GR:Léo Jardim GR:Denis
MC:Javi Garcia MC:João Afonso(Joel Pereira 89')
MC:Nuno Santos(Yanis Hamache 81') MC:Lucas Mineiro
Muita intenção, pouco critério
O triunfo na última jornada deu algum ânimo a um Boavista
que era o lanterna vermelha da Liga, não só porque resultou num salto para fora
dos lugares de descida, mas sobretudo porque significou um regresso à coluna
das vitórias, uma realidade que era já bem distante na equipa do Bessa.
Jesualdo Ferreira contaria em repetir a fórmula de sucesso, mas os castigos de
Chidozie e Paulinho obrigaram a mudanças.
Cannon, um dos regressos, voltou a ocupar a direita da
defesa, que durante grande parte da temporada foi dele, mas não foi feliz. Ao
minuto 21, o norte-americano derrubou Lourency na área e, na marcação da grande
penalidade, Samuel Lino não desperdiçou. Antes disso, já o Gil Vicente tinha
avisado que conseguia ser perigoso, mas com a posse de bola a pertencer ao
adversário. A equipa de Ricardo Soares, que entrou para a partida como último
classificado, tinha em Samuel Lino e Lourency dois homens de desequilíbrio e
velocidade, que obrigavam a defesa axadrezada a redobrar a atenção. Com
identidade, como tem vindo a mostrar, e com a ideia de jogar em apoio, o
Boavista teve dificuldades em ultrapassar as linhas recuadas do Gil. Elis era o
mais combativo e capaz de procurar receber de costas para queimar os setores do
adversário, mas faltava melhor decisão. Quando as equipas já pensavam no
intervalo, Sauer foi lançado em profundidade e ganhou bem a Talocha. O
cruzamento era para Elis, mas Ygor atrapalhou-se a fazer o corte e acabou por
desviar a bola contra Paulinho que nada pôde fazer se não desviá-la para a
própria baliza. O golo acabou por beneficiar as panteras, que pouco criaram
para serem felizes, mas que levavam uma igualdade para o segundo tempo.
No jogo de xadrez, ganhou Ricardo Soares
Se o objetivo era continuar com um Boavista mais
controlador e um Gil Vicente mais atento ao erro, os dois técnicos acabaram por
confirmar isso mesmo, com a ausência de mudanças para a segunda parte. A
diferença foi que a pantera entrou bem mais atrevida do que na primeira parte e
conseguiu criar um par de grandes oportunidades nos primeiros minutos.
Jesualdo Ferreira trocou duas peças numa altura em que a
equipa vivia o melhor momento, retirando Cannon e Sauer - o médio até tinha
sido o autor de um dos lances de perigo - e fazendo entrar Nathan e Show, um
médio defensivo. A verdade é que a equipa acusou as mudanças e todo o ímpeto
que vinha a construir desvaneceu. Ficava a ideia que uma abordagem demasiado
precoce de tentar dar músculo à equipa, prejudicou a manobra ofensiva,
sobretudo com a saída de um médio de características ofensivas. Ricardo Soares
também mexeu, igualmente sem arriscar, e com a intenção de segurar um ponto
que, apesar de tudo, seria positivo. Mas, se de um banco saíram mexidas pouco
felizes, do outro lado saíram os salvadores. Baraye e Pedro Marques saltaram já
nos minutos finais e foram decisivos aos 86 minutos, aproveitando uma falta de
comunicação entre Devenish e Léo Jardim, que acabou nos pés do extremo, que
atirou para o segundo golo gilista. Os axadrezados ainda reclamaram uma falta
no lance, mas Hélder Malheiro acabou por validar o golo. O Boavista ainda tentou no desespero, mas os
gilistas fecharam os caminhos da baliza, não sem antes tremer no derradeiro
lance da partida.
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