SPORTING CP-1
BOAVISTA FC-0
32ºJornada Época 2020-2021
DC:Gonçalo Inácio DC:Cristian Devenish(Ricardo Mangas 61')
DC:Sebástian Coates(C) DC:Jackson Porozo
DC:Zouhair Feddal DC:Adil Rami(C)
ED:Pedro Porro(João Pereira 17') ED:Reggie Cannon(Nathan Santos 81')
MC:João Mário(Daniel Bragança 83') MC:Show
Golos:Paulinho 36'.
19 anos depois, o Sporting é de novo Campeão Nacional. No
jogo do título, os leões apresentaram-se a grande nível, realizaram uma bela
exibição e não tiveram dificuldades em vencer o Boavista, apesar do desperdício
em frente à baliza, consumando assim a tão desejada conquista, para delírio dos
milhares de sportinguistas nas imediações de Alvalade.
Era uma questão de tempo
No jogo que podia decidir o título, Rúben Amorim manteve a
base, apostando apenas no regresso de Porro – acabou substituído em lágrimas
por lesão aos 15 minutos -, e a superioridade foi clara, desde o primeiro
minuto. De resto, a primeira grande oportunidade surgiu ainda antes dos
primeiros cinco minutos estarem consumados, num remate cruzado de Nuno Santos
ao poste.
Os leões entraram com tudo, instalaram-se no meio-campo de
um Boavista que defendia com cinco homens e tentava apostar nas saídas rápidas
ou nos lançamentos para Elis, mas sem sucesso. Nuno Mendes e Pedro Porro (até à
saída) ofereciam a profundidade habitual e o Sporting desequilibrava com grande
facilidade, sendo que, depois de Nuno Santos, também Pedro Gonçalves, Gonçalo
Inácio, Paulinho e o próprio Nuno Mendes ficaram muito perto de festejar. As
oportunidades sucediam-se e não tinham qualquer tipo de resposta do outro lado,
pelo que parecia uma questão de tempo até que os milhares de adeptos que
estavam no exterior de Alvalade, mas se faziam ouvir no interior, pudessem
festejar. E foi mesmo. Nuno Santos, um dos mais ativos na primeira metade,
recebeu de João Mário e cruzou rasteiro para o desvio certeiro de Paulinho que,
depois de tanto ser acusado de não aparecer, apareceu no momento certo e deu
vantagem aos leões. O intervalo já estava próximo, mas nem por isso o Sporting
tirou o pé do acelerador – Feddal ficou perto do golo na sequência de um
pontapé de canto -, só que também não se livrou de um susto. Naquele que foi,
talvez, o único lance de ataque do Boavista em toda a primeira parte, Nuno
Santos teve tudo para marcar, mas Adán agigantou-se e segurou a vantagem
mínima.
Faltou pontaria para mais
Não fosse o intervalo e não se teria notado a diferença de
uma parte para a outra. Os leões regressaram do balneário novamente a todo o
gás e as oportunidades não tardaram, novamente com Paulinho como grande
protagonista, mas a falta de pontaria do antigo avançado do Braga impediu que o
domínio se traduzisse em golos, tendo desperdiçado três grandes oportunidades.
O Sporting não marcava – começava a notar-se algum nervosismo – e baixava ligeiramente, permitindo algum ascendente do Boavista, que tinha agora mais bola, mas continua sem conseguir incomodar. De resto, foi um período curto e foi de novo interrompido por mais duas grandes oportunidades, mas o poste negou o golo a Pedro Gonçalves e Paulinho voltou a facilitar na cara de Léo Jardim. O título estava a poucos minutos e notava-se a emoção em Alvalade, bem como algum nervosismo, com o Boavista a aproveitar de novo um jogo agora mais dividido para tentar chegar ao empate. No entanto, faltou arte e engenho aos axadrezados, sendo que também há que dar mérito a um Sporting que, apesar de bastante perdulário, soube gerir a vantagem e praticamente não permitiu oportunidades. O resultado não se viria mesmo a alterar, com o Sporting a vencer por 1x0 após os 90 minutos e a sagrar-se Campeão Nacional, 19 anos depois.
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