficientes para perceber que muito do processo ofensivo iria passar por
estes três, mas com Hermes como o elemento surpresa. A intenção passava por começar
no meio e juntar a linha das panteras e, num segundo momento, soltar para os
laterais bem abertos. Ao quarto de hora de jogo, o banco da casa ainda celebrou
um cabeceamento de Rodrigo Pinho, que estava em posição irregular, na sequência
de uma das muitas tentativas de cruzamento. Do lado do Boavista, era o mesmo de
sempre que ditava a velocidade de jogo. Na sua nova tarefa em campo, que herdou
com a chegada de Jesualdo, Angel Gomes era o comandante de uma equipa
ligeiramente mais recuada, à procura de um erro. O internacional pelas camadas
jovens inglesas foi o autor da principal ocasião da primeira parte, com Elis a
aproveitar um passe errado de Renê Santos e a servir o virtuoso, que obrigou
Amir a uma excelente intervenção. De resto, pouco mais a registar de real
perigo.
Lentidão matou
Ainda que sem grandes oportunidades, a intenção de ambos os lados em chegar ao golo estavam bem presentes, algo que regressou para o segundo tempo. Yusupha ficou nos balneários e Sauer entrou para o seu lugar. A diferença passou a ser na velocidade do jogo, que, depois de 45 minutos bem jogados, diminuiu consideravelemente. A única tendência que se mantinha era a procura insular pelo golo. Primeiro Irmer, depois Tagueu obrigaram Léo Jardim a defesas apertadas, mas... de golos nada. O jogo voltou a aquecer no último quarto de hora, com o reaparecimento de Angel Gomes no jogo. O camisola 10 ainda foi a tempo de dar uma oportunidade à sua equipa de começar o ano com uma vitória, mas foi a vez da defesa insular mostrar serviço e impedir um descalabro. As equipas começam o novo ano com um nulo.
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