DE:Ricardo Mangas(Yanis Hamache 75') DE:Nuno Mendes
MC:Javi Garcia MC:João Mário(Bruno Tabata 88')
Pressão «matou» a surpresa
À medida que iam passando os primeiros minutos imaginou-se
que o Sporting pudesse ter muitas dificuldades em encontrar espaços. O sistema
cinco defesas, protegidos por dois médios, parecia tirar os espaços aos conhecidos
movimentos do 3x4x3 do Sporting de Amorim. Os extremos eram obrigados a jogar
muito dentro e os alas apareciam quase sempre marcados na largura. O problema para Jesualdo Ferreira é que
quando começou a pressão, passaram a existir buracos na defesa axadrezada e
isso resultou no primeiro golo. Pode-se até dizer que no primeiro ataque bem
construído o Sporting marcou. Jovane rasgou com um grande passe em Nuno Santos,
Rami aliviou mal e entrou em Nuno Mendes. O lateral cruzou para o desvio do
mesmo Nuno Santos, num lance que parecia de claro fora de jogo, mas que o VAR
veio mostrar que estava em jogo.
Desfeita a estratégia inicial do Boavista, passou a ver um domínio
intenso do Sporting. Com facilidade em apagar a segunda fase de construção da
pantera, os verde e brancos passaram a jogar bem mais perto da área do Boavista
e com isso vieram as oportunidades de golo, com destaque para João Mário que,
com tempo e espaço à entrada da pequena área, conseguiu acertar no único sítio
tapado da baliza.
Porro resolveu um problema que se estava a montar
Como seria de esperar, Jesualdo Ferreira acabou com a ideia dos três centrais no início da segunda parte, mas o que se viu foi um Boavista completamente amarrado e sem ideias. Aliás, a única oportunidade de golo da equipa da casa apareceu já com o jogo em 0x2 e numa bola parada que Adán defendeu. Também não se pode dizer que a segunda parte do Sporting tenha sido brilhante, longe disso. Foram poucas as oportunidades (quase nenhuma até), mas percebeu-se que a equipa lisboeta estava tranquila no jogo. Sabia como anular o adversário e isso era feito de forma natural. Ainda assim, já se sabe que um golo de vantagem é sempre curto e por isso, certamente, que quando Pedro Porro fez o golaço que foi o 0x2, respirou-se de alívio no banco do Sporting. Essa respirar de alívio e essa tranquilidade só foram abandonadas quando João Palhinha viu o amarelo que o deixa fora do jogo com o Benfica. Rúben Amorim tinha dito que «enquanto andarem distraídos» o Sporting aproveita. Ora, com seis pontos de avanço ao Benfica, quatro ao FC Porto e uma taça conquistada, certamente que ninguém está distraído em relação a este Sporting.
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