MC:Show MC:Anderson Carvalho
MC:Nuno Santos(Javi Garcia 73') MC:Lincoln(Osama Rashid 86')
Viram-se sinais de melhorias, mas fugazes. Em mais uma
oportunidade para subir o nível e, acima de tudo, para sair de zona incómoda, o
Boavista voltou a desperdiçar. Mérito de um Santa Clara organizado e ponderado,
mas que não justifica tudo para mais um resultado abaixo do esperado. Jesualdo
Ferreira ainda não ganhou, Daniel Ramos foi semi-feliz no regresso ao Bessa.
Pantera foi avistada!...
As expectativas para esta época eram enormes desde que
Gerard Lopez se tornou acionista maioritário da SAD axadrezada, mas daí à
concretização dentro de campo tem sido uma longa, longa distância. Jesualdo
Ferreira tem tentado juntar os (bons) cacos, em plena competição, em pleno
decorrer da época e em pleno receio dos lugares mais baixos da classificação,
de onde os axadrezados contavam fugir tranquilamente. E eis que, ao 13.º jogo
da Liga NOS, enfim se viu uma fiel transposição das tais expectativas.
Por cerca de meia hora, o Boavista dominou a toda a escala.
Controlou a bola e o adversário, não permitiu oportunidades algumas e mostrou
uma excelente postura, a trocar a bola de forma paciente, segura e à procura
dos momentos para acelerar, triangular e criar perigo. Teve-o em diversas
ocasiões, com Elis e Angel muito ativos, sem que nenhum fosse o ponta de lança,
mas com ambos a passarem por lá. O golo apareceu e não surpreendeu ninguém -
Show fez um ótimo passe, Nuno Santos foi frio a finalizar.
...mas rapidamente foi alvejada
Sem o castigado Fábio Cardoso, Daniel Ramos teve de mudar na defesa e também o fez no ataque, onde Carlos Jr aproveitou a lesão de Jean Patric para recuperar a titularidade. Após a tal meia hora de domínio absoluto do Boavista, foi precisamente pelo brasileiro que a reação se deu. De espingarda na mão, tentou uma, tentou outra e mais outra a seguir. Ao quarto disparo, em menos de 10 minutos, acertou finalmente na baliza e devolveu a igualdade ao marcador. Um momento que também não pode ter surpreendido, que foi muito impulsionado por um jogador apenas e que trouxe muito mais vivacidade e incerteza ao jogo.
No regresso dos balneários, foi um Boavista outra vez a
querer mandar, embora muito mais desconfiado e hesitante. Assistiu-se a um
duelo muito intenso a meio-campo, e com menos visitas às balizas, ainda que com
oportunidades para contar. Yusupha, o primeiro a entrar vindo do banco, teve a
melhor dos axadrezados, Cryzan respondeu para os açorianos, isto no meio de
muitas divididas onde não faltou força e dureza a meter o pé, mas que espelhou
a falta de serenidade para ter bola e criar, sobretudo por parte da equipa de
quem mais se esperava. Na reta final, voltou a haver mais Boavista, mas sem
grande discernimento. Com duas equipas cansadas, o Santa Clara deixou de
conseguir contra-atacar e recorreu a muitas faltas, que impediram mais
virtuosismo da pantera e que levaram a que vários lances de bola parada fossem
testados e sempre resolvidos por Mikel, João Afonso e companhia.
No fim, um empate que se aceita.
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